sexta-feira, 3 de maio de 2024

Crianças e idosos participam de sessão grátis de cinema em Dourados

A Prefeitura de Dourados, através da Semas (Secretaria Municipal de Assistência Social), em uma parceria com o Shopping Avenida Center e a ‘Carreta do Dogão’, realizaram uma manhã especial nesta terça-feira (24) para crianças e idosos atendidos pela Assistência Social, com lanches, recreação e sessão de cinema.

Segundo a secretária da Semas, Daniela Hall, nesta manhã participaram do evento 440 pessoas, sendo 220 crianças de sete Cras (Centro de Referência de Assistência Social), Instituto Fuzi, Lar Ebenezer, Casa da Criança Feliz, Ceia e Escola Municipal Profª Clori Benedetti de Freitas e 220 idosos de dois CCIs e dos Cras.

“Eu quero agradecer ao Prefeito Alan Guedes e ao Shopping por essa parceria e a oportunidade de realizar essa manhã especial para tantas pessoas. Aqui temos muitos idosos que nunca vieram ao Shopping e só foram ao cinema na adolescência. Então poder ofertar esse tempo de descontração para eles e para nossas crianças é gratificante”, ressalta a secretária.

ganharam pipoca e água, além de um lanche servido após o filme (Foto: Assecom)

A programação começou com um divertido passeio na “Carreta do Dogão”, seguido pelas sessões de cinema, com os idosos assistindo o filme ‘O Som da Liberdade’ e as crianças, A Patrulha Canina, onde todos ganharam pipoca e água, além de um lanche que será servido após o filme.

Já na nesta quarta, quinta e sexta-feira, 300 crianças vão poder desfrutar de momentos de brincadeiras no Parks Games, sendo 100 em cada dia.

“Proporcionar uma manhã de diversão como essa para nossas crianças e idosos enche o coração de alegria e gratidão. Eu agradeço aos nossos parceiros que não mediram esforços para realizar esse dia”, disse o Prefeito Alan Guedes.

A dona Maria Cícera, moradora da Vila São Braz, é uma das participantes que foi pela primeira vez ao shopping e falou sobre a alegria de participar.

“É a primeira vez que venho aqui e a segunda vez na minha vida que vou ao cinema, a primeira eu ainda era criança. Eu estou muito feliz, poder distrair, sair da rotina é muito legal, estou animada para ver o filme. Muito boa essa iniciativa da Prefeitura”, finaliza.

Fonte: Assecom

Mauricio pede placas indicativas para proteger cidadãos e animais silvestres

O vereador Mauricio Lemes (PSB) levantou esta semana, durante a 36ª sessão ordinária da Câmara de Dourados, uma questão preocupante, que diz respeito aos riscos que o trânsito intenso na Rua Joaquim Teixeira Alves, na região do shopping e do terminal rodoviário oferece às pessoas e também aos animais.

Neste sentido, fez indicação ao prefeito Alan Guedes (PP), com cópia à diretora-presidente da Agetran (Agência Municipal de Transportes e Trânsito), Mariana de Souza Neto, solicitando a implantação de placas indicativas alertando para a presença de animais silvestres, principalmente capivaras, transitando pela Avenida Joaquim Teixeira Alves, no trecho entre as ruas Santos Dumont e Sillas Soares Leite, no período noturno.

“É necessária e urgente a instalação das placas indicativas para informar os motoristas a respeito da presença das capivaras e da necessidade de atenção e redução da velocidade. Com isso, podemos evitar atropelamentos como o que aconteceu recentemente no período da madrugada, onde o motorista teve danos materiais e morte de quatro capivaras”, justifica o vereador.

Mauricio explica ainda que a solicitação visa aumentar a segurança no trânsito, proteger a vida selvagem e conscientizar a população da existência de animais. “As placas alertam os motoristas sobre a presença de animais na via durante o período noturno, reduzindo risco de acidentes, com trânsito mais seguro aos munícipes”, pontua.

OUTRAS

Mauricio também indicou à prefeitura que, por meio da Semsur (Secretaria Municipal de Serviços Urbanos) proceda com operação tapa-buracos na Rua Olga de Lima Melgarejo, entre a Rua Takao Massago e a Rua Vitório Fedrizzi, no bairro Vila Toscana. Também pede tapa-buracos na Via Parque, entre as ruas Raul Gnutzmann e Walmir de Souza Silveira, no Residencial Honório Almirão (Guaçu).

Em ambos os casos, justifica que as vias têm vários buracos e a situação tem causado transtorno e insegurança aos motoristas e pedestres.

Em outra indicação, Mauricio solicita da prefeitura que sejam executados serviços de limpeza em todos os bueiros no Residencial Honório Almirão (Guaçu). “Os bueiros precisam de limpeza e manutenção regular, visando prevenir o acúmulo de resíduos e possíveis obstruções. Isso é essencial para garantir a eficaz drenagem de águas pluviais, prevenindo inundações, odores desagradáveis, a proliferação de insetos e animais que representam riscos à saúde pública”, explica.

Por fim, o vereador do PSB solicita do chefe do executivo municipal, informações sobre o andamento do projeto e o recurso para reforma do CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) de Dourados. Mauricio pondera que é uma informação de grande importância para o mandato parlamentar, pois “trata-se de saúde pública e as instituições protetoras acionaram este vereador referente a essa demanda”.

Ele também lembra que, conforme anunciado na imprensa, no ano passado, a senadora Soraya Tronicke destinou emenda para reforma do CCZ de Dourados”.

Fonte: Assessoria 

 

OAB Dourados e Itaporã sedia ação da Campanha Outubro Rosa

A Caixa de Assistência aos Advogados de Mato Grosso do Sul (CAAMS) e a Comissão da Mulher Advogada da 4ª Subseção da OAB Dourados e Itaporã, realizam neste dia 25 de outubro, quarta-feira, a partir das 19h, na sede da CAAMS, anexo ao prédio da Subseção, uma importante ação da campanha Outubro Rosa.

A iniciativa de conscientização sobre a prevenção e o diagnóstico precoce da doença terá como tema “Câncer de Mama: mitos, verdades e cura”. Será promovida uma roda de conversa com a médica patologista Gisele Iguma e a pesquisadora Daísa Bigaton, tendo como palestrante a médica ginecologista e mastologista Ana Teresa de Lúcia

A conselheira estadual da OAB em Mato Grosso do Sul, advogada Edna Bonelli, que também é presidente do Instituto Mulher de Dourados, convida as advogadas a participarem dessa importante iniciativa de prevenção ao câncer de mama.

“Estamos falando de uma das doenças que mais crescem em todo o mundo, mas que tem elevada possibilidade de cura quando é diagnosticada ainda na fase inicial”, destaca Edna Bonelli. Ela também ressalta o trabalho que a Comissão da Mulher Advogada da 4ª Subseção de Dourados e Itaporã vem realizando na prevenção de doenças que afetam o público feminino e na promoção da advocacia de uma maneira geral.

Edna Bonelli, que também é coordenadora da Comissões da 4ª Subseção, chama a atenção para o trabalho realizado pela Caixa de Assistência aos Advogados e Advogadas em Dourados. “Nesta quarta-feira, a CAAMS terá a honra de receber mulheres com ampla experiência para falar às advogadas sobre a importância não apenas do autoexame diário, mas da prevenção de uma maneira geral e esperamos que grande parte das mulheres advogadas de Dourados e Itaporã estejam presentes”, completa Edna Bonelli.

CÂNCER DE MAMA

Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) apontam que o câncer de mama é o tipo que mais acomete mulheres em todo o mundo, tanto em países em desenvolvimento quanto em países desenvolvidos. Cerca de 2,3 milhões de casos novos foram estimados para o ano de 2020 em todo o mundo, o que representa cerca de 24,5% de todos os tipos de neoplasias diagnosticadas nas mulheres. As taxas de incidência variam entre as diferentes regiões do planeta, com as maiores taxas nos países desenvolvidos.

Para o Brasil, a estimativa foi de 66.280 casos novos de câncer de mama em 2021, com um risco estimado de 61,61 casos a cada 100 mil mulheres. Esse tipo de câncer também ocupa a primeira posição em mortalidade por câncer entre as mulheres no Brasil, com taxa de mortalidade ajustada por idade, pela população mundial, para 2019, de 14,23/100 mil. As maiores taxas de incidência e de mortalidade estão nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.

Os principais sinais e sintomas suspeitos de câncer de mama são: caroço (nódulo), geralmente endurecido, fixo e indolor; pele da mama avermelhada ou parecida com casca de laranja; alterações no bico do peito (mamilo) e saída espontânea de líquido de um dos mamilos. Também podem aparecer pequenos nódulos no pescoço ou na região das axilas.

Outubro já é conhecido mundialmente como um mês marcado por ações afirmativas relacionadas à prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. O movimento conhecido como “Outubro Rosa” é celebrado anualmente desde os anos 90. O objetivo da campanha é compartilhar informações sobre o câncer de mama e, mais recentemente, câncer do colo do útero, promovendo a conscientização sobre as doenças, proporcionando maior acesso aos serviços de diagnóstico e contribuindo para a redução da mortalidade.

SAIBA MAIS

O que é o câncer de mama? – É o tipo de câncer mais frequente na mulher brasileira. Nesta doença, ocorre um desenvolvimento anormal das células da mama, que multiplicam-se repetidamente até formarem um tumor maligno.

Como a mulher pode perceber a doença? – O sintoma do câncer de mama mais fácil de ser percebido pela mulher é um caroço no seio, acompanhado ou não de dor. A pele da mama pode ficar parecida com uma casca de laranja; também podem aparecer pequenos caroços embaixo do braço. Deve-se lembrar que nem todo caroço é um câncer de mama, por isso é importante consultar um profissional de saúde.

Como descobrir a doença mais cedo? –  Toda mulher com 40 anos ou mais de idade deve procurar um ambulatório, centro ou posto de saúde para realizar o exame clínico das mamas anualmente, além disso, toda mulher, entre 50 e 69 anos deve fazer pelo menos uma mamografia a cada dois anos. O serviço de saúde deve ser procurado mesmo que não tenha sintomas!

O que é o exame clínico das mamas? –  É o exame das mamas realizado por médico ou enfermeiro treinado para essa atividade. Neste exame poderão ser identificadas alterações nas mesmas. Se for necessário, será indicado um exame mais específico, como a mamografia. É um exame muito simples que consiste em um raio-X da mama e permite descobrir o câncer quando o tumor ainda é bem pequeno.

O que pode aumentar o risco de ter câncer de mama? – Se uma pessoa da família – principalmente a mãe, irmã ou filha – teve essa doença antes dos 50 anos de idade, a mulher tem mais chances de ter um câncer de mama. Quem já teve câncer em uma das mamas ou câncer de ovário, em qualquer idade, também deve ficar atenta. As mulheres com maior risco de ter o câncer de mama devem tomar cuidados especiais, fazendo, a partir dos 35 anos de idade, o exame clínico das mamas e a mamografia, uma vez por ano.

O autoexame previne a doença? – O exame das mamas realizado pela própria mulher, apalpando os seios, ajuda no conhecimento do próprio corpo, entretanto, esse exame não substitui o exame clínico das mamas realizado por um profissional de saúde treinado. Caso a mulher observe alguma alteração deve procurar imediatamente o serviço de saúde mais próximo de sua residência. Mesmo que não encontre nenhuma alteração no autoexame, as mamas devem ser examinadas uma vez por ano por um profissional de saúde!

O que mais a mulher pode fazer para se cuidar? –  Ter uma alimentação saudável e equilibrada (com frutas, legumes e verduras), praticar atividades físicas (qualquer atividade que movimente seu corpo) e não fumar. Essas são algumas dicas que podem ajudar na prevenção de várias doenças, inclusive do câncer.

Fonte: assessoria

Esportes de luta se sobressaem e MS alcança 13 pódios nos Jogos Universitários Brasileiros

Mato Grosso do Sul fechou sua participação nos JUBs (Jogos Universitários Brasileiros) 2023 com 11 medalhas (cinco ouros, três pratas e três bronzes) e dois troféus (um de ouro e outro de bronze). A 71ª edição da maior competição universitária da América Latina teve Joinville (SC) como casa, com início em 8 de outubro e término no último fim de semana.

Coordenada pela FUEMS (Federação Universitária de Esportes de Mato Grosso do Sul), a delegação teve apoio do Governo do Estado, por intermédio da Fundesporte (Fundação de Desporto e Lazer de Mato Grosso do Sul) e Setescc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania).

Os esportes de luta foram os principais responsáveis por colocar Mato Grosso do Sul no pódio. Pelo terceiro ano consecutivo, o wrestling (luta olímpica) sul-mato-grossense foi a principal sensação. Os quatro atletas que representaram o estado alcançaram o lugar mais alto do pódio. Desde que a modalidade foi adicionada aos JUBs, em 2021, Mato Grosso do Sul não sabe o que é perder uma luta sequer. De lá para cá, foram 10 medalhas de ouro.

Neste ano, Amanda Lima Leal (-62 kg), Assíria Daniela Maurício da Silva (-53 kg), Paulo André Gonçalves da Silva (-74 kg) e Pedro Samuel Gonçalves da Silva (-86 kg) brilharam pelo estilo livre. Levando o nome da Faculdade Estácio de Sá, de Campo Grande, os atletas foram orientados pelo técnico Agnaldo Pereira dos Santos. A atuação das atletas rendeu o título geral feminino da modalidade.

No karatê foram três medalhas e o troféu de terceiro lugar na classificação geral masculina. Com as cores da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Rodrigo Nonato foi ouro no estilo kata e Erick Taira repetiu a medalha de prata da última edição, pela categoria +84 kg no estilo kumitê. Letícia Mendez, da Unigran Capital, assegurou a medalha de bronze na categoria -55 kg, também no kumitê.

Já o judô teve acadêmicos da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco) como medalhistas nos JUBs Joinville. Vitória Siqueira Andrade garantiu a prata na categoria meio-médio (-63 kg) e José Marco Demarco foi o terceiro melhor na categoria meio-médio (-81 kg).

“São conquistas que dão orgulho e não são apenas reflexo do talento e dedicação de nossos jovens esportistas, mas também de um comprometimento contínuo com o desenvolvimento do esporte universitário em nosso estado. Estes resultados demonstram que estamos no caminho certo e que o investimento em infraestrutura esportiva, treinamento de atletas e programas de incentivo tem gerado frutos”, enfatiza o diretor-presidente da Fundesporte, Herculano Borges.

No total, foram 16 modalidades disputadas nos JUBs Joinville 2023: acadêmico (apresentação de artigos científicos no segmento esportivo), basquetebol, breaking, cheerleading, e-sports (Clash Royale, Counter-Strike: Global Offensive, Free Fire, futebol eletrônico, League of Legends e Valorant), futsal, handebol, jiu-jitsu, judô, karatê, tênis, tênis de mesa, tênis de mesa paradesportivo, voleibol, wrestling (luta olímpica) e xadrez.

Ao longo de 14 dias, a competição organizada pela CBDU (Confederação Brasileira do Desporto Universitário) recebeu aproximadamente cinco mil estudantes-atletas das 27 unidades federativas.

Fonte: Portal do MS

Convidado de honra em reunião do PSDB, Marçal pode ser “o ungido” nas eleições 2024

 

Ex-deputado Marçal Filho foi o convidado de honra em reunião do PSDB, em Dourados (Foto: Reprodução/Instagram)

Ninho orquestrado

Caciques da capital se articulam para as eleições 2024 em Dourados. Tucanos liderados pelo deputado estadual Zé Teixeira, orquestrado por Sérgio de Paula, se reuniram ontem (23), num conhecido hotel da cidade, com o propósito de definir o nome do PSDB para encarar o prefeito Alan Guedes (PP), nas urnas no próximo ano.

Marçal no ninho

Passarinho que sobrevoa os corredores do poder, contou que Marçal Filho (ainda no PP) foi o convidado de honra do seu Zé para participar do encontro, e, deve ser o “ungido” para encabeçar a chapa do PSDB à prefeitura. Resta saber se o carismático radialista irá aceitar o convite e ingressar no partido.

Canto da Sereia

Só esqueceram de lembrar Marçal, sobre o evento que aconteceu no final de semana passado, em Campo Grande, onde o presidente da legenda, o ex-governador Reinaldo Azambuja, citou os nomes dos deputados, Geraldo Resende, Lia Nogueira e o próprio Zé Teixeira, como possíveis nomes do PSDB para disputar as eleições na terrinha do seu Marcelino.

Barbosinha voltou

Após uma semana nos Emirados Árabes, o vice-governador Barbosinha (PP), deu o ar da graça em entrevista coletiva à imprensa, na tarde desta segunda-feira, no escritório de Governo do Estado, em Dourados. A coletiva foi uma espécie de prestação de contas da viagem à Dubai, onde esteve a convite do Sebrae, com o propósito de apresentar as potencialidades do MS em solo árabe.

Mohamed apareceu

Amigo de longa data do vice-governador, o comediante Mohamed, que estava sumido das redes sociais há mais de um ano, apareceu após notinhas da Rapidinhas!, para justificar a viagem do amigo. Em sua aparição, considera que a ida de Barbosinha à Dubai se deu num momento em que o estado do MS está “voando” e que “todo mundo lá em Dubai gostou dele”. Então tá….

LEIA TAMBÉM: Barbosinha em Dubai e o sumiço do comediante “Mohamed”

Audiência pública proposta por Neno Razuk lota ALEMS

Com direito a palestras que trouxeram tanto emoção quanto esclarecimentos necessários sobre o TEA (Transtorno do Espectro Autista) a audiência pública “Autismo, Inclusão e Direitos: um diálogo à compreensão para proteção” lotou o plenário da Assembleia Legislativa na manhã desta segunda-feira (23) em Campo Grande.

O evento, proposto pelo deputado Neno Razuk (PL) reuniu especialistas de Mato Grosso do Sul, São Paulo e Goiânia, além de entidades representativas e autoridades do Tribunal de Contas do Estado, da Defensoria Pública, do Ministério Público Estadual, vereadores e vereadoras do interior do Estado.

A abertura foi feita pela Banda Down Rítmica do Brasil, que abrilhantou o evento tocando Superfantástico e encantando a todos. O fechamento ficou por conta do depoimento emocionante do administrador Emerson Farias, que é autista e hoje além da formação e especialização nos Estados Unidos, hoje palestra sobre o tema inclusão e atua na formação de pessoas.

Também foi lançada uma cartilha sobre o tema: “Autismo: conhecer para proteger”. “Hoje tivemos aqui um importante passo para Mato Grosso do Sul na questão TEA. Lançamos essa cartilha que foi escrita por especialistas num trabalho conjunto para levar esclarecimentos e informações para as pessoas.

É um dia histórico, onde todas essas pessoas que estão aqui neste plenário estão discutindo um tema que faz parte do dia a dia de todas as famílias. O resultado é bastante positivo e me sinto grato por todos que estiveram aqui,

alguns inclusive enfrentaram o bloqueio em estrada, mas conseguira, chegar e participar da nossa audiência”, agradeceu Neno Razuk sobre o sucesso do evento.

Entre as resoluções finais estão a solicitação de mudança da legislação para que os professores da Educação Especial sejam contratados em concurso público da chamada “vaga pura”, além da união de esforços para a implantação de um “Centro de Referência TEA” para atendimento nas macrorregiões do Estado. Outro ponto foi também ampliação do atendimento para diagnóstico, acompanhamento e tratamento no interior.

AVANÇOS E HUMANIZAÇÃO

De Goiânia, o psicólogo Marcus Fleury, especialista em TEA, abordou a necessidade de rever a nossa própria existência e crenças pessoais sobre o que é “normal”, sempre com um olhar humanizado. “Precisamos muitas vezes rever os conceitos da nossa existência para que possamos ter um olhar do amor e do acolhimento, para não exercer o papel do desfavorecimento científico. A ciência está mudando, é preciso um olhar mais humanizado, com uma revisão de conceitos e valores”, destacou ele.

Durante sua fala ele ainda destacou o papel dos estímulos para as crianças. “Não adianta só olhar a criança por fora se não trabalhar a neurociência, a neurociência tem que fazer parte para conhecer o cérebro tão grandioso que é o da criança com TEA. O cérebro é plástico e com o estímulo, isso muda. Que estímulo temos dado para essas crianças? E um evento assim é um caminho. Com uma cartilha, gerando possibilidade da sociedade conhecer mais e acolher. Uma sociedade que acolhe e não se afasta. E quando a criança entra em crise? Abrace. Não gosta de abraço? Entenda. E não importa se a sociedade tem que entender seu filho. Mas você tem que proteger seu filho. Construir pontes com ele, proporcionando condições de desenvolvimento saudável, ele vai se sentir seguro. E os pais também precisam do suporte terapêutico, para compreender a finalidade tanto da maternidade quanto na paternidade”, destacou.

“Criança é criança. Temos que destruir qualquer possibilidade de preconceito. Se há diferença entre elas de comportamento ou não, é preciso entender.”, frisou ao finalizar a palestra.

Também de Goiás, Ludmylla Pereira Carvalho Ribeiro, fonoaudiólogo, psicopedagoga, pós graduada em inclusão lembrou que a fonoaudiologia tem um papel de suma importância, não só na comunicação, fala ou voz.

“Também trabalhamos pela reabilitação relacionas as funções de deglutição, expressão da face, habilitações de fala e promoção da saúde num geral. E as pessoas com TEA tem a necessidade dessa comunicação e da inclusão. O sucesso na evolução está muito na inclusão do aluno com TEA e a escola. A escola faz um papel diferencial. Mato Grosso do Sul está a frente de muitos estados no trabalho TEA”, elogiou. Sobre os autistas terem acesso ao ambiente escolar inclusivo, Ludmylla vai além. “Não é só levar para a escola, é preciso incluir nas atividades, focar nas habilidades e trazer o aluno para junto de todos. Receber uma criança atípica pode ser um desafio para a coordenação pedagógica, mas não é só receber é promover a inclusão. E é um dever legal de qualquer escola”.

CAPACITISMO E JUSTIÇA OCUPACIONAL

O médico Psiquiatra Wendell Dalprá pontuou sobre o quanto o diagnóstico acaba englobando toda a família. “Quando uma criança recebe o diagnóstico de atipicidade os pais também recebem o diagnóstico. Temos hoje um aumento no número de diagnóstico porque os métodos evoluíram e há mais acesso ao diagnóstico. Muitas vezes é estigmatizante, é difícil ainda colocar que padece de um adoecimento psíquico, porque a maneira que olham não é a mesma. Ainda temos muito a evoluir nesse quesito. Mas isso não é para o paciente. Temos que encarar o diagnóstico como fortalecedor, como uma bússola”, apontou, reafirmando que n]ao é uma sentença.

O especialista ainda pontuou a empatia e o papel do adulto na vida das crianças. “A ideia é tentar como essas crianças se sentem, sei que é difícil. Criança precisa de limite? Não, ela não precisa de limite, ela precisa de adulto. E o adulto tem que ser o responsável. Um dos maiores erros que cometemos é achar que a criança sabe o que fez de “errado”, seja a ‘birra’, a autoagressão. Os filtros sociais do atípico não são pré-instalados. A injustiça ocupacional foi o tema proposto por Joyce dos Santos Marques, terapeuta ocupacional que apontou que que muitas pessoas com autismo sofrem com a injustiça ocupacional pela falta de oportunidade.

“Porque todas as pessoas com deficiência podem exercer funções que sejam adequadas para elas. É muito importante essa discussão para que as crianças tenham acesso a tratamento, não só do TEA, sim da pessoa, porque cada pessoa é única e precisa ser respeitada. E sem bons profissionais não teremos acesso à justiça ocupacional. Mas isso começa também com o acesso ao tratamento, as terapias, porque as pessoas com vulnerabilidade social sofrem mais para ter esse acesso. Muitas vezes uma mãe precisa escolher entre trabalhar e levar o filho nas terapias”; disse ela citando Manoel de Barros para falar sobre as diferenças e necessidades das crianças atípicas.

Com o olhar de quem está na sala de aula o professor Diogo Freitas Marques, também deu um depoimento importante sobre sua experiência e orientações. “Precisamos mostrar que cada um tem o seu tempo, os autistas podem ter o tempo diferente dele e dentro da sala de aula essas diferenças se sobressaem. Sou professor de apoio na rede estadual e temos um projeto para levar informação e conhecimento para que as pessoas sejam informadas sobre acessibilidade, empatia e sobre as diferenças. Podemos incluir com atividades diferentes, jogos, ludicidade e fazer a mediação do conteúdo para o estudante para que ele consiga aprender. Ressaltar também a parceria entre a escola e a família para entender a história de cada estudante, como auxiliar e como contribuir e pensar no estudante para o futuro, com autonomia e inclusão”, sugeriu.

Ana Luiza Razuk, acadêmica de medicina em São Paulo afirmou que há a necessidade de ampliação de vagas em residência médica nas especialidades para atendimento de pessoas com TEA. “O sistema de saúde não acompanhou o aumento da demanda das necessidades médicas das pessoas com autismo. No Brasil temos poucos profissionais de saúde com formação para pessoas com autismo, e isso gera longas filas de espera, demora no diagnóstico e atraso no tratamento adequado. É uma luta para que as famílias consigam encontrar profissionais especializados para atender as necessidades. Precisamos de soluções para esses desafios, tais como ampliar o número de vagas para residência médica especializada para autistas como por exemplo psiquiatria”.

JUSTIÇA E CAPACITISMO

Eduardo Floriano de Almeida, Juiz da Vara de Sucessões em Dourados trouxe o assunto não só de forma jurídica mas no olhar de quem tem pessoa com autismo na família.

“O capacitismo não tem uma definição legal, mas nós temos no estatuto da pessoa com deficiência. É importante a gente tratar do assunto, tratar a ideia que temos com relação a pessoa com deficiência. Esse olhar enviesado que a pessoa com deficiência não vai conseguir realizar atividades que qualquer pessoa possa realizar. Com 4 milhões de pessoas com autismo no Brasil, que são números não oficiais, nós temos que falar no capacitismo para que não seja criado o preconceito que eles não são capazes. O preconceito as vezes chega a ser inconsciente, e a ideia é justamente combater esse capacitismo. Nós vivemos numa sociedade em que somos criados com a ideia de que nós todos somos iguais e tudo aquilo que é diferente nos incomoda, e todos nós temos atitudes capacitistas durante todo nosso transcorrer e precisamos estudar isso para tentar combater os seus efeitos”, apontou em sua fala.

Para ele é preciso também punir juridicamente. “Centrar nas ideias de como combater na série de condutas que podem ser punidas juridicamente quando se trata de discriminação. Também centrar na inclusão. O grande desafio é enxergar a pessoa com deficiência com valores humanos, sem olhares de pena, caridade, compaixão. Que simplesmente seja permitido viver como qualquer um dentro da sociedade”. Uma das autoras da cartilha lançada durante o evento, advogada Jovenilda Bezerra Felix, especialista em saúde e em Direito das Pessoas com Deficiência, trouxe além de seu conhecimento sua história de vida, abordando ainda o diagnóstico tardio e necessidade de ampliar o acesso aos direitos que autistas e familiares tem.

“Nós precisamos falar não só sobre as crianças autistas, mas também dos adolescentes e dos adultos autistas, já que o diagnóstico tardio está cada vez mais frequente e ações como essa audiência pública são importantes para que as pessoas tenham acesso aos seus direitos. E nós precisamos falar sobre esses direitos, para que as pessoas que sofrerem violações possam buscar seja no MPE (Ministério Público Estadual), seja na Defensoria Pública ou com um advogado, o atendimento aos direitos”.

EMOÇÃO E APLAUSOS

Autista Emerson Farias, deu um depoimento importante sobre sua trajetória e sobre as necessidades de entender e se “encaixar” nas formalidades e seu desenvolvimento ao longo dos anos.

“Hoje eu sou instrutor de uma empresa norteamericana para desenvolvimento de outras pessoas. Sempre busquei fazer coisas difíceis, a comunicação por exemplo. Mesmo quando queria ficar quietinho num seminário eu me desafiava. Mas isso aconteceu porque tive professores muito positivos”, relembrou. Emerson ainda pontuou que o grande desafio é demonstrar a emoção.

“Outro dia eu falei para a minha mãe que eu a amava e ela chorou. Porque é muito difícil eu demonstrar. E eu aprendi que é preciso fazer isso, demonstrar afeto, que as pessoas precisam de carinho. É preciso tratar com amor e om respeito, porque aí o autista consegue tratar com esse amor e mais respeito. E eventos como esse ele traz enteidmento sobre tratar com amor e com respeito, sobre como acolher e não só separar”, contou ele que ainda afirmou que depois de palestras na audiência pública, terá uma “ressaca social”, mas que vai valer a pena. “Talvez se ninguém, tivesse me ouvido, eu não teria hoje uma formação em uma universidade americana e não estaria tendo a oportunidade de formar pessoas. Eu fui tratado com amor e com inclusão. Está tudo bem, com os desafios e entendendo fica tudo mais fácil”, finalizou emocionando a todos e sendo aplaudido em pé.

Fonte: Assessoria