terça-feira, 23 de abril de 2024

A importância dos partidos políticos para o exercício da democracia, por Paulo Rogério da Mota

Paulo Rogério da Mota (*)

Na democracia, o cidadão tem uma participação ativa na sociedade e desse modo auxilia nas decisões políticas de seu país, bem como é capaz de interagir com os mecanismos que desenvolvem mudanças efetivas. É o Estado que estabelece a participação dos seus membros nas decisões que lhes afetem direta e indiretamente, sob pena de tais obrigações tornarem-se ilegítimas ou arbitrárias.

Nesse contexto, os partidos políticos se tornam de suma importância para que haja democracia no Estado de Direito, pois visam resguardar o direito do cidadão em ser ouvido e de dar voz ativa ao povo, bem como promover a representatividade e acessibilidade de todos ao meio político.

Assim, fazendo uma observação da história, nos permite ver que o voto em um primeiro momento, era extremamente resguardado a uma parcela da população, sendo um exemplo disto, o voto sectário no Brasil, período correspondente entre 1822 e 1881, no qual o cidadão precisava comprovar renda para votar. Isso significa que só os mais ricos podiam votar e ser votados.

Com o surgimento dos partidos políticos, os demais cidadãos começaram a ter representatividade, condição em que os indivíduos participam da formação da vontade do Estado. Assim, dentro desse sistema representativo de candidatos, está diretamente ligado ao exercício dos partidos.

Entretanto, a democracia é o meio por onde os indivíduos exercem seu direito de escolha ou de ser escolhido, seja por meio do direito de escolher seus representantes ou de ser escolhido para representar da sociedade, atribuindo a esse instrumento o dever de amenizar a luta dos interesses individuais.

Desse modo, reforçamos os argumentos apresentados de que os partidos políticos são os principais esteios da ideia de representação, tendo papel primordial nas atuais circunstâncias de representatividade social que refuta a política personalíssima, além de debater os interesses e conflitos sociais inerentes à democracia, e revigorar o espaço no interior das relações entre sociedade civil e Estado.

Portanto, a discussão sobre o futuro dos partidos políticos confunde-se com o do futuro da democracia, existindo uma ligação entre ambos, de forma que não se tem como falar no exercício da democracia sem estar falando em organizações políticas, sendo que estas estruturas democráticas abrirão novos caminhos para a revitalização e legitimação da democracia na sociedade.

(*) Advogado formado na Unigran – Dourados e pós-graduado em Direito Eleitoral pela Universidade Cândido Mendes – Rio de Janeiro. Sócio proprietário do escritório Medeiros & Mota Advogados

Todos somos importantes!, por Wilson Aquino

Wilson Aquino (*)

Se as igrejas Cristãs, que são maioria absoluta em todo o mundo, são unânimes na afirmação de que “o fim do mundo” está mais próximo do que nunca e de que os “sinais” (terremotos, inundações, grandes catástrofes…) – profecias estabelecidas há milênios nas Escrituras Sagradas, prevendo que surgiriam nos últimos tempos – estão todas sendo cumpridos agora, implica concluir então o quanto todos nós, que nascemos e vivemos nesses últimos tempos, somos sim muito importantes e especiais aos olhos de Deus para o êxito de Seu Plano de Salvação  da humanidade.

Ele nos escolheu para essa etapa final e a simples conscientização disso deveria servir a cada um, a cada indivíduo (crianças, jovens, adultos e idosos) de consolo e estímulo a permanecer firme e forte no Caminho que Ele nos deixou e que são alicerçados em bons princípios morais e espirituais.

Por intermédio das Escrituras Sagradas o Senhor demonstra o quanto ama cada um de seus filhos. Ele nos deixou muitos ensinamentos e lições sobre isso, como a “Parábola do Filho Pródigo”, que conta a história de um jovem que quis sair de casa para conhecer o mundo e que acabou percorrendo caminhos tortos, sofreu demasiadamente as consequências de suas escolhas até que um dia, depois de relutar muito, voltou para casa, onde foi recebido pelo pai com grande festa. Deus espera que todos façamos exatamente isso, que nos voltemos a Ele com fé e alegria, conscientes de que esse sim é o melhor caminho para que sejamos merecedores de viver a eternidade ao Seu lado.

O Senhor também enviou seu filho amado, Jesus Cristo, para nos ensinar pessoalmente como é possível viver aqui uma vida reta, honrada e digna, respeitando e amando nosso próximo.

Tudo o que precisamos fazer é recorrermos a Ele para que tenhamos orientação e força para sobrepujar todos os obstáculos externos e internos que surgirem em nossas vidas. Com Ele na mente e no coração somos lapidados e vivemos muito melhor.

As grandes enchentes, deslizamentos de terra, seca, incêndio e o aumento da violência entre as pessoas, são indícios dos últimos tempos de vida na Terra, previstos por profetas antigos e modernos.

É por isso que somos, todos, mais importantes do que nunca para ajudarmos no êxito do Plano do Senhor, de salvar almas.

Quando o Senhor nos dá mandamentos de amar ao próximo como a nós mesmos e de pregarmos Seu Evangelho a todo povo, em todos os lugares, devemos obedecer. Essa divulgação foi facilitada por Ele, que nos deu capacidade para alavancar as tecnologias de uma maneira incrível.  Com um simples aparelho celular, qualquer pessoa fala com qualquer indivíduo em qualquer lugar do mundo.

E se nós e tantos outros à nossa volta somos capazes de mantermos milhares e até milhões de “seguidores” por intermédio das mídias sociais, por que não usamos ao menos parte disso para cumprir com esse mandamento? De pregarmos o Evangelho? De levarmos a boa informação às pessoas? De levarmos mensagens de esperança a famílias inteiras que estão perdidas, vivendo em aflição?

Penso nos ídolos das diversas áreas como esportiva, musical e cultural, que são “seguidos” por milhares de fãs capazes de copiar até seus estilos de vestir, falar e pensar. Penso no quanto poderiam contribuir para influenciar especialmente os jovens a seguirem o bom caminho. Em vez disso, lamentavelmente o que vemos, na maioria dos casos, é uma influência negativa, de coisas fúteis e banais, quando não nocivas à saúde física, mental e emocional de uma legião de fãs.

As pessoas têm o livre arbítrio para escolher como pensar e agir enquanto aqui estiverem. Porém, elas não se livrarão das consequências de suas escolhas, agora e/ou depois. Daí a importância de refletir e ponderar sobre o que estamos fazendo com a vida e a liberdade que Ele nos deu para que com o Seu Plano de Salvação, pudéssemos encontrar e permanecer no bom caminho, o único que leva a todos, agora, à verdadeira e duradoura felicidade e no futuro, à salvação.

(*) Jornalista e Professor

Invista em você, nos seus sonhos e em um mundo melhor!, por Lenise Nunes

Lenise Nunes (*)

Quando se observa pesquisas em torno do comportamento do investidor no Brasil, facilmente conclui-se que o Brasileiro não tem o hábito de constituir reservas. Em pesquisa divulgada pela ANBIMA (RAIO X do Investidor 2021 4ª edição), os dados mostram queda no número de investidores em 2020 em relação as pesquisas anteriores, representando atualmente 40% da amostra, ou seja, nos leva a entender que em momento de vulnerabilidade mais da metade da população estaria sem reservas. Quando olhamos para o planejamento de aposentaria o cenário também preocupa, pois 48% dos entrevistados que ainda não estavam aposentados indicaram acreditar que serão sustentados pela previdência social após a aposentadoria.

É claro que sabemos que em 2020 a pandemia impactou o bolso do Brasileiro. A pesquisa identificou que 55% da população teve perda de rendimento ao longo do ano, mas é interessante reforçar que a perda de emprego e renda foi maior entre as pessoas classificadas como não investidoras. Entre os investidores, 50% do total da amostra conseguiram manter a renda, e aí é possível concluir o papel dos investimentos em nossa vida.

Mas por que metade da população não investe?

É claro que primeiro é preciso considerar o cenário econômico, mas também podemos citar a falta de planejamento, o consumo inconsciente, ou seja, questões ligadas à educação financeira. Poupar não depende exclusivamente de salário, e sim saber que não se deve gastar tudo que se ganha. De acordo com a sua realidade, as pessoas devem buscar ter uma reserva para imprevistos.

Para quem já venceu essas etapas, outras reservas devem ser constituídas na sequência, para aproveitar oportunidades, realizar os sonhos de quem amamos e ter uma aposentadoria financeiramente tranquila. E a melhor forma de fazer essas reservas é investindo, para que o dinheiro renda e a pessoa não perca poder de compra por causa da inflação.

Especialistas costumam indicar uma regra de reserva de 20% da renda para poupança e investimentos, mas se você se sentir à vontade pode avançar para reservar até 30% ou mais para fins financeiros, pois esse é o melhor cenário para construir patrimônio. Exige uma dose de disciplina, consciência e principalmente dar o primeiro passo, mas não é impossível. Vale destacar que independente da parcela da renda que você irá guardar, é importante manter o equilíbrio entre viver o momento atual e investir para o futuro.

Vamos à prática? Veja abaixo algumas dicas para começar seu planejamento financeiro e tornar-se um investidor. E vale dizer que investidor não é só quem tem muito dinheiro investido, mas sim toda a pessoa que se preocupa com futuro e constitui reservas, ou seja, todas as pessoas podem ser investidores.

Tabule todos seus ganhos e despesas, entenda se está sobrando ou faltando mensalmente dinheiro. Primeiro passo é fazer essa conta fechar, trabalhando para que comece a sobrar. Esse exercício poderá ser mais fácil ou difícil para algumas pessoas, pois pode significar mudança de hábitos, abdicações e muita disciplina.

Agora já sobra? Ótimo, vamos começar a fazer a reserva de emergência. Pense em acumular pelo menos seis vezes o seu salário mensal para gastos imediatos ou que serão usados em até um ano. Essa será sua reserva para curto prazo.

Já tem reserva de emergência constituída? Está em um investimento seguro e disponível? É importante que essa reserva esteja em alternativas conservadoras e de fácil acesso caso você precise resgatar. Para reserva de emergência recomenda-se alternativas com baixo risco e que tenham liquidez como: Poupança, CDB, RDC e fundos de investimento de baixo risco.

Tem um objetivo de médio prazo? Exemplo: Fazer um intercâmbio daqui a três anos. Para esse investimento talvez você possa recorrer a alternativas com risco moderado, dado que você tem um horizonte de tempo maior para suprir variações que podem acontecer. Para investimentos de médio prazo, uma alternativa é a LCA que é isenta de Imposto de Renda.

Certamente você também tem objetivos de longo prazo, aqueles que são para mais de cinco anos, como por exemplo a casa da praia. Para essas metas você poderá optar pela diversificação em alternativas de investimento mais arrojadas, que busquem potencializar os ganhos, e ainda separar uma parte para a previdência privada com o objetivo de ter tranquilidade na aposentadoria.

Além disso há espaço para diversificação em, por exemplo, fundos de investimento e até renda variável. Mas para identificar quais as soluções mais adequadas para você, é primordial antes conhecer o seu perfil de investidor, que nada mais é do que identificar o seu apetite por risco.  Pois de nada adianta um investimento com alta possibilidade de retorno se ele não trouxer tranquilidade, e vale ressaltar que todo investimento tem algum nível de risco.

Por todo esse contexto, uma orientação adequada facilita muito a vida financeira de quem quer investir. As instituições financeiras cooperativas oferecem, de forma segura, alternativas variadas de investimentos que cabem em todos os bolsos. Além disso, ao associar-se à uma cooperativa de crédito, além de obter rendimentos para seus investimentos, você estará colaborando para um mundo melhor a partir de um modelo que faz o dinheiro girar nas economias locais!

(*) Analista de Investimentos do Sicredi.

Semana de Prevenção da Gravidez na Adolescência: Quem vai falar com os meninos?, por Mariana Rocha

Mariana Rocha (*)

Desde 2019,em razão da Lei nº 13.798 é promovida a Semana Nacional de Prevenção à Gravidez na Adolescência, tendo como marco inicial o dia 1 de fevereiro. A lei instituída pelo Governo Federal ainda é recente, mas o assunto é um velho conhecido da nossa sociedade, para a margem da gravidez na adolescencia, consideramos as gestações entre 10 a 20 anos.

Dados do DataSUS/Sinasc apontam que a cada dia ocorrem cerca de 1.150 nascimentos de filhos de adolescentes. O que chama atenção nesse movimento de promoção de políticas públicas é que a figura paterna é ausente e desabonada de responsabilidade. Perceba que em uma pesquisa rapida na internet, as imagens que aparecem na tela, como resultado, são em sua esmagadora maioria, meninas grávidas. A figura paterna não está la.

Imagine que, de um modo geral, uma jovem pode ter uma gestação a cada 9 meses, no entanto, um homem jovem pode fecundar inúmeras mulheres em uma mesma semana, cabe ressaltar que processo de produção de espermatozoides, chamado de espermatogênese, inicia na puberdade, por volta dos 12, 13 anos, e segue por toda a vida, diminuindo na velhice. Estudos realizados por pesquisadores dos Estados Unidos apontam que, entre os 20 e 30 anos, a produção de espermatozoide alcança seu pico.

Esse fluxo cultural que simplesmente afasta a responsabilidade de homens, inclusive adolescentes, de uma postura correta diante da paternidade sobrecarrega e distorce os niveis de responsabilidade que cada indivíduo tem sobre suas ações.

Não é difícil ver materiais de campanhas preventivas, no que tange a gravidez na adolescência, povoados com fotos de meninas, são raros os materiais que direcionam a atenção e a prevenção aos homens.

Quem vai falar com os meninos ? Quem vai desenvolver políticas focadas na responsabilidade sexual masculina? Como isso vai ser feito? Algumas perguntas como estas devem ser feitas exaustivamente em nossa sociedade e o tempo de resposta vai dizer muito sobre o quão comprometidos com uma sociedade equânime, nós estamos. A semana Nacional de Prevenção a Gravidez na adolescência chegou e é o momento correto de começarmos a discutir e aplicar estratégias de abordagem de homens jovens ao nosso redor.

(*) Gestora pública da Rede de Coordenadorias do município de Dourados, membro do IYD BRASIL ( https://www.diadajuventude.com.br/ ) e conselheira no Conselho Municipal de Juventude de Dourados – MS.

Não tenha receio de frequentar Igreja, por Wilson Aquino

Wilson Aquino (*)

Muitos reconhecem que homens, mulheres e até crianças Cristãs, que frequentam semanalmente a igreja, são dotadas de bons princípios morais e espirituais. E mais: admiram isso e até desejam o mesmo para suas vidas. Porém, sentem que teriam grande dificuldade de adaptação. Pensam que as mudanças seriam radicais e implicariam em ter que deixar certos hábitos e costumes que lhes são agradáveis, mas não aos olhos do Senhor, como vícios de beber, se drogar e manter relações sexuais antes ou fora do casamento.

Um amigo confidenciou que tem plena consciência da necessidade de filiar-se a uma igreja para se aproximar mais de Deus e, por conseguinte, poder desfrutar de Suas bênçãos e privilégios por escolher trilhar o caminho que Ele deseja para todos nós. No entanto, disse que faria isso “mais tarde”, depois que “aproveitar mais a vida”.

Ele acha que o Cristão não vive intensamente e que não desfruta dos prazeres da vida. Ledo engano. Lamentavelmente, assim como ele, muitos pensam da mesma maneira, o que não é verdade. Muito pelo contrário, pois quem decide viver dentro dos bons princípios morais e espirituais tem sim uma vida alegre, segura e feliz. Ele aprende muito bem sobre o verdadeiro sentido da vida e conhece o caminho que deve trilhar, com sabedoria e alegria, enfrentando toda e qualquer situação, sempre de cabeça erguida e consciente de que nunca está só. O Senhor está com ele.

Pode-se medir a importância da igreja na vida do indivíduo de diversas formas como por exemplo:

– O número de divórcios e separações é muito menor entre aqueles que são batizados e que frequentam a igreja regularmente;

– Pais que educam seus filhos frequentando a igreja, dificilmente irão visitá-los nas prisões quando chegarem à idade adulta;

– As amizades com membros da igreja são mais estáveis e duradouras, pois todos lutam pelos mesmos objetivos: Louvar e enaltecer o nome de Deus e Jesus Cristo e viver de acordo com Seus mandamentos, onde o segundo mais importante é o de amar ao próximo como a ti mesmo.

O fato de todos se reunirem em torno desses mesmos propósitos ajuda o individual e o coletivo a permanecerem firmes no caminho. Do contrário o indivíduo seria como carvão em chama fora do braseiro: se esfriaria rapidamente, apagando sua chama, seu calor.

Na visão de James Talmage, uma autoridade de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias, não basta o indivíduo frequentar a igreja todo domingo. Ele precisa ter primeiramente respeito consigo mesmo, amor para com o próximo e devoção a Deus. “Ser religioso sem moral, professar santidade sem caridade, ser membro de uma igreja sem ter responsabilidade no que diz respeito à conduta individual na vida diária, é ser como o metal que soa ou como o sino que tine: ruído sem música, palavras sem espírito de oração”, afirma, complementando: “A religião pura e imaculada para com Deus é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e guardar-se da corrupção do mundo”.

A sinceridade de propósito, a integridade da alma, a pureza individual, a liberdade de consciência, o desejo de fazer o bem a todos, até mesmo aos inimigos e a benevolência pura são alguns frutos que distinguem a religião de Cristo. Daí a importância de buscarem-na a todo custo, pois representam os maiores princípios que se poderia buscar e alcançar na vida. E não há outro caminho se não for pela religião, um caminho com Deus e obediência aos seus mandamentos e ensinamentos para todos nós.

O próprio Cristo nos deu exemplo de ir regularmente à igreja, como podemos ver em Lucas (4:16): “E chegando a Nazaré, onde fora criado, num dia de sábado, segundo o seu costume, entrou na sinagoga, e levantou-se para ler”.

Então, neste domingo, vá à igreja. Leve seus filhos e fortaleça sua família que finalmente conhecerá a verdadeira e plena felicidade.

(*) Jornalista e Professor

 

 

A contenção da pandemia depende de nós: vamos vacinar, minha gente!, por Valdenir Machado

Valdenir Machado (*)

 

Há um ano, o Brasil e o Mato Grosso do Sul iniciaram a vacinação contra a covid-19, depois do esforço hercúleo dos cientistas em desenvolver os imunizantes. De lá para cá, despencaram as curvas dos gráficos sobre internações e mortes provocadas por essa terrível doença.

Essa constatação – principalmente do número de mortes – contudo, parece não demover parcela significativa da sociedade sul-mato-grossense que ainda não completou o processo imunizatório, apesar dos apelos de nossas autoridades.

Mato Grosso do Sul aproxima-se das 5 milhões de doses aplicadas e hoje o percentual da população com esquema vacinal completo aproxima-se aos 74%, um dos melhores índices do País. Registre-se que por vários meses, nosso Estado liderou esse quesito na vacinação.

Registre-se também que desde o final do ano passado esse percentual vem avançando com lentidão mesmo com doses de vacinas disponíveis em todos os municípios. Com certeza, é o resultado do temor descabido de incrédulos que relutam em se vacinar e, em algumas vezes, pela inoperância de algumas prefeituras.

Entramos em 2022 com dois fatos novos em relação à pandemia: um é negativo – a confirmação do alto poder de contágio da variante Ômicron, outro é positivo – a disponibilização de vacinas às nossas crianças e adolescentes.

O aumento exponencial dos novos casos da covid-19 em todo mundo evidência, por outro lado, a eficácia das vacinas. A grande maioria dos contaminados com o processo imunizatório completo está tendo sintomas que dispensam internação hospitalar. Essa é outra constatação irrefutável.
Mesmo sobre desconfiança descabida de uma minoria, a ciência prova que os melhores remédios para conter a pandemia são os imunizantes desenvolvidos pelos principais laboratórios do mundo onde trabalham renomados cientistas.

Faço um apelo aos sul-mato-grossenses que desconfiam das vacinas: informem-se melhor, analisem o resultado da vacinação e compreendam que a humanidade controlará de vez essa doença quando todos, absolutamente todos nós, inclusive crianças e adolescentes, estivermos vacinados e, assim, impedir circulação desse maldito vírus.

Enquanto isso, com Ômicron entre nós, sigamos com as medidas protetivas: distanciamento social, limpeza e desinfeção de ambientes, uso de máscaras, higienização das mãos, isolamento de casos suspeitos e confirmados e quarentena dos infectados pela covid-19.

(*)  Presidente municipal do PSDB de Dourados 

Livre-se de carga perigosa dos ombros em 2022, por Wilson Aquino

Wilson Aquino (*)

É janeiro, início de um novo e promissor ano. Tempo de refletir e desfazer de fardos que carregamos desnecessariamente, para que possamos caminhar mais leves e seguros rumo a novos e grandiosos desafios. Fardos como mágoa, rancor, raiva e tantos outros semelhantes, guardados e nutridos contra pessoas próximas de nós e até de parentes, precisam ser descartados.

Muitos não sabem, mas esses sentimentos são nocivos para o próprio indivíduo que os retém, pois corroem o coração, a mente e a alma do indivíduo, provocando doenças, indisposição, mau humor. Impedem o indivíduo de crescer, de evoluir e ser feliz.

Não sabem também que ao contrário, quando perdoamos aqueles que nos ofenderam, somos nós mesmos os maiores beneficiados. Além do alívio do pesado fardo desprendido de nossos ombros, somos automaticamente tomados por uma incrível sensação de alegria e de bem-estar duradouros.

Conheci muitas pessoas, inclusive, para meu espanto, pais, filhos e irmãos que não se falam há anos, décadas até em alguns casos, por conta de sentimentos de mágoa, rancor… que ambos ou apenas um dos lados resolveu carregar. Muitos, no entanto, mais cedo ou mais tarde, acabaram exercendo o poderoso milagre do perdão, deixando de lado o orgulho, que vive à espreita procurando impedir as pessoas de viverem e conviverem em harmonia e passaram a experimentar sensações incríveis de alegria e felicidade plena.

Para uma mãe que se recusava a ver e receber seus 3 filhos há mais de 8 anos porque se recusaram a vingar a morte de seu quarto filho, que fora assassinado por um bandido do bairro onde moravam, não hesitei em tentar abri-lhe os olhos e o coração para quão precioso tempo perdeu de convívio com os filhos e de conhecer e amar os netos que haviam nascido há alguns anos.

No final, disse a ela: E se algum deles a tivesse ouvido e executado a vingança, provavelmente alguns deles, ou nenhum, estariam vivos hoje, porque violência sempre gera violência. Percebi então que ela mergulhou em pensamentos que fizeram desaparecer de seu rosto aquela expressão de rancor e ódio que enrijeciam seus músculos faciais e lábios. Instantes depois, calmamente ela me perguntou quem eu era. Lhe respondi que era apenas uma pessoa que compreendia quão longe ela estava das mãos de Deus, privada, por conta disso, de uma vida melhor e saudável com sua família.

O perdão é um dos mandamentos e ensinamentos do Senhor. Ele, na sua infinita bondade e sabedoria, nos ensinou desde sempre, que devemos “perdoar a quem nos tem ofendido”, para que possamos viver bem.

A ciência comprova que Ele está muito certo, pois todo indivíduo que cultiva no coração e na alma esses sentimentos de mágoa e ódio de alguém, com o tempo acaba desenvolvendo em seu corpo e mente doenças graves como o câncer e tantos outras.

O perdão é importante e podemos comprovar isso nas Escrituras Sagradas.  Quando Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou: “Senhor, quantas vezes deverei perdoar a meu irmão quando ele pecar contra mim? Até sete vezes?” Jesus então respondeu: “Eu digo a você: Não até sete, mas até setenta vezes sete” (Mt. 18:21-22).

Não tenho dúvida de que se Pedro, eu ou você perguntasse ao Senhor se setenta vezes sete, que daria 490 vezes, seria então o limite para perdoarmos alguém, certamente o Senhor responderia dizendo que deveríamos multiplicar esse valor (490) por sete e assim sucessivamente. O perdão deve ser uma ação inesgotável do homem. Um princípio moral e espiritual de vida.

Não podemos esquecer que devemos fazer essa ação para sermos abençoados pelo Senhor. É como Ele fala em Marcos (11:25-25): “E, quando estiverem orando, se tiverem alguma coisa contra alguém, perdoem-no, para que também o Pai Celestial perdoe os seus pecados. Mas, se vocês não perdoarem, também o seu Pai que está nos céus não perdoará os seus pecados”.

Então, que possamos pensar, refletir e abandonar o orgulho e perdoar aqueles que nos ofenderam para que possamos trilhar a jornada da vida com fardos mais leves e abençoados pelo Senhor em 2022.

(*) Jornalista e Professor
 

Ser ciclista é…, por Sheila Nogueira de Oliveira

Sheila Nogueira de Oliveira (*)

 

Ser ciclista é buscar liberdade e se prender a uma paixão. É sentir o sol, o luar e o vento.

É começar pedalar de roupa de ginástica e depois colecionar capacetes, bandanas, sapatilha e macaquinho. É ver a paisagem mudar de mansinho, é soja, milho, terra, frutas e passarinhos.

É cair e levantar, rir e chorar, viver momentos felizes e tensos, contar piadas debaixo da árvore, ou rezar [orar], na porta de um hospital, com fé que Deus tudo pode realizar.

É ter despedidas e encontros, é se perder e se encontrar, é acreditar que será a última subida “antes da próxima”. É pedalar quilômetros para comer aquela coxinha, pamonha ou aquele pastel tamanho família. É misturar poeira, suor e pedaços do mato daquela trilha maluca que você caiu com os troncos no meio do caminho e abraçou as árvores, mas não desistiu.

É “comprar muitos e muitos terrenos” sem ter um tostão no bolso. Há o bolso…, o bolso está muito ocupado com goiaba, limão, manga, acerola, seriguela, milho, pois “peba” que é “peba” pedala é pra ‘cumê’!

É aprender a trocar pneu, passar o óleo na corrente e não trocar a marcha na subida (a corrente caí).

É gostar de música, pedalar ouvindo Raça Negra, Nirvana,  Zé Neto e Cristiano, Roupa Nova, Katy Perry, Elis Regina, Ivete Sangalo, Aline Barros, Gaúcho da Fronteira e tantos outros ao mesmo tempo e tudo junto e misturado.

É dividir a Coca-Cola, o espetinho, combinar a próxima rota, subir o “Cachorrão” a noite, sem luz na escuridão, tomar água quente com gosto de terra (e porque não?). É compartilhar o protetor solar, rír e fotografar. Fotos?, muitas! Porque elas marcam as nossas lembranças, lambanças e trapalhadas.

É ter o privilégio de ajudar o próximo. Sopa, picolé, sorvete, pipoca, brinquedo. O olhar, o abraço, o sorriso. Compaixão.

É pedalar antes do sol nascer ou a tarde, fim de dia, regado de água de côco ou a luz da lua.

É encontrar tatu, arara, cobra e, ter medo da onça. É fazer a lista de rotas, camisetas, uniformes e viagens.

Ser ciclista é respeitar o trânsito, estar de olho lá na frente, sem deixar de olhar pra trás, para não deixar escapar o foco no destino e nem esquecer ninguém.

Pedalar é mais que passatempo, é paixão, é suor, é adrenalina e emoção. É fazer parte de uma família que escolheu estar junto apesar das diferenças e defeitos, pois é na pluralidade, na diversidade, no respeito, na inclusão, na empatia e na compaixão e amor que queremos continuar pedalando dia a dia nos superando.

Para 2022, muitos quilômetros com saúde e alegria a todos nós! Feliz 2022!

(*) É zootecnista, professora na UFGD e ciclista.

O que os famosos poderiam aprender com Marília Mendonça, por Wilson Aquino

Wilson Aquino (*) кредитная карта рассрочки без отказа

Há duas semanas o Brasil chora a perda de uma de suas mais ilustres filhas, a cantora e compositora Marília Mendonça. A dor e a tristeza do povo brasileiro revelou que as lágrimas derramadas não foram pela morte de uma simples cantora e sim por uma pessoa que compreendia muito bem os sentimentos e sofrimentos da mulher. E o mais importante: ela era sua defensora.

Marília Mendonça empunhava como ninguém a bandeira de luta em defesa da mulher, dando-lhe força e esperança de que, por mais difícil que estivesse a vida, no lar, no amor, no trabalho… Tudo pode ser revertido, mudado, para melhor, ensinava. Aconselhava sempre a se ter esperança, a lutar e a seguir em frente, mesmo as mais humildes e desassistidas mulheres brasileiras.

Tornou-se uma luz para mulheres tristes, feridas, discriminadas, desrespeitadas, humilhadas… Suas letras musicais, que ela mesmo compunha, trouxeram à tona denúncias de maus tratos recebidos e, ao mesmo tempo, apontaram o caminho, a solução para as oprimidas se livrarem das suas amarras.

Em seus shows, que lotavam grandes plateias e até estádios inteiros, com mulheres na sua maioria, não era de um público feminino ávido para ver uma simples grande cantora. Era para ver sua líder. Aquela que ousou denunciar e trazer à tona seus problemas e enchê-las de esperança de que tudo pode se resolver da melhor maneira possível, sempre.

Narrou inúmeros casos em que procurou ajudar mulheres que viviam os maiores dramas, envolvendo namorados, noivos e maridos infiéis e/ou violentos.

Para que sua voz fosse mais longe, passou a escrever esses casos e conselhos nas letras das músicas que cantava e encantava o público.

É lamentável que pouquíssimos famosos agem dessa forma, procurando realmente ajudar o próximo, usando fartas ferramentas que têm à disposição. A maioria pensa apenas e tão somente em seus próprios interesses, em seus ganhos pessoais. Não usam a fama, o sucesso e o fácil e gratuito acesso às mídias e à opinião pública, formada por gigantescas legiões de fãs, para empreender lutas em benefício do próximo. Ou pelo menos explorar melhor temas relevantes de elevado cunho moral e espiritual.

Quando muito, alguns dispensam apenas um tempinho para fazer uma ou outra obra de caridade. Poucos, bem poucos realmente, vestem a camisa por nobres causas em favor dos fracos e desprotegidos.

Preferem usar todo poder que possuem em coisas fúteis, nada edificantes. Perdem grande oportunidade de transmitir mensagens positivas, transformadoras, capazes de ajudar muitos a encontrarem o bom caminho e o trilharem com segurança e alegria.

Deus, na sua infinita bondade e sabedoria, ao criar o homem e Seu Plano de Salvação, estabeleceu como regra para o crescimento das pessoas, o amor ao próximo: “Amar o teu próximo como a ti mesmo”. Então, se preocupar e ajudar as pessoas não é uma simples orientação, mas uma obrigação de cada um.

Ele também ordenou: “Ide por todo o mundo, pregai o evangelho a toda criatura” (Mc. 16:15). O Evangelho é a Sua Palavra de amor, de esperança, de consolo e de amparo a toda criatura, para que tenham alegria e conheçam e sigam o bom caminho que as conduzirão rumo à salvação e à eternidade.

Do ponto de vista do verdadeiro sentido da vida, Marília Mendonça, durante sua curta temporada na Terra, obedeceu com sabedoria aos mandamentos de Deus de amar e ajudar o próximo. Exemplo que deveria ser seguido por tantos cantores, atores, atrizes, artistas, atletas, jogadores, políticos, empresários…

Fico pensando no quanto um ídolo no esporte, por exemplo, venerado por milhares de milhares de pessoas em todo o mundo, poderia ajudar se abrisse a boca para influenciar jovens, seus seguidores, a abandonarem os maus caminhos, o caminho das drogas, da bebida, da marginalidade, da violência e da ociosidade. Salvariam tantas almas e encheria incontáveis lares de paz e alegria.

Não tenho dúvida de que se houvesse uma legião de Marílias Mendonças, teríamos sim um sociedade muito melhor e não apenas no Brasil mas em todo o mundo.

(*) Jornalista e Professor 

Juventude: há muito para ser feito!, por Mariana Rocha

Mariana Rocha (*)

Desde o início da formação de frentes contra a atual gestão do governo Federal, para além das motivações que a cada novo trimestre foram acrescidas por problemas nas mais variadas pautas ministeriais e circunstâncias diplomáticas, o que se nota é a falta de jovens no contexto de oposição, organizados, protagonistas e replicadores de um projeto político para superar a crise onde o Brasil parece estar enterrado.

De um modo geral, as mobilizações das frentes que encenam a política,  apesar de se constituírem através do discurso da busca pela justiça social, pela luta contra fome, pela retomada do crescimento e para cessar retrocessos, uma importante pergunta ecoa: como é que as bases políticas estão cuidando das pessoas, em especial da vida dos jovens brasileiros? Afinal, acima de qualquer objetivo que busque justiça, está o amor à humanidade e ao planeta, que só se dará pelas mãos destes que hoje são jovens e estão sofrendo.

Então, de que forma os setores da política brasileira e da sociedade civil organizada estão atuando pela vida dos jovens e futuro do Planeta ? É urgente que criemos  projetos, ideias e investimentos para a juventude.  Governos estaduais, governos municipais,  partidos políticos, sociedade civil e empresariado precisam convergir pela vida das juventudes, construindo e executando iniciativas que possam dar perspectiva e acelerar ideias de negócios que a todo momento surgem desse público, mas principalmente alavancar o engajamento juvenil dentro da política e de idéias que nos ajudem a incluir “geral” no nosso futuro.

Como jovem e mulher é preciso destacar a vulnerabilidade das meninas em um futuro tão incerto, afinal, todas nós merecemos e temos direito à educação, mas, segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura, a UNESCO, a pandemia pode interromper a educação de mais de 11 milhões de meninas pelo mundo e é fato que as oportunidades, para nós mulheres, estão absolutamente associadas ao grau de instrução, mais que para os homens, na verdade, muitas vezes precisamos provar várias vezes que realizamos tarefas tão bem quanto homens ou muitas vezes, de forma ainda mais eficiente.

Os dados da UNESCO afirmam também que  meninas com mais escolaridade são mais propensas a conseguir melhores salários e trabalho decente como nós mulheres. Um ano adicional de escola pode aumentar a renda das mulheres em até 20%

Somos muitas, somos muitos, vamos juntos!

50 milhões de jovens no Brasil é o que temos hoje. A formação de base segue com dificuldades para ampliar e dinamizar a atuação nas Redes Sociais, e se conectar literalmente com a opinião e linguagem dos jovens, além disso, surgem novos fenômenos na  política no Brasil, esvaziamento de espaços tradicionais de organização e surgimento de outros, fatos indissociáveis para a realidade eleitoral de formatação da opinião e mobilização públicas até que o próximo fato venha à baila brasileira.

Classes organizadas perdem a força com modificações legais principalmente trabalhistas e a necessidade de adaptação frente uma pandemia global, me refiro respectivamente ao recuo dos sindicatos ou perda de associados de grande influência social e política  em função do fechamento de fábricas tradicionais para a base industrial brasileira e em seguida,  a aparição do ensino escolar na modalidade “online”. A pandemia já carrega dados alarmantes, imagine que mais de 90% da população estudantil global foi afetada em 200 países, 760 milhões de meninas.

A “escola em tempos de pandemia”, além da falta do convívio social a não democratização do acesso a tecnologia criou abismos ainda maiores para os mais desfavorecidos. No entanto, é preciso frisar que mesmo antes da pandemia, dados da pesquisa TIC Kids Online Brasil mostraram que 24,3 milhões de crianças e adolescentes com idade entre 9 e 17 anos eram usuários de internet no Brasil, o que corresponde a cerca de 86% do total de pessoas dessa faixa etária no país, um percentual mais alto que a média da população em geral, que está em torno de 70%.

O fato é que somos muitos jovens conectados, mas boa parte de nós não se atrai ou se preocupa o suficiente  com os rumos que nosso país e nosso planeta estão tomando.

Comece por você, seja um jovem engajado e inspire!

A começar por nosso próprio despertar de consciência, falando , conversando e participando da democracia através do voto, cientes de que uma candidata ou um candidato não possuem a verdade absoluta e que política não é sobre “verdades absolutas”, mas sobre a convergência social pelo bem viver humano na Terra, só que para isso, os jovens precisam ser protagonistas e ter a chance de ocupar “cargos de poder”, principalmente para que possamos, o quanto antes, ter novos olhares na gestão de pessoas e também da “coisa pública”.

Seja no que tange a empregabilidade ou na escola, os jovens são os mais afetados, não há dúvidas. No que diz respeito aos índices de desemprego entre jovens, o número é mais que o dobro se comparado com os trabalhadores em fase adulta. O caminho? Seria ingênuo dizer que existe “uma fórmula”, mas a compreensão sobre preocupação e mobilização organizadas ,nas novas formas de sociabilidade “em rede” e na necessidade de ouvirmos jovens, envolvermos em campanhas, garantindo-os empregos que promovam o empoderamento e as políticas públicas e até mesmo, em projetos que envolvam mandatos políticos.

O ambiente das redes, possibilitou que anônimos se tornassem também influenciadores de opinião, o que requer de nós cautela, afinal, há muitos “influenciadores” que se valem de títulos acadêmicos e até mesmo fingem tê-los para distorcer fatos científicos, ou afirmar pensamentos preconceituosos, abusivos e violentos. Então precisamos nos envolver de tal forma que façamos mais pela construção de consciência e participação juvenil, ocupando iniciativas voluntárias para chegarmos em outros jovens.

Há muito para ser feito, precisamos arrefecer os ânimos, as brigas, as divergências e criar ambientes diversos, próprios para o diálogo, sabendo que não vamos todos concordar em nossas idéias, porém que precisamos convocar mais jovens a votar, a opinar, a participar e perceber que o futuro é agora.

(*)  É jovem, gestora pública da Rede de Coordenadorias do município de Dourados, membro do IYD BRASIL ( https://www.diadajuventude.com.br/ ) e conselheira no Conselho Municipal de Juventude de Dourados – MS.

 

 

Só os fortes resistem às tempestades, por Wilson Aquino

Wilson Aquino (*)

A tempestade de terra que escureceu cidades de Mato Grosso do Sul em pleno meio de tarde na semana passada, com rajadas de vento superiores a 100 km/h, arrancando árvores, destelhando casas, derrubando grandes estruturas metálicas, provocando prejuízos econômicas e pavor em grande parte da população, obrigatoriamente nos remete a algumas reflexões importantes não apenas no lado material como também espiritual.

Do ponto de vista material, mostrou o quanto somos frágeis e despreparados para enfrentar fenômenos extremos da natureza. Em Campo Grande, por exemplo, a energia elétrica foi a primeira a cair e dias dias depois muitas regiões ainda estavam às escuras; muitos semáforos, da mesma forma, desligados ou apenas no amarelo; a internet, depois de mais de 24 horas do fenômeno, continuava com problemas, deixando milhares de pessoas e famílias simplesmente sem saber o que fazer sem as mídias sociais, filmes, jogos e programas da TV por assinatura, que fazem parte hoje da rotina da maioria das famílias.

Com o retorno da internet, muitas postagens sobre o fenômeno que encobriu a cidade. Nas gravações, viu-se também o desespero de pessoas que achavam que se tratava do fim do mundo.

Da janela de minha casa vi o desespero de pessoas nos apartamentos vizinhos. Alguns gritando de medo, outros benziam o corpo, boquiabertos e outros ajoelharam em oração.

E essa sensação que muitos sentiram, provocada pela fúria incomum da natureza, como se de fato o mundo viria desabar, creio que é o ponto de maior reflexão que todos deveríamos fazer.

Cabe então uma pergunta: E se de fato fosse mesmo o fim de tudo? Você estaria preparado? Como está sua vida espiritual? Estaria pronto para aceitar a morte com a tranquilidade de quem cumpriu bem o seu papel na vida? De a exercer de maneira digna, honrada e honesta, fazendo o melhor não apenas para si, mas para todos à sua volta?

Como você vive a vida? Ela está alicerçada nos mandamentos e ensinamentos de Deus? Amou-O acima de todas as coisas como Ele manda que façamos? Ou amou apenas o dinheiro, as coisas materiais, deixando de lado o mais importante que é o seu fortalecimento espiritual?

Nesses últimos tempos temos visto homens e mulheres se afastarem cada vez mais do Criador. A pandemia, que ceifou mais de 600 mil vidas no Brasil, e que juntou mais as famílias, por mais tempo no lar, mas não as uniu em amor e alegria, provocou um resultado altamente negativo, que pode ser constatado não apenas no elevado número de divórcios e separações, mas também no aumento da violência doméstica, especialmente contra a mulher, durante o período de pandemia. E isso certamente ocorreu devido ao afastamento do homem de Deus, pois somente Ele é capaz de promover e garantir o amor e a harmonia nos lares.

Além disso, todos aqueles que estabelecem suas vidas alicerçadas no Senhor, resistem muito mais que os outros, aos ventos e tempestades da vida. Não sucumbem às forças da natureza ou às forças espirituais. São muito mais resistentes e seguros do caminho que escolheram trilhar ao lado do Senhor.

Como vimos então, foram dois grandes momentos (pandemia e tempestade) em que o indivíduo e a família puderam sentir que o “fim do mundo” está mais próximo do que nunca. Despertou também o sentimento de que a segunda vinda de Cristo, que faz parte dessa etapa final, consequentemente também está próxima.

Que esses dois fatores sirvam para que reflitamos e mudemos de vida, deixando de contar apenas com nossas próprias forças e vontades. É tempo de buscar a Deus para uma vida com Ele, nos guiando para que possamos, ainda nesta vida, sentirmos o verdadeiro prazer e privilégio de viver em felicidade plena, além de nos tornarmos merecedores do maior presente do mundo: O direito de viver a vida eterna ao Seu lado e ao lado de nossos familiares.

(*) Jornalista e Professor

Pobreza menstrual e saúde pública, por Victoria Paschalis

 

você tem consciência do que é pobreza menstrual?

Segundo o estudo Livres Para Menstruar, do movimento Girl Up, uma em cada quatro meninas não possui absorvente durante o seu ciclo menstrual. O assunto vem tornando-se cada vez mais em alta por conta do veto do Programa de Proteção e Promoção da Saúde Menstrual (Lei 14.214), que previa a distribuição gratuita de absorventes à estudantes de baixa renda matriculadas em escolas da rede pública de ensino, mulheres em situação de rua ou vulnerabilidade social extrema, mulheres apreendidas e presidiárias, recolhidas em unidades do sistema penal e mulheres internadas em unidades para cumprimento de medida socioeducativa. (Fonte: Agência Senado)

Mas afinal, você tem consciência do que é pobreza menstrual? Desmistificando o assunto que parece complexo, o termo retrata sobre a falta de incentivo à mulher no período da menstruação, como a falta de dinheiro para comprar absorventes,falta de informação sobre o corpo e a falta de recursos aos itens de higiene básicos. Segundo a antropóloga Mirian Goldenberg para o site Politize!: “uma em cada quatro meninas no Brasil faltam à aula por não possuírem absorventes, e dessas, 50% nunca falaram sobre o assunto na escola”.

Vivemos atualmente em uma sociedade que obriga meninas a sentirem vergonha da própria menstruação, trazendo consigo algumas outras inseguranças como vergonha de comprar itens de higiene ou de porta-los, conversar sobre dores abdominais e saber a hora de procurar ajuda. Além de todo o pano de fundo atrás do tabu da primeira menstruação, que reflete também na demora dos pais e responsáveis a conversarem com a criança sobre os cuidados necessários com o próprio corpo.

A falta de absorventes na lista de itens de higiene básica além de ocasionar em impostos altíssimos ao produto (deixando-o ainda menos acessível) também acarreta diretamente no uso de objetos inapropriados para o uso. Ainda segundo Miriam, “80% das mulheres entrevistadas já utilizaram papel higiênico como item substitutivo do absorvente, enquanto 50% já utilizou roupas velhas com o mesmo objetivo”. Esses objetos, além de impróprios, podem acarretar em diversos problemas de saúde graves como infecções, inflamações e acúmulo de fungos no trato vaginal.

A carência de conhecimento e a forma como ainda tratamos o sangue menstrual está diretamente ligada a forma que o tema é tratado na sociedade. É importante que o tema continue em debate para que ainda mais pessoas tomem consciência da situação de mulheres vulneráveis.

Crédito: Victoria Paschalis/ Revista da Quebrada

Caridade, melhor para quem a pratica, por Wilson Aquino

Wilson Aquino (*)

Por maior e mais importante que seja a doação, o maior beneficiário será sempre o doador. É ele quem se sentirá mais feliz e satisfeito com a ação. Mais até do que quem a recebe, mesmo que a necessidade suprida seja de vital importância. Isto porque a caridade é o puro amor de Cristo, especialmente se ela for espontânea e despretensiosa.

Quando damos um simples “Bom dia!” a um estranho na rua, olhando-o nos olhos e realmente desejando que ele tenha, de fato, um bom dia, nos sentimos muito melhores. Da mesma forma quando somos gentis com pessoas no trânsito também somos tomados por uma gostosa sensação de alegria e bem-estar.

A ciência já comprovou que em situações assim, quando nos doamos em benefício de nosso próximo, o cérebro produz imediatamente o hormônio Ocitocina, um dos mais importantes neurotransmissores, também conhecido como “Mensageiro do amor” por provocar forte sentimento de felicidade.

Esse conhecimento científico eleva minha admiração e respeito por Deus, que com Sua infinita bondade e sabedoria sempre nos mostrou como devemos fazer para alcançarmos isso, a verdadeira e duradoura felicidade: Amando nosso próximo como a nós mesmos.

Depois de amar a Deus acima de todas as coisas, amar o próximo é o segundo grande mandamento que Ele nos deu para que tivéssemos uma vida mais segura e feliz aqui na Terra, mesmo enfrentando as maiores adversidades que a vida impõe a cada um.

Jesus Cristo ensinou-nos muitas coisas sobre a caridade por meio de histórias ou parábolas. A do “Bom Samaritano”, por exemplo, ensina-nos que devemos ajudar os necessitados, sejam eles amigos ou não.

Na parábola, o Senhor diz que um homem viajava para outra cidade e que, na estrada, foi atacado por bandidos que lhe roubaram as roupas, o dinheiro e o surraram, deixando-o quase morto. Um sacerdote passou, olhou e seguiu seu caminho. Também passou um levita, que olhou para ele e depois também seguiu em frente.

Entretanto, um samaritano, que era desprezado pelos judeus, passou pelo local e, quando viu o homem, sentiu profunda compaixão por ele. Ajoelhando-se ao seu lado, o bom samaritano cuidou de seus ferimentos e o levou num jumento para uma hospedaria. Ali, pagou o dono da hospedaria para que cuidasse dele até que se recuperasse.

Atente para quem passou pelo pobre homem machucado e o ignorou: primeiro, um sacerdote de Deus, que jamais deveria negar ajuda a quem necessitasse. O outro homem não era muito diferente, um levita era todo aquele que exercia uma atividade ligada ao culto de oração a Deus. A ajuda, no entanto, veio de um samaritano, povo mestiço formado pela mistura de israelitas com outros povos. Eram desprezados pelos judeus por conta disso.

Cristo nos ensinou que devemos alimentar os famintos, abrigar os que não têm teto e vestir os pobres. E quando visitamos os doentes e os presos, é como se estivéssemos fazendo essas coisas por Ele.

Precisamos saber que mesmo cuidando dos necessitados e feridos, se não tivermos compaixão por eles, não temos caridade. O apóstolo Paulo ensinou que quando temos caridade, nosso coração transborda de bons sentimentos por todas as pessoas. Isto porque, segundo ele, em I Coríntios (13: 4-8): “A caridade é sofredora, é benigna; a caridade não é invejosa; a caridade não trata com leviandade, não se ensoberbece, não trata com indecência, não busca os seus interesses, não se irrita, não suspeita mal; Não se alegra com a injustiça, porém se alegra com a verdade; tudo sofre, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. A caridade nunca falha”.

Então, como podemos desenvolver a virtude da caridade? Certamente o meio mais seguro é esse: conhecendo Jesus Cristo, que é O Caminho, A Verdade e A Vida!

(*) Jornalista e Professor

E-mail: wilsonaquino2012@gmail.com

Resta torcer por um 7 de Setembro pacífico, por Iran Coelho das Neves

Iran Coelho das Neves (*)

Na próxima terça-feira o Brasil celebra 199 anos de independência. Ou deveria celebrar.

Infelizmente, o clima de polarização política que toma conta do país permite supor que o melhor que podemos esperar para este 7 de Setembro é que as manifestações programadas não degenerem em hostilidades ou em confrontos.

Na medida em que se aproxima este 7 de Setembro, a exacerbação de antagonismos aparentemente inconciliáveis, ampliada à exaustão na mídia e nas redes sociais, gera profunda inquietação.

Em primeiro lugar, é importante ter claro que o direito à livre manifestação está consagrado na Constituição Federal. Não cabe, portanto, qualquer questionamento sobre legalidade dos atos programados para a próxima terça-feira. Desde que não afrontem salvaguardas e princípios insculpidos na própria Carta Magna, todos os brasileiros têm direito de ir às ruas para protestar ou para apoiar.

O que causa apreensão é o grau de tensionamento político e social que, nestes dias, parece comprometer qualquer possibilidade de diálogo capaz de arrefecer ânimos exagerados. Que bem poderiam ter sido contidos pela via da interlocução objetiva de lideranças nacionais do Legislativo, do Executivo e do Judiciário, sobre as quais recai a responsabilidade constitucional de preservar a sensatez em momentos delicados como este.

A exemplo de muitas outras vozes movidas pelo bom senso, temos alertado para a necessidade de redução do que chamamos de ‘protagonismos exacerbados’, quando a gravidade do momento cobra, há um bom tempo, o equilíbrio e a ponderação dos atores principais da cena político-institucional brasileira.

Evidentemente, sempre é tempo para que os Poderes da República restaurem pontes que assegurem a retomada do diálogo institucional, essencial para a pacificação dos espíritos e para a preservação da estabilidade democrática.

Contudo, em relação aos riscos potenciais de que as manifestações programadas para o 7 de Setembro possam, ainda que de forma pontual, desaguar em violência, infelizmente há muito pouco que as instituições possam fazer a essa altura.

A cúpula da República, ou seja, a elite político-institucional do País, perdeu tempo precioso e queimou energia vital com impasses que bem poderiam ter sido superados – ou ao menos atenuados – com a redução de um certo ímpeto personalista (o ‘protagonismo exacerbado’ de que falamos) que tem marcado o panorama político e social brasileiro nos últimos tempos.

Assim, o Brasil vê aproximar-se a data comemorativa do 199º aniversário de nossa independência com uma apreensão inaudita. E não propriamente porque temos uma “pátria cindida”, como dizem alguns. Mas porque os estamentos mais altos dos três poderes da República não foram capazes de, pelo diálogo sensato e altruísta que lhes caberia manter a todo custo, reduzir tensões e superar divergências.

Diante do que, muito embora fontes do próprio Exército ouvidas pela CNN avaliem como baixo o risco de distúrbios neste 7 de Setembro, resta à imensa maioria, que recusa qualquer forma de radicalismo, tão somente torcer para que as manifestações se deem de forma pacífica. Afinal, risco baixo não é igual a risco zero.

(*) Iran Coelho das Neves é Presidente do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul. 

 

A difícil arte da empatia!, por Wilson Aquino

Wilson Aquino (*)

Em obediência ao segundo grande mandamento de Deus, de amarmos nosso próximo como a nós mesmos, é preciso que sejamos solidários a ele. E não tem como fazermos isso se não nos colocarmos em seu lugar para podermos compreender seu sofrimento, sua limitação, seu sentimento e necessidade.

A empatia é necessária para podermos mensurar o grau de ajuda que devemos empreender para alcançarmos êxito na ajuda ao próximo. Para que ele possa ser auxiliado naquilo que realmente precisa.

Além de fortalecer nossa relação com aqueles necessitados, esse exercício proporciona também elevado grau de crescimento e desenvolvimento moral e espiritual de quem o pratica.

E foi praticando que compreendi a profunda dor de muitos parentes, amigos e desconhecidos. Muitos deles submetidos às mais diversas situações de debilidade física, mental e espiritual. O desespero de quem está inerte em uma cama hospitalar, com suas forças e resistência exauridas é comoventemente triste.

Quem já não chegou à beira de uma cama durante uma visita a um enfermo e viu nos olhos dele esse desespero? um lento e inaudível pedido de socorro para ajudá-lo a sair dali? E como o desespero é recíproco, nos disfarçamos e procuramos criar um clima de esperança, alegria e fé de que tudo, muito breve, voltará à normalidade. Isso, mesmo diante da gravidade da doença. Mas é o que fazemos e o que realmente precisamos fazer. Afinal, se exercemos a “fé” em sua plenitude, é possível sim ajudá-lo a se recuperar, se levantar e andar. Deus nos dá esse poder de fazermos milagres pelo nosso próximo. Só precisamos acreditar e fazer.

Ainda me lembro da dor, primeiro pela minha mãe e anos depois, pelo meu pai, num leito hospitalar, em seus últimos dias de vida. Quão profunda dor nos corrói por todo interior. Muito jovem, não tinha ainda a segurança e a fé necessários para, quem sabe, confortá-los. Porém, tinha a certeza apenas de que trocaria com eles de lugar. Não me importaria em assumir suas dores e debilidades, desde que voltassem a ficar bem. Morreria até por eles.

Mas hoje entendo que todos temos nossos próprios fardos que devemos carregá-los. Portanto, não haveria como tomar-lhes seus lugares. O que podemos fazer pelos que sofrem é dar-lhes esperança de que tudo pode ficar bem e que é preciso confiar em Deus o tempo todo, mesmo que nossas orações e desejos não se realizem. Jamais podemos perder a fé Nele e devemos transmitir isso aos que estão em desespero, enfrentando as piores tempestades.

Mesmo que a cura ou a melhor saída não venham, quando confiamos no Senhor, Ele nos dá a segurança necessária para tudo suportar. Entendemos também que Seu plano para cada um de nós é muito maior que absolutamente qualquer coisa material ou emocional das quais conhecemos.  Ele nos quer para a Eternidade, como Seus filhos. Daí a necessidade de todos, mesmo aqueles nos leitos hospitalares, confiarem Nele e seguirem em obediência a Seus mandamentos para que um dia todos possamos ser dignos de viver na Sua presença. No final, é apenas isso o que realmente importa na vida de absolutamente todos nós.

Jesus Cristo é nosso maior exemplo de empatia. Ele se colocou no lugar de muitos de nós que sofriam de variadas maneiras. Vivenciou indiretamente os pecados, as tristezas, os problemas e as lágrimas de toda a humanidade. Suportou todos esses fardos desde Adão e Eva até o fim do mundo.

Ele espera que cada um de nós siga Seu exemplo e também demonstre empatia, que é a capacidade de compreender os sentimentos, os pensamentos e a condição de outra pessoa sob a ótica dela e não a nossa.

Conheci a história de um membro da igreja tímido que costumava se sentar sozinho na última fileira da capela. Quando um membro do Quórum de Élderes faleceu repentinamente, o bispo deu bênçãos do Sacerdócio para consolar os familiares. As irmãs da Sociedade de Socorro foram levar comida. Ao conversarem com a família, amigos e vizinhos, bem intencionadas diziam: “Se precisarem de ajuda, é só avisar”.

Por outro lado, aquele homem tímido visitou a família no fim do mesmo dia, tocou a campainha e, quando a viúva atendeu, ele simplesmente anunciou: “vim limpar seus sapatos”. Cerca de duas horas depois, todos os calçados da família estavam limpos e engraxados, prontos para o funeral. No domingo seguinte, a família do Élder falecido se sentou ao lado do homem tímido na última fileira.

Ali estava alguém que conseguiu suprir uma necessidade não atendida. Tanto a família quanto ele foram abençoados por essa ajuda guiada pela empatia.

(*) Jornalista e Professor