quarta-feira, 24 de abril de 2024

Setor produtivo convoca Comitê de Crise para alinhar ações de prevenção ao novo coronavírus

Assessoria

 

O setor produtivo de Mato Grosso do Sul, representado pela Fiems, Fecomércio-MS, Famasul, Sebrae/MS e outras entidades, convocou, nesta segunda-feira (16/03), o CMC (Comitê de Monitoramento de Crise) para alinhar as ações de prevenção ao novo coronavírus (Covid-19) e discutir os impactos da pandemia na economia do Estado. Criado em 2008, o CMC busca municiar o setor produtivo sul-mato-grossense com informações sobre os efeitos de crises econômicas e tem como objetivo acompanhar os principais indicadores econômicos nacionais e estaduais, propondo uma agenda positiva de ações para minimizar os impactos na economia estadual e fortalecer a ação das instituições.

 

Além dos representantes do setor produtivo estadual, a reunião realizada no Edifício Casa da Indústria, em Campo Grande (MS), contou com a presença dos secretários estaduais Eduardo Riedel (Governo e Gestão Estratégica) e Jaime Verruck (Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) e do presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Paulo Corrêa. Para o presidente da Fiems, Sérgio Longen, além da preocupação com a questão da saúde e a disponibilidade de leitos hospitalares para todos os infectados, levantamento do Radar Industrial apontou uma perda de R$ 23 milhões a R$ 70 milhões no PIB (Produto Interno Bruto) de Mato Grosso do Sul, considerando desde o cenário menos restritivo ao mais restritivo.

 

“Diante disso, decidimos convocar o CMC para organizarmos as ações em vários setores e também nos municípios. Essa reunião teve como objetivo organizar as ações e levar ao conhecimento do público o que está sendo feito”, afirmou Sérgio Longen. O secretário Eduardo Riedel destacou que o Governo do Estado tem feito um monitoramento por meio da Secretaria Estadual de Saúde de todos os exames realizados, casos suspeitos e confirmados, além da divulgação diário ode um boletim sempre às 16 horas. “É muito importante essa reunião do CMC porque essa é uma questão de todos nós. É do cidadão, é da indústria, é do comércio, é da agropecuária, dos setores econômicos. E a gente tem de fazer uma grande mobilização em Mato Grosso do Sul com as medidas necessárias para que a gente tenha efetividade nas ações e consiga bloquear uma escalada de contaminação natural vendo os dados mundo a fora”, declarou.

 

Para ele, a convocação do CMC é importante para envolver diversos setores em busca de soluções junto ao Governo. “Foi também interessante que o Governo do Estado pudesse estar presente para ver as ações que as empresas já estão tomando e isso nos ajuda a acompanhar esse movimento e tomar atitudes, como campanhas de conscientização da população, ações da questão tributária. Penso que busquemos todas as ações para amenização de uma crise que é de saúde, é social e é econômica”, completou.

 

Já o presidente da Assembleia Legislativa ressaltou que o momento é de preocupação e de alerta. “A situação é séria, mas não podemos gerar pânico, porque além da questão de saúde, essa pandemia afeta toda a economia mundial, nacional e estadual. Mas acho importante frisarmos que a Assembleia Legislativa vai contribuir com o Governo do Estado para que possam ser feitas compras de itens de saúde em regime emergencial, ou seja, sem a necessidade de licitação para salvar vidas”, comentou.

 

O presidente da Amas (Associação Sul-Mato-Grossense de Supermercados), Edmilson Jonas Veratti, destacou que o segmento está realizando protocolos de higienização. “Está em nossas mãos agora ensinar as pessoas, tanto nossos clientes, como a nossa equipe, de como se prevenir. Toda equipe está sendo orientada a ficar uma distância certa do consumidor, a ir com maior frequência ao banheiro para lavar mãos, olhos, nariz, boca. São campanhas de prevenção que nesse sentido de higiene e cuidados para não transmitir o vírus”, reforçou.

 

Já o diretor-presidente do Consórcio Guaicurus, João Resende Filho, pontuou a dificuldade de uma maior efetivação na higienização dos ônibus do transporte coletivo urbano em razão do grande fluxo de pessoas. “Não podemos dizer que é impossível, mas é inviável garantir que os corrimãos e todo o veículo estejam totalmente higienizado a cada passageiro que entra e a cada um que sai. É preciso conscientizar o cidadão para que ele faça a sua parte, lavando as mãos frequentemente, levando o seu álcool em gel para garantir sua segurança e evitando aglomeração, sair quando for extremamente necessário”, finalizou.

 

Também participaram da reunião o presidente da Famasul, Maurício Saito, o presidente da Fecomércio-MS, Edison Araújo, o superintendente do Sebrae/MS, Cláudio Mendonça, o diretor da Assomasul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul), José Domingues, o reitor da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Marcelo Turine, o presidente da Abrasel/MS (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes de MS), Juliano Wertheimer, o presidente da Asmad (Associação Sul-Mato-Grossense de Atacadistas e Distribuidores), Aureo Francisco Akito Ikeda, o superintende da Caixa Econômica Federal, Moarcyr do Espírito Santo, o superintendente do Banco do Brasil, Sandro Jacobsen Grando, o gerente-comercial do Shopping Campo Grande, Alcionei da Cunha, o gerente de operações do Shopping Norte Sul Plaza, Arilson Arruda, e o gerente de operações do Shopping Bosque dos Ipês, Jorge Sakamoto.

Com estimativa de 9,9 milhões de toneladas, safra da soja 2019/2020 deve bater recorde no MS

Assessoria

 

A safra de soja 2019/2020 deve bater todos os recordes de produção em Mato Grosso do Sul, segundo estimativas divulgadas pela Aprosoja/MS e Sistema Famasul, nesta sexta-feira (14), em Campo Grande. Na projeção são 9,9 milhões de toneladas do grão, 12,5% maior que na temporada anterior. As estatísticas são do Siga MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), com dados compilados pela Aprosoja/MS, Sistema Famasul e Governo de Mato Grosso do Sul.

 

Segundo o boletim agrícola, em comparação à safra anterior (2018/2019), estima-se aumento de área plantada em 6,18% – de 2,9 milhões para 3,1 milhões de hectares. O levantamento indica que o acréscimo é uma constante nas últimas temporadas da oleaginosa, que se justifica com a entrada da agricultura em áreas de pastagens degradadas. Para a produtividade são esperadas 52,1 sacas por hectare na safra.

 

“Temos uma equipe técnica do Siga MS visitando as propriedades rurais diariamente, coletando dados e levando informação. Entre os principais diagnósticos desta safra foi o aumento de áreas de grãos em cima de pastagens, o que mostra a recuperação de áreas degradadas e o interesse em consorciar atividades, por parte dos produtores”, ressalta o presidente da Aprosoja/MS, André Dobashi.

 

“A agricultura sul-mato-grossense avança de forma vertiginosa. E tudo se deve ao empenho conjunto entre a classe científica e os produtores rurais, que estão preparados, cultivando de forma correta e com as melhores estratégias. Acreditamos no recorde da colheita da soja, que também deve garantir bons preços, assim como o milho que iniciou o plantio neste mês”, disse Dobashi.

 

“Agricultura inteligente e eficiente. Assim podemos definir a atividade agrícola no estado. Os produtores rurais estão cumprindo seu papel de forma responsável, investindo em capacitação, adotando novas tecnologias para aumentar cada vez mais a produtividade e sustentabilidade das lavouras”, destaca o presidente do Sistema Famasul, Mauricio Saito.

 

Ainda de acordo com o boletim, a safra passada tivemos quebra na produtividade, resultado de intempéries climáticas com pouca precipitação. Neste ciclo, apesar do atraso na chuva, a lavoura se manteve sem problema fitossanitário atípico e, na fase de enchimento de grãos, o índice de pluviosidade foi bom em todo o estado.

 

Milho – Em comparação aos dados da safra anterior (2018/2019) estima-se até o momento, redução na área plantada em aproximadamente 9,02%, passando de 2,173 milhões para 1,977 milhão de hectares.

Desenvolvimento da cadeia produtiva será tema do 2º Seminário Estadual da Guavira

Assessoria

 

Campo Grande sedia no próximo dia 29, o 2º Seminário Estadual da Guavira. O evento, que vai ser realizado no anfiteatro do Complexo Multiuso Dercir Ribeiro da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), vai englobar diversos assuntos relacionados ao fruto para conhecimento de produtores e sociedade, como produtividade, sustentabilidade, comércio e processamento. O tema do evento este ano é “Guavira: perspectivas em obtenção de produtos cosméticos e alimentícios”.

 

O seminário, que é uma realização da Assembleia Legislativa, em parceria com a Fiocruz Mato Grosso do Sul, Semagro, Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural) e UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), tem o objetivo de ampliar os debates sobre o desenvolvimento da cadeia produtiva da guavira em MS.

 

Autor do projeto de lei que transformou a guavira em fruto símbolo do Estado, o deputado estadual Renato Câmara (MDB) destaca que o seminário será um importante passo para o incremento da fruta nas áreas de ciência, tecnologia, inovação e empreendedorismo no Estado, estimulando a realização de estudos técnico-científicos de produção e preservação genética da guavira, o cultivo sustentável e a geração de novos produtos a partir deste fruto típico do cerrado.

 

“Nos últimos anos, os guavirais diminuíram devido a expansão da pecuária, das lavouras e do crescimento populacional. A melhor forma de conservar o fruto é viabilizar o seu cultivo do ponto de vista econômico, para consumo próprio e para comercialização. A guavira tem um grande potencial para gerar renda a ajudar a desenvolver o turismo. O passo agora é desenvolver a sua cadeia produtiva”, disse Câmara.

 

O deputado cita o exemplo do município de Bonito, onde a fruta já é utilizada preparação de pratos tradicionais, sorvetes, picolés, drinques e os mais antigos até utilizam a guavira para fins medicinais. No município, a guavira já conquistou o privilégio de ter um festival em sua homenagem. Geralmente realizado em novembro, época de colheita da fruta, o Festival da Guavira de Bonito é uma mistura de cultura e gastronomia.

 

No ano passado, o seminário atraiu um público de aproximadamente 350 pessoas, incluindo a participação de estudantes, produtores e pesquisadores de outros três Estados: Ceará, Distrito Federal e Paraná.

 

PROGRAMAÇÃO

 

Serão realizadas palestras com professores e pesquisadores da Uems, UFMS, UCDB, IFMS, Unigran, Fiocruz, UFGD, Semagro e Agraer. Na parte da manhã, será realizado o primeiro painel com o tema “Integração da Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação com a guavira no MS”.

 

A palestra “Produção de Mudas de Guavira e resultados de produtividade” será ministrada pela pesquisadora Ana Cristina Ajalla Volpe. O segundo painel, a partir das 13h30, terá como tema “Experiências de negócios sustentáveis com guavira e outras plantas nativas”.

 

Entre as palestras está a “Estruturação da cadeia produtiva do Marolo em Minas Gerais”, com o Dr. Marcelo Lacerda Resende, da Universidade Federal de Alfenas (MG). Serão apresentadas ainda experiências de negócios sustentáveis no MS, como um aplicativo para identificação dos locais dos guavirais nativos, desenvolvido pela pesquisadora do IFMS, Ivilaine Pereira Delguingaro; e o relato das coletoras de guavira de Bonito, Maria Erman Soares e Camila Erman.

 

INSCRIÇÕES

 

O 2º Seminário Estadual da Guavira acontece na terça-feira (29), das 7h30 às 18h. Às inscrições são gratuitas e podem ser feitas através do link https://bit.ly/2pKdjLv.

Plantio da Soja já atingiu 12,4% em Mato Grosso do Sul

Assessoria

 

A perspectiva para a safra de soja 2019/2020 é um aumento de área de aproximadamente 6% (Foto - Divulgação)

Em Mato Grosso do Sul a área plantada da soja monitorada pelo projeto SIGA/MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio) chegou aos 12,4% até o dia 18 de outubro. No estado, o plantio está autorizado desde o dia 16 de setembro, fim do vazio sanitário. Esse é o tema do Mercado Agropecuário desta segunda-feira (21), que acompanha a cadeia produtiva da oleaginosa.

 

Segundo a analista técnica do Sistema Famasul, Tamiris Azoia, o cultivo segue atrasado em relação ao ano anterior, devido à demora no início das chuvas. “A abertura do período de plantio foi caracterizada pela estiagem, que se estendeu durante todo mês de setembro. Diante deste fato, a grande maioria dos produtores postergou o plantio a espera melhores condições climáticas para a semeadura da cultura, que tem se normalizado apenas agora, em meados de outubro”, afirma.

 

A perspectiva para a safra de soja 2019/2020 é um aumento de área de aproximadamente 6%, que significa um total de 3,1 milhões de hectares, com uma produção total estimada de 9,9 milhões de toneladas e produtividade média esperada de 52 sacas por hectare.

 

Comercialização – Segundo levantamento realizado pela Granos Corretora, até 14 de outubro, Mato Grosso do Sul já havia comercializado 28% da safra de soja 2019/2020, avanço de 1% em relação a igual período da safra 2018/19. Já a segunda safra do milho deste ano vendeu 61,25%, avanço de 2% em relação a igual período da safra passada.

 

As cotações no mercado interno têm refletido as altas na Bolsa de Chicago, em conjunto a oferta ajustada pelo baixo excedente de soja e também as consecutivas valorizações da moeda americana que encerrou no dia 18 de outubro cotada em R$ 4,14.

Mato Grosso Sul já comercializou 25% da safra 2019/2020

Assessoria

 

Foi lançado oficialmente o plantio da soja safra 2019/2020 e os produtores do estado já comercializaram 25% da saca de grãos, segundo levantamento feito pelo departamento técnico do Sistema Famasul com dados da Granos Corretora. Este é o tema do Mercado Agropecuário dessa segunda-feira (23).

 

Para analista técnica, Bruna Dias, observar o mercado externo é importante para quem deseja comercializar antecipadamente o grão. “O determinante será acompanhar de perto os desdobramentos do impasse comercial entre China e EUA, ambos buscam continuar sinalizando a tentativa de um consenso, porém a demanda Chinesa ainda segue focada na oleaginosa brasileira. Ainda tem a questão da peste suína na China, outro ponto que é preciso acompanhar é o resultado da safra dos EUA”, explica.

 

Dias também destaca que o planejamento é essencial para a tomada de decisão para dentro da porteira. “O produtor rural que se preparou e fez o seu planejamento terá um ambiente favorável para a concessão do crédito, o mercado financeiro brasileiro oferece várias linhas de financiamento rural, dada a relevância que a agricultura e a pecuária desempenham na economia do país”.

 

Estimativa – Para o período, a estimativa é que o estado produza 9,68 milhões de toneladas da soja, um incremento de 3,18% em relação ao ciclo anterior.

 

O milho fechou a colheita com uma supersafra de 12,1 milhões de toneladas no estado. Segundo o relatório do SIGA/MS (Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio), foram 2,1 milhões de hectares de área plantada, aumento de 19,88% e produtividade de 93,24 sacas por hectare, crescimento de 33%.

Safra recorde de milho tem aumento de 64% e fecha em 12,16 milhões de toneladas

Portal do MS

 

As lavouras continuaram surpreendendo até o final da colheita do milho em Mato Grosso do Sul, que foi bem maior que as projeções iniciais. Com aumento de 19,88% na área plantada de um ano para outro, as boas condições do tempo provocaram uma alta significativa na produtividade que fechou em 12,16 milhões de toneladas, 64,39% maior que o volume colhido na safra anterior (7,84 milhões de toneladas). Com isso, Mato Grosso do Sul se consagra como o terceiro maior produtor nacional de milho na safra 2018/2019.

 

Os dados são do Projeto SIGA/MS, o Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio, implantado pela Semagro (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) em parceria com entidades de produtores rurais. Além do aumento da área, o que contribuiu decisivamente para a safra recorde foi a produtividade, estimada em 88 sacas por hectare, mas que atingiu 93,24 sacas/ha, a melhor performance já registrada no Estado.

 

“Isso é importante quando estamos procurando aumentar a industrialização, focando na expansão da suinocultura, da avicultura, na implantação de fábricas de DDG (Dried Distillers Grains, ou seja, grãos secos de destilaria). Mato Grosso do Sul se tornou referência como grande produtor de milho e passa a atrair investimentos para agregar valor a esse produto”, analisou o secretário da Semagro, Jaime Verruck.

 

O bom desempenho das lavouras resulta da combinação de fatores: semeadura dentro da janela adequada e condições climáticas ideais para o desenvolvimento da lavoura. A ocorrência de geadas em julho não chegou a afetar significativamente porque a cultura já estava em fase de maturação. Provocou apenas danos isolados e específicos, cita o boletim do SIGA/MS. “O produtor usou tecnologia e nem a geada no fim do ciclo causou danos graves”, disse Verruck.

 

Com a alta do dólar – que se mantém há dias acima de R$ 4 –, os impactos da febre suína asiática e desentendimentos comerciais entre os Estados Unidos e a China sustentam o preço da commodity elevado. Portanto, a tendência é de continuar crescendo a área do milho no Estado, o que pode levar a outra safra recorde no ano que vem, como preveem os técnicos do Projeto SIGA/MS.

 

O secretário cita, ainda, a flexibilização da paridade para exportação adotada pelo governo do Estado como “medida fundamental” para sustentar o preço do milho no mercado interno, favorecendo o produtor. “Além disso, o governo está atuando firme na manutenção das estradas e pontes para que essa safra seja escoada”, completou.

Em nove anos, pecuária ‘perde’ 3 milhões de hectares para a agricultura

G1/MS

 

Pastagem com lavoura no entorno: realidade cada vez mais contante em Mato Grosso do sul (Foto: Anderson Viegas/G1 MS)

Em um período de nove anos, entre 2010 e 2018, a pecuária “perdeu” 3 milhões de hectares de pastagens em Mato Grosso do Sul para a agricultura. Essas áreas foram ocupadas por culturas como a soja, o milho, a cana-de-açúcar e o eucalipto, conforme explicou nesta terça-feira (7) o superintendente da secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar (Semagro), Rogério Beretta, durante painel do Simpósio Brasileiro de Solos Arenos (SBSA), em Campo Grande.

 

Beretta comentou que essa “conversão” da pecuária para a agricultura em Mato Grosso do Sul ocorre principalmente em cima de solos arenosos, que apresentavam algum estágio de degradação, mas tinham grande potencial para ser explorado.

 

“Trabalhando focado do uso e conservação do solo, atenção a logística, apoio a pesquisa e envolvimento em projetos de manejo e conservação do solo, temos trabalhado para dar viabilidade para a agricultura crescer nesses solos, que são a nossa nova fronteira agrícola e onde temos exemplos de municípios com altíssimas produtividades”, destacou.

 

Beretta citou como exemplo da conversão, a expansão das áreas cultivadas com soja no estado. A cultura atingiu no ciclo 2018/2019 o cultivo em 2,900 milhões de hectares, registrando um aumento de área na safra de 280 mil hectares. “Foi um fato marcante, Mato Grosso do Sul teve o maior aumento de área plantada com soja no Brasil”.

 

Em relação a expansão das outras principais culturas do estado sobre as áreas de pastagem, Beretta, lembrou que 80% da área plantada com soja é ocupada pelo milho de inverno, e que a cana-de-açúcar atingiu os 830 mil hectares – entre áreas para colheita, renovação e produção de mudas, enquanto que o eucalipto atingiu a marca dos 1,100 milhão de hectares cultivados.

 

Em relação a pecuária, o superintendente da Semagro lembrou que o estado ainda possui 20 milhões de hectares com pastagens, dos quais 6 milhões estão na planície do Pantanal, sendo a maior parte ainda de áreas nativas.

 

 

Com receita superior a US$ 1,13 bi, agronegócio responde por 95,5% das exportações de MS

Assessoria

 

Em Mato Grosso do Sul, as exportações do agronegócio contabilizaram uma receita de US$ 1,13 bilhão no primeiro trimestre deste ano, resultado que corresponde a 95,5% do total obtido com as vendas externas registradas no período analisado.

 

O balanço das principais cadeias produtivas é o destaque do Mercado Agropecuário dessa segunda-feira (06). No ano anterior, com faturamento de US$ 1,12 bilhão, o setor respondia por 94% das exportações totais, segundo os dados do Mapa – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

 

O setor de produtos florestais é o que mais se destaca, com participação de 49,9% na receita total. “O agro se consolida sustentavelmente, investido em modelos de integração que elevam o potencial econômico do setor produtivo e, por isso, esse segmento tem se sobressaído” afirma a diretora técnica do Sistema Famasul, Mariana Urt. Na sequência, estão: o Complexo Soja, com representatividade de 23,6% e o de Carnes, com 20,5%.

 

Na sequência, se destacam as exportações de milho e couros.

Campanha de Vacinação contra Febre Aftosa 2019 tem início com mudanças na legislação

Assessoria

 

A vacinação, obrigatória, passa a ter novo regramento. A dose foi alterada de 5ml para 2ml e, nessa campanha, o produtor rural deve declarar os estoques efetivos de bovinos e bubalinos existentes em seus estabelecimentos no portal da IAGRO – Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (www.iagro.ms.gov.br), além de precisar atualizar seus dados cadastrais junto à SEFAZ – Secretaria de Estado de Fazenda (www.sefaz.ms.gov.br).

 

Essa atualização, sanitária e fiscal, faz parte das ações necessárias para cumprir o protocolo do Plano Estratégico do PNEFA – Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa do MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que proporcionará à Mato Grosso do Sul a retirada da vacinação em 2021.

 

O período da campanha é de 1º a 31 de maio e registro até o dia 15 de junho para vacinação dos rebanhos das regiões do Planalto e Fronteira. Para os rebanhos localizados no Pantanal, e optantes da etapa maio, o período vai até 15 de junho e registro até o dia 30 de junho. O registro da vacinação deve ser feito via internet no portal da IAGRO.

 

Segundo a diretora técnica do Sistema Famasul – Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul, Mariana Urt, a campanha é importante para garantir o status sanitário do estado e garantir o cumprimento do protocolo do Plano Estratégico do PNEFA. “Mato Grosso do Sul é referência na produção de carne bovina do Brasil. Somos o 1º maior produtor e o 2º maior exportador do país. Isso é fruto do trabalho responsável dos produtores que garantem, há vários anos, cobertura vacinal do rebanho sul-mato-grossense acima de 99%” afirma a diretora que, juntamente com o médico veterinário do Sistema Famasul, Horácio Tinoco, participou do lançamento oficial da campanha realizado, nessa quinta-feira (2), em Campo Grande.

Produção de tilápia cresce 11,9% e Brasil se consolida como 4º maior produtor mundial

Assessoria

 

O país é o quarto maior produtor de tilápias do mundo (Foto - Divulgação)

 

Ter uma vida saudável, regrada e com uma alimentação de qualidade, não é uma tarefa fácil. Mas aos poucos a adesão por qualidade de vida tem aumentado não só no Brasil como no mundo. E um dos alimentos que tem marcado presença cada vez mais nas mesas é o peixe, principalmente, a tilápia. Espécie que encabeça a lista dos peixes de água doce mais produzidos no Brasil, atingindo 400.280 t. em 2018, 11,9% a mais que em 2017, de acordo com dados divulgados em 2019 pelo anuário Peixe BR da Piscicultura.

 

Atualmente, de acordo com o Censo Agropecuário 2017, do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia -, há mais de 455 mil unidades de criação de organismos aquáticos em todo o país. O Sul segue na liderança com 273.015 estabelecimentos, responsável por 60%, Sudeste (57.074), Nordeste (48,881), Norte (48.286) e Centro-Oeste (28,285). Os cinco estados líderes em produção de tilápias são Paraná (123 mil toneladas), São Paulo (69.500 t.), Santa Catarina (33.800 t.), Minas Gerais (31.500 t.) e Bahia (24.600 t.), que juntos produzem cerca de 70% de toda tilápia nacional.

 

O país é o quarto maior produtor de tilápias do mundo, atrás da China (1,86 milhão de toneladas), Indonésia (1,25 milhão t.), Egito (860 mil t.) e à frente de Filipinas (330 mil t.) e Tailândia (250 mil t.). De acordo com a FAO – Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação – o mundo produziu 84 milhões de toneladas de peixes de cultivo em 2018 e o objetivo é superar 100 milhões de t. em 2025. A tilápia foi responsável por 6 milhões de toneladas em 2018 e o Brasil contribuiu com aproximadamente 400 mil t., representando 6,67% do total global.

 

As perspectivas para 2019 são otimistas. Conforme dados da FAO, a China deve produzir em torno de 1,93 milhão de toneladas este ano, Indonésia 1,35 milhão de t., Egito 900 mil t., Brasil 450 mil e Filipinas 350 mil e a demanda global por proteínas deve aumentar 16% até 2025.

 

No passado, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior e Serviços (SECEX), o Brasil exportou US$ 136 milhões em pescados congelados, frescos e refrigerados. Deste valor, em torno de US$ 5,5 milhões foram da exportação de tilápias, espécie responsável por 55,4% da produção total de peixes do país. Apesar da produção de peixes cultivados, o Brasil é um grande importador de pescados, sinalizando para toda a cadeia que é possível crescer bastante.

 

Nutrição Animal

 

Para manter a produtividade é importante que o criador fique atento a dieta do animal. A Guabi, que sempre está à frente desenvolvendo produtos com tecnologia, acaba de lançar as linhas GuabiTech e Evolution para peixes e camarões. A Guabi vem construindo o Projeto Aqua do Futuro, desde 2016. A primeira ferramenta lançada foi o SIGAD – Sistema Guabi de Alto Desempenho, um método para avaliar e direcionar ações, treinamentos, investimentos nas propriedades que leva em consideração os seis pilares do aquanegócio: nutrição, genética, ambiente/manejo, gestão, infraestrutura e biossegurança.

 

Em seguida foram inclusos os aplicativos para gerenciar, anotar, fazer gráficos, relatórios e tantas outras funções a partir de um smartphone, para acessar a qualquer hora ou lugar os dados da produção. E, finalmente, a terceira ferramenta que é o Programa de Alimentação Guabi Aqua Gen. “Estas duas linhas de produtos atingiram o estado da arte da nutrição de organismos aquáticos, são cientificamente balanceadas e levam o pacote Gen, um blend de inovações que melhoram o desempenho e a saúde, usando apenas aditivos naturais. Neste blend estão os microminerais orgânicos, que substituíram totalmente os inorgânicos, um complexo de enzimas digestivas, mais proteção contra micotoxinas, e a Nutrigenômica, desenvolvida pela Alltech, em seu laboratório em Lexington, Kentucky, nos Estados Unidos, um dos maiores e mais modernos do mundo e o único especializado em Nutrigenômica Animal. Estamos propondo aos nossos parceiros que busquem o alto desempenho, pois essa é a Aquacultura do Futuro”, relata João Manoel Cordeiro Alves, gerente de Produtos para Aquacultura da Guabi.

 

A Guabi Nutrição e Saúde Animal é uma empresa que há mais de 44 anos se dedica ao desenvolvimento e fabricação de produtos de alta qualidade, voltados para o bem-estar de todo o ciclo: animais, produtores, criadores e consumidor final. Investe na qualidade dos insumos e tecnologias de ponta que garantam o melhor resultado, e é hoje uma das maiores empresas de nutrição e saúde animal do país. Tem forte atuação em todos os estados brasileiros e exportações frequentes para mais de 30 países. Atualmente, a Guabi possui cinco unidades fabris distribuídas pelo Brasil, além de dois Centros de Distribuição localizados na região Nordeste e de seu escritório nacional, em Campinas/SP.

Leiloeiras fecham acordo para promoção e comercialização em remates

Assessoria

 

A Trajano Silva Remates, do Rio Grande do Sul, e a Boi Remates Leiloeira, de Mato Grosso do Sul, fecharam parceria comercial como forma de impulsionar negócios das duas empresas. O acordo foi firmado neste mês de abril, em Campo Grande (MS). Conforme os representantes das duas empresas, o acordo prevê a promoção e divulgação dos leilões da Trajano para o Brasil Central assim como os da Boi Remates para o mercado do Sul.

 

O sócio e administrador da Boi Remates, Rafael Frainer, salienta que acredita nesta parceria pelo portfólio da Trajano Silva Remates, uma das leiloeiras mais tradicionais e respeitadas do Brasil. “Nós, como uma empresa nova, avaliamos que é um sinal de reconhecimento pelo trabalho que viemos realizando. Queremos construir e somar nos produtos que a Trajano Silva tem a ofertar para o mercado do Centro Oeste com o máximo que pudermos expandir as vendas e vice-versa, pois nos leilões em que tivermos produtos com potencial de vendas no Sul, teremos o apoio de uma empresa séria e com respaldo”, observa.

 

Para Osvaldo Vadico Silva, diretor comercial da Trajano Silva Centro-Oeste, a união com a Boi Remates representa a parceria com uma empresa de vanguarda, que possui ferramentas para comercialização das mais modernas encontradas no país. “Ela vem aliada à uma série de novas tecnologias que vai trazer bons frutos. É uma parceria comercial onde a ideia é tê-los como divulgadores dos remates no Brasil Central. São pessoas extremamentes dedicadas e sérias”, destaca.

 

A Boi Remates é uma empresa de leilões que, em sua maioria, são realizados de forma virtual e transmitidos via web com uma plataforma de última geração em que se prima em trazer aos lotes ofertados informações importantes visando a máxima transparência a quem compra. No próximo dia 10 de maio, no Leilão da Cabanha Santo Izidro, em Santa Maria (RS), a parceria já fará seu primeiro leilão conjunto.

Presença crescente de tecnologias no campo atrai jovens para o agronegócio

Assessoria

 

Um movimento inverso ao registrado nos últimos anos tem sido assistido no agronegócio brasileiro. Jovens que antes não buscavam oportunidades no campo passaram a se sentir atraídos pelo setor, principalmente pela crescente presença de novas tecnologias nas atividades rurais.

 

Uma pesquisa divulgada em maio de 2017, pela Associação Brasileira de Marketing Rural e Agronegócio (ABMRA) indicou que a idade média dos produtores rurais caiu 3,1% nos últimos quatro anos, baixando para 46,5 anos. Os resultados também mostram essa mudança de direção com o aumento da presença de jovens entre 20 e 35 anos, que saltou de 15% para 27% desde a última pesquisa.

 

Atuando diretamente nas propriedades ou por meio de empresas de tecnologias, como as startups, os jovens têm marcado presença no agronegócio, trazendo um novo olhar para aos processos. Em muitos casos, por meio de softwares ou aplicativos eles introduzem no negócio o monitoramento informatizado que auxilia em melhores resultados e no aumento da produtividade.

 

“O agro não é mais aquela atividade rústica na qual se acreditava que os filhos tinham que deixar as propriedades para crescer profissionalmente. Essa concepção mudou com o tempo hoje com a tecnologia o setor passou a ser um mercado atraente para os jovens”, afirma Renata Camargo, Show Manager do YAMI – Youth Agribusiness Movement International, primeiro congresso para jovens do agronegócio que será realizado em São Paulo, em outubro.

 

Outra tendência que ganha cada vez mais corpo no setor é o empreendedorismo. Com as mudanças constantes do mercado de trabalho, o jovem se viu incentivado a empreender e uma das áreas que mais atraem esses novos empresários é o agronegócio.

 

“O campo é um lugar extraordinário para o desenvolvimento de negócios, não só para as grandes culturas como soja e milho, mas para negócios menores que demandam tecnologia para atender as demandas. É um setor que não se limita apenas a atividades desenvolvidas nas propriedades ou sucessão familiar, mas extrapola para áreas como gastronomia, ciência e tecnologia”, enfatiza Renata.

MS conclui colheita da soja e plantio da safra de inverno de milho

G1/MS

 

Apesar dos veranicos, estimativas apontam que MS colheu sua segunda maior safra de soja (Foto: Anderson Viegas/G1 MS)

Os produtores rurais de Mato Grosso do Sul concluíram oficialmente a colheita da soja da safra 2018/2019 e o plantio do milho de inverno (segunda safra). A informação é da mais recente circular do Sistema de Informação Geográfica do Agronegócio (SIGA), da Associação dos Produtores da oleaginosa (Aprosoja/MS) e da Federação de Agricultura e Pecuária (Sistema Famasul).

 

Segundo o SIGA, os trabalhos foram encerrados na sexta-feira passada (29 de março). A projeção dos técnicos é que neste ciclo ocorreu um aumento de 5,18% na área cultivada com soja, de 2,700 milhões de hectares para 2,840 milhões de hectares, mas que em razão de veranicos – períodos de longa estiagem com altas temperaturas, ocorridos no fim do ano passado, a produtividade caia das 59,1 sacas por hectare da temporada passada para 50,5 sacas por hectare. Isso deve provocar uma redução de 11,44% na produção, que deve cair de 9,584 milhões de toneladas para 8,605 milhões de toneladas.

 

Se confirmada a estimativa do SIGA, com esse volume, Mato Grosso do Sul deve registrar neste ciclo a segunda maior safra de soja de sua história, apesar dos efeitos dos veranicos. O recorde é do ciclo anterior.

 

Já em relação ao milho, a circular destaca uma previsão de aumento de 5,73% na área de plantio, que deve subir de 1,814 milhão de hectares para 1,918 milhão de hectares. Projeta ainda um incremento na produtividade em torno dos 11,5%, de 70,1 sacas por hectare para 78,2 sacas por hectares, o que deve elevar a produção em 14,8% frente a 2018, saltando de 7,838 milhões de toneladas para 9,002 milhões de toneladas.

 

 

Produtores rurais de MS já colheram 15,1% das lavouras de milho

Campo Grande News

 

Colheita do milho em safras anteriores em MS (Foto: arquivo)

Produtores rurais de Mato Grosso do Sul já colheram 15,1% do 1,7 milhão de hectares de milho plantados no estado. Na última semana, os trabalhos avançaram em 121.622 hectares. Essa evolução é 2,5% superior à área processada nesse mesmo período no ciclo 2016/2017.

 

Segundo boletim da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado), os municípios da região norte tiveram mais avanços nas atividades com área média colhida de 31,4%. Destaque para Chapadão do Sul, Costa Rica e São Gabriel do Oeste, que já passaram dessa margem e processaram 35% da lavoura.

 

Na região central já foram colhidos em média 12,2% da área plantada. Bandeirantes, Campo Grande e Jaraguari já passaram dessa faixa e já colheram 20% das lavouras e Terenos alcançou 15,1% de processamento dos milharais.

 

A região sul colheu os grãos de em média 11,5% das áreas plantadas, com destaque para Douradina, Fátima do Sul, Naviraí, Ponta Porã, Itaporã e Sete Quedas. Estas duas últimas já processaram 25% das lavouras.

 

O boletim estima até o momento redução geral da área plantada em aproximadamente 8,21%, passando de 1,8 milhão para 1,7 de milhão de hectares. De igual modo houve queda de 29,31% em relação à expectativa do volume de produção de grãos (de 9,8 milhões de toneladas na safra 2016/2017 para 6,936 milhões de toneladas na safra 2017/2018).

 

A estiagem afetou seriamente as lavouras na região sul do estado, que podem ter até 40% de perdas na produção segundo a Famasul. Esse percentual leva em consideração todas as áreas semeadas no estado. Individualmente, alguns alguns produtores não conseguirão colher nada este ano.

 

Na região norte, as plantações não apresentaram problemas e a produtividade é estimada em torno de 90 a 100 sacas por hectare. Na região sul, a expectativa é de 60 a 70 sacas por hectare. Como essa área é mais expressiva nesse cultivo, deve refletir mais na produtividade total.

Vacinação contra febre aftosa vai até 30 de julho e brucelose até 15 de agosto na região do Pantanal

Portal do MS

 

Os pecuaristas têm até 15 de agosto para vacinar e registrar a vacinação no sistema (Foto - Kelly Ventorim)

 

Atendendo a um pedido dos pecuaristas da região do Pantanal, através do Sindicato Rural de Corumbá e da Federação de Agricultura de Mato Grosso do Sul (Famasul), foi prorrogado por meio de Portaria da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) publicada no Diário Oficial do Estado (DOE) – a vacinação contra febre aftosa e brucelose do rebanho naquela área.

 

Devido às cheias da região do Pantanal, que impossibilitam o manejo adequado do rebanho para realização da vacinação contra a febre aftosa dentro do período estipulado inicialmente, o prazo de vacinação dos animais mudou para até dia 30 de julho de 2018. O período para o registro da vacinação no sistema também foi estendido para 15 de agosto.

 

Da mesma forma, e pelos mesmos motivos, a Iagro também prorrogou a vacinação contra a brucelose na região do Pantanal. Os pecuaristas têm até 15 de agosto para vacinar e registrar a vacinação no sistema.

 

A decisão, que vem de encontro com a demanda dos pecuaristas da região citada não se estende à vacinação nas propriedades das regiões sanitárias do Planalto e Fronteira, que tiveram prazo até dia 15 de junho para vacinação e período de registro no sistema até 30 de junho.

 

Confira:

 

Região do Planalto – vacinação até 15 de junho e registro até 30 de junho;

Região da Fronteira – vacinação até 15 de junho e registro até 30 de junho;

Região do Pantanal – vacinação prorrogada para 30 de julho e registro até 15 de agosto.

 

Segundo o diretor-presidente da Iagro, Luciano Chiochetta, que no primeiro semestre deste ano esteve na Bolívia, em Paris e, recentemente, em Cuiabá discutindo as ações para retirada definitiva da vacinação contra a febre aftosa no Brasil, Mato Grosso do Sul cumpre o seu papel garantindo excelentes números e manterá a média, que é superior a 99% do rebanho vacinado.

 

Mato Grosso do Sul

 

O rebanho do Estado soma 21 milhões de cabeças de bovinos e bubalinos e a meta do governo estadual é vacinar 99% dos animais, embora a exigência dos órgãos sanitários seja atingir no mínimo 80%.

 

Garantir a meta estadual de vacinação do rebanho é importante para assegurar o status de zona livre de febre aftosa com vacinação, que o País conquistou recentemente e que deve ampliar o leque de oportunidades de negócios com a carne bovina do Brasil, que hoje já chega a 150 países.

 

Mato Grosso do Sul tem um rebanho altamente produtivo (reduziu em dois milhões de hectares a área de pastagem, mas mantém o volume de abate), é líder no abate de bezerros com até 24 meses de idade e tem carne de qualidade comprovada.