sexta-feira, 19 de abril de 2024

BNDES anuncia mais R$ 3 bilhões para crédito pelo Plano Safra

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) disponibiliza nesta quarta-feira, 10 de janeiro, mais R$ 3 bilhões para operações de crédito no âmbito de programas do Plano Safra 2023-2024. Com a medida, o total de recursos ainda disponível nos diferentes programas agropecuários do Governo Federal a serem repassados pelo banco é de R$ 8,5 bilhões, com prazo de utilização até junho de 2024.

“O BNDES é um dos principais apoiadores do setor agropecuário. Por isso, estamos fazendo, em conjunto com o governo do presidente Lula, um esforço para disponibilizar recursos extras para produtores rurais, cooperativas e agricultores familiares. No Plano Safra 2023-2024, o BNDES já aprovou R$ 18,2 bilhões e atendeu a solicitações de mais de 99 mil clientes por meio de operações indiretas, realizadas pela rede de agentes financeiros credenciados”, explica o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

“Os produtores rurais precisam estar atentos, pois os recursos dessa linha, que são repassados para as instituições credenciadas, estão próximos de serem completamente utilizados. De toda forma, além do Plano Safra, o BNDES oferece soluções próprias para garantir a oferta de crédito ao setor agropecuário durante todo o ano, como o BNDES Crédito Rural. Na atual safra, o produto já soma R$ 4,2 bilhões em operações aprovadas”, diz Mercadante.

Os recursos do Plano Safra podem ser utilizados para custeio e investimento em diversas finalidades, incluindo ampliação da produção, aquisição de máquinas e equipamentos, armazenagem e inovação.

PLANO SAFRA – O Governo Federal apresentou o maior Plano Safra da história para 2023/24, com R$ 364,2 bilhões em crédito, aumento de 26,8% em relação à safra passada e maior volume da série histórica. A iniciativa tem foco na sustentabilidade da agropecuária de baixa emissão de carbono e nos médios produtores rurais.

Fonte: Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República

 

Prazo para plantio de soja tem alterações neste final de ano em Mato Grosso do Sul

O último dia para o plantio de soja em Mato Grosso do Sul será 24 de dezembro. Após esta data, começa o período conhecido como vazio sanitário da soja, quando é proibido o plantio da cultura.

A medida é adotada pela Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal, ligada à Semadec (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) com base em determinação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

O vazio sanitário deve ter no mínimo 90 dias, em que não se pode plantar e nem manter vivas plantas de soja em qualquer fase de desenvolvimento na área determinada. O objetivo é reduzir ao máximo possível o risco de desenvolver a ferrugem asiática da soja, considerada uma das mais severas doenças que incidem na cultura.

A medida implementada no Programa Nacional de Controle da Ferrugem Asiática da Soja (PNCFS) visa à racionalização do número de aplicações de fungicidas e a redução dos riscos de desenvolver doenças ligadas aos fungos destas plantações.

Em caso de dúvidas, orientações ou denúncias, entre em contato com a Iagro através dos números: 0800 647 2788 ou (67) 99971-8163.

Fonte: Portal do MS

Pesquisa e adoção de tecnologias impulsionaram salto na produção no milho safrinha em MS

O milho safrinha teve um salto de produtividade nos últimos anos em Mato Grosso do Sul, chegando a média de 90 sacas por hectare, graças principalmente as pesquisas e adoção de novas tecnologias por parte dos produtores.

A afirmação foi feita pelo secretário-executivo de Meio Ambiente, Desenvolvimento Sustentável, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), Rogério Beretta, que participou da abertura do 17º Seminário Nacional do Milho Safrinha, na terça-feira (28).

O evento que segue até o dia 30, está reunindo pesquisadores, especialistas e líderes renomados do setor produtivo, no Shopping Bosque do Ipês, em Campo Grande. A realização é da Fundação MS e co-realização da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul – Aprosoja/MS,e  tem como tema central “preservar e produzir”.

Beretta destacou a relevância do evento debatendo a cultura do milho e elogiou a pesquisa do Estado.

“Quando comecei aqui no Estado há muitos anos, a produção era de 30 a 35 sacas de milho e hoje vemos a cultura com produção de 90 sacas em média por ha. Por isso quando vemos o desenvolvmento da tecnologia e variedades, temos que agradecer as fundações e Embrapas por este trabalho no Estado”, salientou.

Ele lembrou que o MS teve um crescimento significativo na área de soja e milho segunda safra.

“O crescimento vem tanto de área plantada de soja e milho segunda safra, de 5% a 6% ao ano, e temos previsão de mais 6% na soja, para o próximo ano o que mostra que temos um grande potencial de elevar a area de plantio de milho. O Governo aposta muito nisso. Por isso garante aportes a Fundação MS em Maracaju e a Fundação Chapadão para trazer tudo que foi pesquisado das culturas para ser apresentada, demonstrada nestes eventos. Temos um compromisso dos pesquisadores como o bem maior que a tecnologia e o apoio do Governo”, pontuou.

O secretário ressaltou o compromisso da Semadesc em incentivar a sustentabilidade na produção de milho para ter ganhos para o produtor e agregar valor ao produto.

“O Governo também tem buscado a atração de investimentos com a instalação de usinas de etanol de milho, a agregação e investimento em Ciência e Tecnologia por meio da Fundect, que tem papel importantissimo neste cenário de desenvolvimento de pesquisas”, acrescentou.

Já o presidente da Aprosoja/MS, Andre Dobashi, ressaltou as ações assertivas no segmento. “Com o avanço da biotecnologia aliado às técnicas de cultivo assertivas adotadas pelos produtores sul-mato-grossenses, o milho deixou de ser considerado como safrinha e passou a ocupar lugar de destaque na economia do estado e do país. Por isso, olhar para a cultura com uma visão estratégica, no que se refere à aspectos técnicos e de gestão, é fundamental para uma maior rentabilidade e viabilidade dessa produção”, explicou Dobashi.

O EVENTO

Pela primeira vez em Campo Grande, a 17ª edição do Seminário Nacional de Milho Safrinha abordará assuntos relevantes para a cadeia produtiva, focando em soluções precisas para a cultura.

O seminário conectará profissionais e produtores em debates sobre gestão de custos, manejo da fertilidade do solo em diferentes ambientes, adoção de biológicos, sistemas integrados de produção, métodos de controle de patógenos e doenças, unindo a teoria com a prática.

Fonte: Portal do MS

Produção agrícola do Estado deve superar 72 milhões de toneladas

Mato Grosso do Sul tem uma produção agrícola total estimada para o ano de 2023 de 72,09 milhões de toneladas, distribuída por 6,88 milhões de hectares. Comparado aos dados de 2022, isso representa uma alta de 12,89% em relação a produção e 0,15% em relação a área colhida estimada.

Em termos de renda, a agricultura deve render mais de R$ 52 bilhões aos produtores neste ano. Os dados são da Carta de Conjuntura elaborada pela equipe de estatística da Semadesc (Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação) com base nos dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) do IBGE.

De acordo com a carta, a soja será o destaque neste ano nas lavouras, com produção de 13,90 milhões de toneladas, ocupando uma área de 3.798,62 mil hectares. Isso equivale a um avanço de 62,77% e 3,99%, respectivamente na cultura. Em relação ao milho safrinha (2ª safra), a produção esperada é de 11,44 milhões de toneladas (-10,27%) e, para a cana-de açúcar, um volume de 44,76 milhões de toneladas (9,83%). Em termos de proporções, em 2023, as culturas de soja, milho e cana-de-açúcar possuem uma participação de 55,17%, 32,27% e 9,17%, respectivamente. Em total de produção, tais participações são de 13,90%, 11,64% e 44,76%.

Outras culturas, por sua vez, abrangem apenas 3,39% em relação a área colhida e 2,47% do volume da produção em 2023. Na série histórica, considerando o primeiro ano da série da LSPA (2006) em comparação a 2023, os volumes de produção variaram na soja (+234,73%), milho (+396,81%), cana-de-açúcar (+258,86%) e outros (+65,90%).

Por fim, a análise do Valor Bruto da Produção (VBP) da Agricultura aponta a previsão de renda gerada pelo setor. Em 2023, o VBP da Agricultura é estimado é de R$ 52,78 bilhões, com uma variação de 11,08% frente a 2022. Considerando o setor agropecuário estadual como um todo, a agricultura responde por 72,74% e, em relação ao ranking nacional, o MS se encontra na 7ª posição.

Desagregando o VBP pelas culturas, o destaque vai para as colheitas de Soja e Milho, representando juntas 82,60% do VBP da agricultura.

Conforme o economista da Semadesc, Renato Prado, os números apresentados na Carta de Conjuntura indicam um desempenho notável para a agricultura em Mato Grosso do Sul em 2023. “O crescimento estimado de 12,89% na produção agrícola e o aumento de renda para mais de R$ 52 bilhões reforçam a importância da agricultura como um pilar sólido da economia do nosso Estado. No entanto, é crucial continuarmos a diversificar nossas culturas e buscar formas inovadoras de aumentar a eficiência da produção em todas as áreas”, acrescentou.

LongPing High-Tech apresenta seus híbridos de milho para feiras Agro no Centro-Oeste do Brasil

Dados oficiais da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) indicam que o Brasil se manteve, nos últimos anos, como o quarto maior produtor mundial de grãos e o segundo maior exportador. Neste contexto, a região Centro-Oeste do país destaca-se pela produção elevada de soja, arroz, milho, feijão e cana-de-açúcar. O estado do Mato Grosso, por exemplo, é considerado o segundo maior produtor brasileiro de milho.

E é nesse cenário promissor da cultura de grãos, que a Morgan e a Forseed, marcas da LongPing High-Tech, gigante de híbridos de milho e sorgo, estarão presentes em eventos importantes no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Brasília,  trazendo excelentes oportunidades para os agricultores da região.

Confira abaixo as programações e produtos que estarão expostos em cada evento:

ShowTec – Maracaju, MS

Entre os dias 23 e 25 de maio, acontece na sede da Fundação MS em Maracaju, o Showtec. A maior feira do agro de Mato Grosso do Sul contará com diversos expositores com as principais novidades do setor em relação a sementes, máquinas, insumos e tecnologias. A expectativa da organização é receber mais de 20 mil visitantes e superar o valor de negócios realizados na última edição, mais de R$ 400 milhões.

No estande da Morgan, localizado no plot E5, os produtores poderão conferir de perto os híbridos de milho: MG593, MG540, MG545, MG408, MG635, MG607, MG618 e o nosso lançamento MG616 , além do MG2220, híbrido de sorgo que chega para compor o portifólio de safrinha. Já o estande da Forseed estará no plot E6, com os híbridos de milho: FS575, FS700, FS615, FS505, FS403 e apresentando ao público os lançamentos: FS552 para a cultura do milho e FS66SG para a cultura do sorgo.

Milho in Técnica –  Querência, MT

Nos dias 21 e 22 de maio, a cidade de Querência (MT) recebe a 10º edição do Milho in Técnica. Com diversos campos experimentais espalhados, o evento conta com novidades para a cultura do milho, gergelim, feijão caupi e mungo. Na oportunidade, os produtores poderão conhecer de perto os híbridos MG447, MG597, MG540, MG711 e MG635 da Morgan.

AgroBrasília – Brasília, DF

A AgroBrasília é uma feira de tecnologia e negócios voltada para empreendedores rurais de diversos portes e segmentos. Realizada pela Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (COOPA-DF), ela serve como vitrine de novas tecnologias para o agronegócio e tem um cenário de referência em debates, palestras e cursos sobre diversos temas relacionados ao próprio setor produtivo. O evento acontece de 22 a 26 de maio, no Programa de Assentamento Dirigido do Distrito Federal (PAD/DF), uma importante região rural.

O estande da Morgan estará localizado no plot i06 com os híbridos MG593 e  o lançamento de verão da marca, o MG616, além do recém-lançado híbrido de sorgo MG2220.

No estande da Forseed, no plot I-17, (próximo a entrada 3), os visitantes poderão conhecer e tirar dúvidas sobre os produtos: FS522, FS575, FS615, FS700, FS403, FS533, FS670 e o híbrido de sorgo: FS66SG. Além de contar com um espaço exclusivo de silagem premium.

Sobre a LongPing High-Tech

A LongPing High-Tech é uma empresa do Grupo CITIC e está entre as três maiores em participação do mercado brasileiro da Safrinha. Seu portfólio, resultado de investimentos constantes em pesquisa e tecnologia, inclui híbridos que oferecem estabilidade e alto potencial produtivo atendendo com agilidade as necessidades do agricultor. Hoje, suas marcas Morgan, Forseed e TEVO, são reconhecidas pelo mercado pela excelência em produtos, tecnologia e suporte técnico.

Fonte: Assessoria

 

Trégua da chuva favorece avanço da colheita da soja, que já supera 25% das lavouras

Mais de um quarto das lavouras de soja já haviam sido colhidas em Mato Grosso do Sul até o fim da semana passada, conforme dados catalogados pelos técnicos do Projeto Siga (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), que é mantido pela Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação) em parceria com a Aprosoja/MS. O levantamento mostrou que a região Norte é onde a colheita da soja está mais avançada, com 32% da área já colhida, enquanto na região Centro está com 24,7% e na região Sul com 23,4% de média. A área colhida até o momento, conforme estimativa do Projeto Siga é de aproximadamente 960 mil hectares.

A área de soja no Estado ainda está em constante crescimento, como mostram os dados do Projeto Siga, embora a taxa desse ano fique abaixo da média verificada nos últimos anos. A estimativa é que a área ocupada pela soja atinja 3,842 milhões de hectares neste ano no Estado (na safra passada foram 3.748.042,72/ha). Já a produção – cumprindo-se a estimativa de se colher 58 sacas por hectare – deve atingir 13,378 milhões de toneladas, quase 54% superior ao apurado no ano passado, quando a produtividade das lavouras foi prejudicada pela estiagem.

A avaliação dos técnicos do Projeto Siga é de que, apesar das intensas e frequentes chuvas dos últimos dias, 93% das lavouras estão em bom estado produtivo e os 7% restantes em condições regulares. “Deste modo podemos considerar que a maioria das lavouras estão com o potencial de produtividade acima da média estadual de 53,44 sc/ha, motivando o acréscimo de 8,53% na produtividade estimada, chegando a 58 sc/ha.”

Ainda assim, os técnicos alertam que a colheita no Estado está atrasada. “As chuvas recorrentes entre os meses de janeiro e fevereiro provocaram o atraso na operação (…) para a data do dia 24 de fevereiro a colheita deveria estar em 47,1%, porém está em 25%.” Com a trégua nas chuvas nos últimos dias, o trabalho deve ter um avanço considerável, porém a previsão meteorológica é de que o tempo deva voltar a ficar instável até o fim da semana.

Fonte: Portal do MS

Agricultura familiar é responsável por 77% dos estabelecimentos rurais do Brasil

A agricultura familiar no Brasil ocupa apenas 23% das áreas cultivadas no campo, mas representa 77% das propriedades rurais, segundo o IBGE. Por ano, são cerca de R$107 bilhões de reais produzidos em receita. Essas famílias, que muitas vezes estão na mesma propriedade há gerações, são as principais responsáveis pela alimentação dos brasileiros, já que concentram a produção que abastece o mercado interno do país.

Uma das principais dificuldades que as famílias enfrentam é escoar a produção. É o que conta o proprietário da Hortaliças Aguena, Éder Tsunezo Aguena, de 58 anos. “A comercialização hoje é um fator que determina o sucesso da nossa empresa”. A Aguena possui 45 funcionários e existe desde a década de 30, quando os avós de Éder migraram do Japão para o Brasil. Primeiro, investiram em café, passaram por outros tipos de cultivo e nos anos 80 decidiram trabalhar com uma variedade de hortaliças folhosas. Fornecedora do Comper e Fort Atacadista, ele diz que a parceria estimula projetos a longo prazo. “Graças a Deus, temos um parceiro como o Grupo Pereira que nos dá confiança de investir em produção e qualidade”, afirma ele.

“Ter fornecedores confiáveis é fundamental para o sucesso de um estabelecimento”, afirma Simone Cotta Cardoso, gerente nacional de comunicação corporativa e ESG do Grupo Pereira. “Valorizamos produtos vindos de fornecedores locais por acreditar que o retorno para a sociedade é o mais alto possível, já que o valor gerado fica dentro da comunidade local, além de poder ofertar sempre o melhor em nossas gôndolas”, enfatiza.

Abastecedor do Fort e do Comper há 30 anos, a Bananas Pereira também sabe o que é ver o negócio da família crescer com apoio e sustentabilidade. “Eu sou a terceira geração à frente da empresa, que começou humilde, com meu avô, na cidade de São Paulo, em 1954. Hoje temos mais de 100 funcionários e produzimos 3500 toneladas por ano”, lembra Lucas Martines dos Santos Pereira, de 35 anos.

Lucas avalia que a cautela é a aliada mais valiosa de uma família envolvida no agronegócio. “Primeiro, é necessário analisar a viabilidade comercial do item a ser produzido, bem como compreender se a região escolhida para a produção é a mais adequada, levando em conta as necessidades de desenvolvimento de cada produto”, explica ele. “Não  adianta querer produzir determinados itens em regiões sujeitas a geada, por exemplo. Alguns frutos possuem seu ciclo de desenvolvimento maior que um ano, atravessando as 4 estações, e consequentemente, sofrem com as baixas temperaturas, podendo até ter perdas de 100% da área cultivada”, complementa.

Responsável por empregar mais de 10 milhões de pessoas, que representam 67% das pessoas ocupadas no meio rural, a agricultura familiar passa por um período de dificuldade em encontrar mão de obra. O êxodo rural, até mesmo dentro da família, a mecanização do trabalho e a instabilidade econômica do país, com o aumento dos custos de produção, ajudam a explicar a redução de quase 10% no número de estabelecimentos rurais na última década, de acordo com o censo do IBGE. Mas quem persevera garante: o esforço compensa “Em nosso ramo há muitos altos e baixos. Procure sempre trabalhar com dedicação, pensando em entregar o melhor produto aos consumidores, que você estará no caminho certo”, aconselha Éder.

Fonte: Assessoria

Agroecologia nas eleições: movimentos atuam para ampliar debate sobre o tema

Movimentos de defesa da agroecologia trabalham em um levantamento de políticas ligadas ao tema em estados e em nível federal para qualificar o debate ao longo do período eleitoral. O objetivo é elencar ideias que já estão em prática e que podem servir de inspiração para candidatos e candidatas, inclusive depois das eleições.

Também está em andamento uma análise do desmonte de medidas importantes para o setor observado ao longo do governo de Jair Bolsonaro.

Segundo a engenheira agronomia Flávia Londres, que integra a Secretaria Executiva da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), a ação é parte da movimentação para projetar a agenda agroecológica, não só entre quem vai concorrer aos cargos políticos, mas também para a população em geral.

“Essas experiências têm que ser conhecidas, elas podem inspirar o debate e podem inspirar a criação de novas ações a partir dos próximos mandatos e legislaturas. Estamos fazendo uma grande escuta aos movimentos e lideranças que se articulam na ANA para construção desse documento de proposições. Esperamos que essa também possa ser uma contribuição para os nossos processos de mobilização.”

::Articulação Nacional de Agroecologia prepara campanha “Agroecologia nas Eleições 2022”::

Para ampliar o espaço da agenda da agroecologia, a articulação já havia divulgado no início de junho uma carta compromisso com recomendações para a construção de políticas, que vem sendo entregue a candidatos e candidatas. O documento ambiciona a construção de respostas à crise ambiental e ao aumento da fome no país.

“Temos propostas, análises, dados e informações, mas sabemos que a visibilidade dessas propostas ainda é pequena. É um desafio nosso comunicar isso para a sociedade de forma mais ampla e colocar, de fato, o tema da agroecologia na pauta e na agenda das candidaturas. Há políticos historicamente comprometidos, mas também há candidaturas que são do campo popular, mas ainda não defendem a agenda de forma aprofundada. A intenção é influenciar o debate, colocar a agenda da agroecologia em evidência e conquistar apoio da sociedade na defesa dessas propostas”, pontua Flávia Londres.

Economia solidária e reforma agrária

Entre os pontos elencados na carta compromisso, a questão agrária é elemento chave. Segundo o especialista em agroecologia e desenvolvimento rural, Paulo Petersen, que atua no Núcleo Executivo da ANA, o debate sobre a reforma agrária foi esquecido até mesmo no campo progressista e é fundamental trazer o assunto de volta para combater a desigualdade estrutural do Brasil.

“O agronegócio tirou a reforma agrária da agenda e boa parte do campo progressista não tem discutido a temática, porque acredita que ela não faz mais sentido. Para não falar apenas da questão do campesinato, nós vivemos no tempo das mudanças climáticas. A reforma agrária é uma medida absolutamente essencial se nós queremos ter civilização no futuro. Não estamos falando só de alimento, estamos falando de outra relação com a natureza. O agronegócio é destrutivo, é expansivo, não tem freio e avança sobre os biomas”, alerta.

O pesquisador ressalta que a carta compromisso também levanta a necessidade de políticas de apoio à agricultura familiar camponesa “de forma agroecológica”, participação social e democratização do Estado. O documento ressalta ainda temas como as lutas feministas e antirracistas e o reconhecimento da cultura popular como motor de mudanças e soluções.

“Precisamos da economia solidária. Essas experiências que se desenvolvem nada mais são que a expressão da economia solidária. Agroecologia e economia solidária são irmãs siamesas. Nós não construiremos a agroecologia simplesmente com a mudança de certas tecnologias, é necessário construir uma nova economia”, diz o texto.

Depois das eleições

Os movimentos agroecológicos também almejam a retomada de espaços de debates, conselhos e comissões que possam proporcionar diálogo entre a sociedade civil e o poder público. Quem atua na área é unânime em apontar que, após o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff e ao longo do governo de Jair Bolsonaro, esses mecanismos foram desmontados e extintos.

“Foi nesses espaços que nós pudemos contribuir para o aprimoramento e para a construção de políticas muito importantes. Podemos citar aqui, como exemplo, o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), a Política Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER), políticas no campo da defesa da sócio-biodiversidade, das sementes crioulas. Políticas que tivemos a oportunidade de contribuir para a criação e para o aprimoramento nessa ideia do diálogo, da participação e da construção coletiva”, enumera Flávia Londres.

::A grande expectativa da iniciativa é, de fato, implementar políticas abandonadas e colocar em prática novas soluções após o pleito. Segundo Paulo Petersen, nos últimos anos a participação da sociedade civil nesse processo foi completamente impossibilitada.

“O próprio governo federal fez questão de fechar os espaços de diálogo. Mas a sociedade não ficou parada por causa disso. Muita ação ocorreu. São ações que são muito invisibilizadas, ocorrem nos territórios e têm a ver com a construção de novas economias. Quando falamos de solidariedade, não estamos falando de um valor movido na época da crise. Solidariedade é um valor permanente de uma sociedade que se quer justa, democrática e sustentável”, conclui o pesquisador.

Fonte: Brasil de Fato

Produtores rurais esperam recorde da safra do milho 2021/2022

Os produtores rurais de Dourados e região esperam a segunda safra do milho 2021/2022 recorde, chegando a 80 sacas por hectare. Em 2020, esse resultado foi frustrante e oscilou entre 40 a 50 sacas por hectare.

“A expectativa para a colheita do milho este ano é bem melhor, se comparada com a safra passada, quando foi frustrante, devido à seca e a geada que nossa região enfrentou”, afirmou o produtor rural e engenheiro agrônomo, Pedro Lima da Costa.

Nesse cenário de boas expectativas acontece a 56ª Expoagro em Dourados, maior feira agropecuária de Mato Grosso do Sul. O evento, de 13 a 22 de maio no Parque de Exposições João Humberto de Carvalho, contará com uma vasta programação de palestras, workshops, dias de campo, todas voltadas aos produtores rurais, estudantes e trabalhadores do campo.

Conforme o engenheiro agrônomo Pedro Lima, em 2021, foram colhidos “em torno de 40, 50 sacas por hectare, e este ano, esperamos chegar a 80, isso considerando precipitação pluviométrica (chuva) normal e até o momento, ausência de frio”, afirmou.

Dados do Siga MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), em Dourados, por exemplo, apontam que do total de 159.910,63 de área plantada, 80% é considerada ‘bom’ e 20% ‘regular’. Índice que se mantém aos demais municípios do Sul do Estado (Itaporã, Douradina, Deodápolis, Angélica, Ivinhema, Glória de Dourados, Fátima do Sul, Vicentina, Caarapó e Juti).

Outra expectativa, na avaliação de Pedro Lima é quanto à 56ª Expoagro, que este ano volta com atividades presenciais. “Há uma ansiedade por parte de todos para essa volta, e quanto os produtores rurais, a espera se deve ao fato da troca de experiência e todo o conhecimento e tecnologia que a feira oferece”, disse.

Brasil

Recentemente, a consultoria Datagro elevou sua estimativa para a safra brasileira de milho 2021/22, incluindo produção de verão e inverno, de 118,31 milhões de toneladas previstas em março, para 118,73 milhões de toneladas. Se confirmado, o volume será 35% maior do que o colhido na temporada 2020/21, de 87,72 milhões de toneladas.

A área plantada com o cereal na safra 21/22 também foi elevada. Deve crescer 9% na comparação com a temporada anterior, de 20,47 milhões de hectares para 22,21 milhões de hectares.

Para a safra de milho verão, a consultoria aumentou a previsão de produção de 24,74 milhões de toneladas para 24,80 milhões de toneladas – sendo 17,95 milhões de toneladas do Centro-Sul e 6,85 milhões de toneladas do Norte/Nordeste.

Fonte: Assessoria

Estiagem provocou queda de 34,6% e Estado conclui safra da soja com 8,6 milhões de toneladas colhidas

O Projeto SIGA/MS divulgou nesta terça-feira (26) o balanço final da safra de soja 2021/2022 e confirma uma drástica queda na produtividade que resultou no menor volume colhido da oleaginosa nos últimos cinco anos em Mato Grosso do Sul. O Projeto Siga/MS é coordenado pela Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) junto com a Aprosoja/MS (Associação de Produtores de Soja de MS) e Famasul (Federação da Indústria de Mato Grosso do Sul).

A área ocupada pela soja na safra 2021/2022 em Mato Grosso do Sul foi de 3.748.042,72 hectares, o que projetava uma safra recorde caso se concretizasse a produtividade média esperada de 56 sacas por hectare. Entretanto, a estiagem verificada nos últimos meses do ano passado interferiu no desenvolvimento das plantas e provocou perdas significativas em grande parte das lavouras.

Dessa forma, a produtividade média caiu do montante estimado de 56 sacas por hectare para 38,65 sc/ha. Na região Sul, que responde por 62,4% da área total ocupada pela soja no Estado, a produtividade média foi de 27,85 sacas por hectare. A região Central apresentou produtividade média um pouco acima – 46,67 sc/ha -, porém só representa 22,4% da área total. O melhor desempenho da cultivar aconteceu na região Norte, com média de 71,15 sc/ha, sendo que representa aproximadamente 15,2% da área estadual ocupada com a cultura.

Ao todo, só 30 dos 77 municípios apresentaram produtividade acima da média estadual. “A produtividade média ponderada para Mato Grosso do Sul manteve-se baixa devido as produtividades em alguns municípios como Maracaju, Sidrolândia, Ponta Porã, Dourados e Rio Brilhante, que foram abaixo de 46,78 sc/há e, juntos, possuem o peso de 34% na média estadual”, relatam os técnicos do Projeto SIGA/MS. Os municípios de Rio Negro, Alcinópolis, Costa Rica, Chapadão do Sul, São Gabriel do Oeste, Sonora, Paraíso da Águas, Cassilândia e Coxim obtiveram as produtividades mais altas, acima de 64,38 sc/ha.

O levantamento de produtividade da soja em Mato Grosso do Sul foi realizado entre os dias 7 de fevereiro e 15 de abril de 2022, completando 10 semanas de coleta de dados que permitiu obter uma amostragem significativa de 977 propriedades nos 77 municípios do Estado, afirmam os técnicos no boletim.

Quando comparada à safra passada (2020/2021), tem-se uma retração de 38,5% na produtividade dessa safra, passando de 62,84 sacas por hectare para 38,65 sc/ha. Já na produção a retração foi de 34,6%, passando de 13,306 milhões de toneladas para 8,692 mi/ton.

Para se ter uma ideia da dimensão dessa quebra na safra, o Estado deixou de colher um volume equivalente ao que exporta todos os anos (4 milhões de toneladas de soja). O secretário da Semagro, Jaime Verruck, chama a atenção para o impacto econômico junto às famílias produtoras. “Muitos produtores estavam cobertos com o seguro agrícola, outros não, mesmo assim há um impacto direto na renda desses produtores e uma perda econômica significativa para Mato Grosso do Sul.”

Fonte: Portal do MS

Embrapa e Prefeitura oficializam parceria em prol da agricultura douradense

Embrapa Agropecuária Oeste e Prefeitura Municipal de Dourados, por meio da Secretaria Municipal de Agricultura Familiar (SEMAF) assinaram um Acordo de Cooperação Técnica entre as duas instituições e que deve proporcionar benefícios para a agricultura douradense.

A solenidade de assinatura foi realizada durante a visita do Prefeito Municipal Alan Guedes a instituição, realizada em 30 de junho. O Acordo prevê apoio às atividades produtivas desenvolvidas pela SEMAF, com ênfase no cultivo de maracujá, entre outras atividades.

Em sua visita a Unidade, que durou cerca de duas horas, conheceu as instalações físicas da Unidade, conheceu os laboratórios de fitossanidade, solos, plantas e corretivos, análises ambientais e piscicultura. Conheceram a Unidade de Gerenciamento de Campos Experimentais (Gerecamp) e algumas lavouras experimentais, tais como: grão-de-bico, consórcio milho-braquiária, mandioca e ILP. Eles também conheceram lisímetros e finalizaram sua visita na Estação Agrometeorológica da Unidade, que coleta informações do Guia Clima.

Alan Guedes se disse satisfeito com a oportunidade de conhecer de perto a Unidade e disse que a visita superou suas expectativas. O que chamou a atenção do representante do Poder Executivo Douradense foi a grande variedade de pesquisas e explicou “a diversidade de trabalhos da Embrapa, que está aqui em Dourados é muito ampla. Nessa visita ao campo vimos várias culturas de inverno que são boas alternativas para a região, o que reforçou ainda mais a necessidade e as possibilidades de diversificação das culturas”.

Em relação à visita aos laboratórios, Alan conheceu melhor como são feitas as pesquisas relacionadas a sanidade e nutrição de peixes no Laboratório de Piscicultura e sua importância para qualificar a produção de peixes na região, produzindo com mais qualidade e sabor. Pode conhecer as instalações do Laboratório de Análises Ambientais, que desenvolve métodos e vem realizando monitoramento de águas superficiais nos principais rios da grande Dourados.

Segundo Alan, a Prefeitura tem se dedicado a fortalecer parcerias com a iniciativa pública e privada. Temos muito capital intelectual em nossa cidade e esse conhecimento é muito importante para auxiliar a administração da cidade.

O Prefeito disse ainda que a quantidade de profissionais acadêmicos altamente qualificados que moram em Dourados é muito grande e explicou “somos uma cidade universitária, atualmente, o número de profissionais com Pós-Graduação concluída, com nível de Doutorado, é menor apenas que São Carlos (SP). Isso sem contar os profissionais da Embrapa”. Em sua fala, ele destacando a riqueza intelectual do município, enfatizou a necessidade de um Colégio Municipal de Aplicação, que seria uma escola de referência, possibilitando que “esses profissionais possam de alguma forma, ajudar a cidade e aos douradenses, compartilhando um pouco de seu conhecimento”.

O secretário de Agricultura de Dourados, Ademar Zanata, é Prata da Casa da Embrapa, ou seja, é um empregado aposentado da instituição. Ele destacou a importância da oficialização dessa parceria e disse “desde que assumi as atividades junto a SEMAF, há seis meses, tenho buscado o apoio da Embrapa, que ainda é a minha casa. Dourados só tem a ganhar com essa parceria que, literalmente, vai dar ainda muitos frutos. Eu sou suspeito para falar do reconhecimento da Embrapa, que sem dúvida, tem muito conhecimento e capacidade técnica instalada”.

O Chefe Geral da Embrapa Agropecuária Oeste, Harley Nonato de Oliveira, destacou essa parceria é a oficialização de portas ainda mais abertas para contribuir com os trabalhos dos agricultores da Grande Dourados e disse “conte com a Embrapa, conte com nossas competências e contribuições. Queremos contribuir com o fortalecimento e crescimento de Dourados, município que gosto muito e onde resido há 13 anos”.

Fonte: Assessoria

Mais de 60% da área cultivada com soja em Mato Grosso do Sul já foi colhida

Portal do MS

 

A área plantada com soja em Mato Grosso do Sul teve aumento estimado em 4,13% (Foto - Divulgação)

Com 63,2% da área cultivada com soja já colhida, a safra 2020/21 caminha bem no Estado e pode surpreender em relação a produtividade média do Estado. A expectativa é do Secretário Jaime Verruck, da Semagro.

 

Ele ressalta que nesta safra, áreas que eram de pecuária foram convertidas em agricultura, além da intensificação da integração lavoura-pecuária que gera mais ganho para o Estado em termos de produção.

 

A área plantada com soja em Mato Grosso do Sul teve aumento estimado em 4,13%, passando de 3,389 milhões para 3,529 milhões de hectares. Com a expectativa de colher 53 sacas por hectare em média, o volume esperado é de 11,222 milhões de toneladas.

 

O valor médio da saca de soja está em R$ 151,88 e 62% da safra já foi comercializado.

 

Enquanto a colheita da soja avança o plantio do milho segue em ritmo acelerado. Mais de 56% da área destinada ao milho 2º safra está plantada.

 

Os dados são do SIGA/MS – Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio, uma parceria da Semagro e Aprosoja.

 

 

Safra agrícola alcança valor de produção recorde de R$ 361 bilhões em 2019

Campo Grande News

 

A produção de soja totalizou R$ 125,6 bilhões em 2019 (Foto: Marcos Ermínio)

A safra agrícola brasileira alcançou um valor de produção recorde de R$ 361 bilhões em 2019, crescimento de 5,1% ante o desempenho registrado no ano anterior. Os dados são da pesquisa Produção Agrícola Municipal (PAM) 2019, divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 

“Os bons resultados alcançados nas últimas safras, aliados aos preços compensadores das principais commodities, em virtude da elevada demanda do mercado internacional e do câmbio favorável, colaboraram para que houvesse ampliação das áreas plantadas de soja, milho e algodão, além de maiores investimentos nos cultivos agrícolas”, justificou o IBGE, em nota.

 

“Somados a isso, fatores climáticos positivos, principalmente na 2ª safra, levada a campo, em grande parte, no período ideal de semeadura, colaboraram para o bom desenvolvimento dos grãos”, acrescentou o instituto, que observou: “os resultados alcançados poderiam ter sido ainda melhores, não fosse o registro de queda de rendimento de culturas como a soja, o feijão e o milho 1ª safra em regiões dos Estados do Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul, por causa de períodos secos entre os meses de dezembro e janeiro”

 

A produção de soja totalizou R$ 125,6 bilhões em 2019, mantendo-se na primeira posição no ranking do valor da produção agrícola nacional, apesar da retração de 1,8% em relação ao desempenho de 2018.

 

Na sequência, a cana-de-açúcar somou R$ 54,7 bilhões, alta de 5,3% ante o ano anterior, enquanto o milho rendeu R$ 47,6 bilhões, um salto de 26,3% ante 2018.

 

O café somou R$ 17,6 bilhões, uma queda de 22%. O algodão herbáceo (em caroço) apresentou crescimento de 24,8% no valor da produção, um recorde de R$ 16 bilhões.

 

As demais cinco culturas no ranking de maiores valores de produção foram laranja (R$ 9,5 bilhões, alta de 0,7% ante 2018); mandioca (R$ 8,8 bilhões, queda de 11,5%); arroz em casca (R$ 8,8 bilhões, alta de 0,8%); banana em cacho (R$ 7,5 bilhões, alta de 8,2%); e feijão em grão (R$ 7,5 bihões, alta de 33,6%).

 

A safra recorde de grãos de 2019 totalizou 243,3 milhões de toneladas, superando em 6,8% a produção de 2018. Os agricultores plantaram 81,2 milhões de hectares, uma expansão de 3,3% em relação ao ano anterior, com destaque para o acréscimo de mais 1,2 milhão de hectares para o cultivo de milho e de 1,1 milhão de hectares da soja.

 

O Mato Grosso, o maior produtor nacional de soja e milho, foi alçado à primeira posição no ranking de valor da produção agrícola em 2019, com 16,2% do total nacional, à frente de São Paulo, com 15,4% de participação, que se destacou no cultivo da cana-de-açúcar. O Rio Grande do Sul, maior produtor nacional de arroz e o segundo de soja, ficou na terceira posição, com 11,3%, seguido do Paraná, com participação de 11,2%.

Previsto novo recorde de consumo de soja para 2021

Assessoria

 

O diretor da Agroconsult André Pessôa confirmou a expectativa de que o ano de 2021 deve ser de alta no consumo da soja brasileira, podendo atingir novo recorde, alcançando pela primeira vez a casa de 100 milhões de toneladas. Sua afirmação ocorreu durante a quinta edição do Circuito Aprosoja/MS, realizado pela Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso do Sul, que neste ano, ocorreu de forma online.

 

“O ano de 2018 foi especial nas vendas, por conta da peste suína africana na China. Tivemos uma queda no nível de importação, depois de 94 milhões de toneladas caímos a 83 milhões de toneladas”, explica Pessôa. A expectativa é de que levaríamos 2 a 3 anos para o mercado chinês retomar o consumo da soja, mas o que vimos é que essa recuperação se deu de forma mais acentuada. O governo chinês conseguiu reverter, inclusive com importação de animais vivos e, sobretudo, aquela suinocultura tradicional, foi substituída por uma suinocultura moderna, consumindo farelo de soja e milho, isso nos levou ao novo recorde: 98 milhões de toneladas de soja”.

 

Segundo o diretor da Agroconsult a China voltou ao patamar muito antes do que se esperava, estimulado inclusive pelo mercado de peixes, frango. “O Brasil vai exportar cerca de 81 milhões de toneladas, estimulando um dos estoques mais baixos do histórico. Chegando a importar soja, devido a esse movimento ‘varrendo silo’”, completa ao alertar que parte do consumo será no mercado interno.

 

O presidente da Aprosoja/MS, André Dobashi, confirma o avanço a demanda interna brasileira. “Teremos um aumento desse consumo em Mato Grosso do Sul. Grandes projetos em desenvolvimento, ligados à suinocultura e piscicultura estão avançando, em São Gabriel do Oeste, Rio Verde de MT, Itaporã e Selvíria, além das perspectivas de outros investimentos para consumo do milho, aquecendo a demanda”.

 

A taxa de câmbio para o próximo ano, de acordo com o apresentado no relatório do Banco Central, não será a menos de R$ 5 por dólar. “Isso significa que manteremos a desvalorização da moeda brasileira e teremos taxa de juros com a qual nunca convivemos. Vivendo uma situação mais favorável, com juros relativamente baixo”, afirma Pessôa.

 

“Vivemos preços extraordinários da soja. No Porto de Paranaguá chega a passar de R$ 140, e também prêmios, que não chegam a ser recorde, mas mesmo como arrefecimento da guerra comercial, temos um prêmio significativo, isso mostra alta demanda internacional. E esse prêmio só deve cair, quando a próxima safra começar a ser colhida”, completa o líder da Agroconsult ao completar que até o final do ano, o Brasil deve perde pouco de sua competitividade para a soja americana, que deve ser retomada em meados de janeiro de 2021.

 

A live do Circuito Aprosoja/MS ocorreu nesta quinta-feira (24), com a participação do Secretário de Estado, Jaime Verruck (Semagro), e do presidente do Sistema Famasul, Mauricio Saito. A realização contou com o apoio da Jotabasso, Bayer e Semagro.

Plano safra 2020/2021 para MS é recorde e ultrapassa R$ 8,6 bilhões

Portal do MS

 

O maior plano safra da história foi anunciado priorizando os pequenos e médios produtores. Do total de recursos, R$ 8,64 bilhões serão destinados para Mato Grosso do Sul nos diversos setores produtivos do agronegócio.

 

A superintendência regional do Banco do Brasil anunciou – além da redução de taxas de juros em todas as linhas de crédito – o montante de recursos disponíveis para financiamento do setor rural de R$ 8,64 bilhões, 12,5% a mais em relação ano anterior, que foi R$ 7,68 bilhões. Os financiamentos podem ser contratados desde 1º de julho desse ano e vão até 30 de junho de 2021.

 

O recorde de recursos foi destacado pelo secretário estadual de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar, Jaime Verruck, que lembrou a importância do agronegócio para a economia do Estado, como também da união das instituições que dão suporte e tem se mostrado fundamentais para contribuir com a retomada econômica do Brasil pós pandemia. “Da forma como foi estruturado, o plano resolveu o problema da disponibilidade de recursos, trouxe importante redução nas taxas de juros e chegou em tempo hábil ao produtor graças a integração da Famasul, Banco do Brasil e Semagro”, explicou Jaime.

 

O plano prevê aos pequenos agricultores rurais recursos para financiamento em atividades agropecuárias, por meio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), e os médios produtores rurais, por meio do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp). Demais produtores e cooperativas vão contar com outra fatia importante dos recursos. Houve redução em todas as taxas de juros dos programas contemplados pelo Plano Safra 2020/2021 que vão variar de 2,75, a 7,5% ao ano.

 

Na avaliação de Verruck um dos principais ganhos foi o aumento, em 30%, do volume de recursos para o Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) e o lançamento conjunto com a agricultura familiar (que também teve os seguros para soja e milho ampliados), além da permissão de aquisição de área de reserva legal com esses recursos.

 

A meta de 9 bilhões para o Estado, é possível, segundo o secretário, porque as políticas agrícolas do Governo do Estado têm conseguido auxiliar na expansão significativa de área (principalmente com substituição de áreas de pastagem para agricultura). “Acreditamos que com esses recursos o agro de Mato Grosso do Sul dará as respostas que nós esperamos em termos de manutenção da atividade econômica, mas principalmente de crescimento do PIB do agronegócio no Mato Grosso do Sul, que já contribui para sustentação das atividades econômicas do Estado”, frisou.

 

Jaime disse ainda que o Mato Grosso do Sul tem se destacado tanto no uso da tecnologia como na sustentabilidade, citando o programa de agricultura de baixo carbono (ABC) que teve suas linhas ampliadas em mais de 30% e permitem a agricultura seguir em movimento de transformação com aumento de produtividade. “A ideia é fazer uma agricultura com tecnologia, uma agricultura sustentável e que consiga concorrer nesses grandes mercados mundiais onde o Mato Grosso do Sul já tem participado de maneira bastante ativa”.

 

Finalizando sua participação Verruck garantiu que, para o Governo do Estado, o produtor sul-mato-grossense está pronto para receber esses recursos e pronto para dar uma resposta em termos de produção e produtividade.

 

O evento, realizado remotamente, contou com a participação do diretor de agronegócios do Banco do Brasil, Antônio Carlos Wagner Chiarello, o superintendente do Banco do Brasil, Sandro Jacobsen Grando, do secretário de Estado da Semagro, Jaime Verruck e do presidente do Sistema Famasul, Mauricio Saito.