quarta-feira, 8 de maio de 2024

Guarda Municipal de Dourados prende usuário de drogas no Parque dos Ipês

A Guarda Municipal de Dourados (GMD) tem intensificado as ações de presença e prevenção nas praças, parques da cidade.

Diuturnamente as equipes percorrem os locais com ações preventivas para garantir a segurança da população.

Na noite de ontem (20) por volta das 22h a equipe realizava patrulhamento preventivo no Parque dos Ipês quando abordou dois jovens em atitudes suspeita.

Com o rapaz de 18 anos foi encontrada uma trouxinha de maconha. O jovem disse que era usuário de drogas e que havia comprado o entorpecente de um desconhecido.

Diante da situação foi preso e encaminhado à Delegacia de Polícia Civil para os procedimentos legais.

Fonte: GMD

Mercado de trabalho reproduz desigualdade racial, aponta Dieese

O mercado de trabalho ainda é espaço de reprodução da desigualdade racial, não apenas a inserção, mas as possibilidades de ascensão são desiguais para a população negra. A análise é do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), entidade criada e mantida pelo movimento sindical brasileiro.

Dados compilados pela entidade revelam que a taxa de desocupação dos negros é sistematicamente maior do que dos demais trabalhadores. Apesar de representar 56,1% da população em idade de trabalhar, os negros correspondem a mais da metade dos desocupados (65,1%).

A análise foi feita com base nos dados do 2º trimestre de 2023, da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A taxa de desocupação dos negros é de 9,5%, sendo 3,2 pontos percentuais acima da taxa dos não negros. No caso das mulheres negras, que acumulam as desigualdades de raça e de gênero, a taxa estava em 11,7%. O Dieese apontou que a inserção das mulheres negras no mercado de trabalho é mais difícil, mesmo no contexto atual de melhora da atividade econômica.

Para uma melhor base de comparação, a entidade lembrou que, no segundo trimestre de 2021, durante a crise econômica da pandemia de covid-19, a taxa de desocupação dos trabalhadores não negros atingiu este mesmo percentual (11,7%).

“Mesmo com a indicação do crescimento da atividade econômica, o mercado de trabalho continua reproduzindo as desigualdades sociais. Os trabalhadores negros enfrentaram mais dificuldades para conseguir trabalho, para progredir na carreira e entrar nos postos de trabalho formais com melhores salários. E as mulheres negras encaram adversidades ainda maiores do que os homens, por vivenciarem a discriminação por raça e gênero”, concluiu o relatório do Dieese.

Quando conseguem ocupação, as condições impostas aos negros são piores. Segundo avaliação do Dieese, em geral, essa parcela da população consegue se colocar em postos mais precários e têm maiores dificuldades de ascensão profissional. Apenas 2,1% dos trabalhadores negros – homens ou mulheres – estavam em cargos de direção ou gerência. Entre os homens não negros, essa proporção é de 5,5%.

Isso significa que apenas um em cada 48 trabalhadoras/es negros está em cargo de direção ou gerência, enquanto entre os homens não negros, a proporção é de um para cada 18 trabalhadores.

A proporção de negros empregadores também é menor: 1,8% das mulheres negras eram donas de negócios que empregavam funcionários, enquanto entre as não negras, o percentual foi de 4,3%. Entre os homens negros, o percentual ficava em 3,6%; entre os não negros, a proporção foi de 7%.

A informalidade é maior entre os negros. Quase metade (46%) dos negros ocupados estava em trabalhos desprotegidos, ou seja, empregados sem carteira, trabalho por conta própria, com empregadores que não contribuem para a Previdência ou trabalhadores familiares auxiliares. Entre os não negros, essa proporção foi de 34%.

Uma em cada seis (15,8%) mulheres negras ocupadas trabalha como empregada doméstica, uma das ocupações mais precarizadas em termos de direitos trabalhistas e reconhecimento. As trabalhadoras domésticas negras sem carteira recebiam, em média, R$ 904 por mês, ou seja, valor R$ 416 abaixo do salário mínimo em vigência.

“Na construção de uma sociedade mais justa e desenvolvida, não se pode deixar que mais da metade dos brasileiros seja sempre relegada aos menores salários e a condições de trabalho mais precárias apenas pela cor/raça ou pelo gênero”, apontou a entidade.

O levantamento revelou ainda que o fato de os negros estarem em maior proporção em postos de trabalho informais e com menor remuneração explica apenas parte da diferença de remuneração entre negros e não negros. No segundo trimestre de 2023, os negros ganhavam, em média, 39,2% a menos que os não negros.

Mesmo quando comparados os rendimentos médios de negros e não negros na mesma posição na ocupação, os negros estão em desvantagem. Em todas as posições analisadas, o rendimento dos negros é menor. Segundo o Dieese, isso é uma evidência de que, além das desigualdades de oportunidade, os negros enfrentam tratamento diferenciado no mercado de trabalho.

De acordo com o Dieese, é necessário amplo trabalho de sensibilização para que todas as políticas públicas sejam desenhadas e implementadas com o objetivo de atacar o problema das desigualdades, especialmente no mercado de trabalho. “O caminho a ser percorrido é longo, mas o trajeto precisa ser feito com determinação e agilidade”, finalizou.

Fonte: Agencia Brasil

1ª Feira Geek Mais acontece neste domingo no Centro de Convenções

Com apoio da Prefeitura de Dourados, acontece no próximo domingo, 26 de novembro, no Centro de Convenções, a primeira edição da Feira Geek Mais, um evento voltado para o público que curte tecnologia, cultura pop, cultura asiática e muito mais.

Idealizado pela jovem Julia R. Lara Bueno juntamente com sua Mãe Nislley Lara, o evento acontece das 9h às 22h com entrada gratuita, entretanto, a organização pede a doação voluntária de 1 kg de alimento não perecível. As arrecadações serão destinadas para o CEIA – Dom Alberto.

O evento é aberto para à população e promete agradar a todas as idades e gostos, como explica Julia Lara, uma das organizadoras da feira.

Organizadores se reuniram nesta terça (21) com o Prefeito Alan Guedes, secretário da Semdes Cleriston José Recalcatti e o vereador Marcelo Mourão, para falar sobre a Feira / Foto: Rodrigo Pirola/Assecom

“Queremos promover a união da cultura pop brasileira e asiática através da arte, proporcionando um ambiente seguro e acolhedor para que todos possam socializar e expandir seu conhecimento através de uma experiência enriquecedora. A Feira Geek Mais promove a união dos segmentos Geek/Nerd com outras culturas como arte e dança K-pop, fãs de Dorama, otakus, pais e mães de Pets e todos que apreciam esse universo. É um evento para celebrar a cultura pop com atrações únicas”, explica.

Durante o dia haverá exposição de produtos geeks na feira, além de diversas atrações diversas atrações como Concurso de Cosplay, Batalha de Dança, Karaokê/Animekê, Quiz, Cosplay Pet, Apresentações, Exposição do concurso de Desenho, Premiações, Praça de Alimentação, Chá Maid (inspirado nas cafeterias temáticas do japão, com atendimento de personalidades dos animes) e Jogos de Videogames com apoio do Gamefica e do Instituto Federal.

“Estamos trabalhando muito para a construção de uma comunidade Geek Mais, isso vai possibilitar que pessoas com ideias semelhantes se reúnam e se conectem com outras pessoas que compartilham interesses semelhantes, promovendo um senso de comunidade e fornecendo um espaço onde as pessoas podem se envolver em discussões, compartilhar suas paixões e fazer novas amizades”, finaliza Nislley Lara.

Foto: Julia Lara/Arquivo Pessoal

Fonte: Assecom

O desconhecimento é pior que o fogo, por Nelson Araújo Filho

Nelson Araújo Filho (*)

No mais recente episódio de incêndio e ocorrendo em parte da planície pantaneira, assistimos com apreensão as diversas versões que divulgam os grupos de interesses.

Os conflitos, seus erros sistemáticos no estágio atual, não estão construindo solução que a preservação do patrimônio natural demanda diariamente.

A desinformação dá cor ao alarde. A começar pelo fato de que o Pantanal não está sendo consumido por incêndios. Existem focos sim, mas exclusivos de uma parte menor da planície, sem atividade econômica, isolada, desabitada e de difícil acesso (não por coincidência, ocupada grandemente por reservas públicas e particulares: reino do proibido e o paraíso do fogo). Um pantanal diferente e desconhecido.

Estamos referindo ao Y do Alto Paraguai, verdadeiro corredor de extremos, região delineada pelos rios Paraguai e Cuiabá – São Lourenço e respectivos terrenos marginais, entre o sul de Cáceres e Poconé até Corumbá.

Assim tem sido desde 2020. A causa direta deve ser atribuída ao assoreamento dos rios e o início de um novo ciclo de seca na planície. Pelo assoreamento, a areia indevidamente derramada do planalto expulsou, para largas extensões laterais, as águas que deveriam estar nas calhas dos rios, provocando o alagamento permanente desses terrenos, que assim permaneceram por várias décadas.

Nos ciclos de predominância, água e seca alternam influência na dinâmica da vida no Pantanal.  É uma característica da região observada por quem vive ou conhece o Pantanal. De 1975 à 2019 assistiu-se o ciclo de predominância das águas, com diversas cheias de porte e sem registro de estiagem enxugando os campos que haviam sido alagados no período. Anteriormente, de 1959 à 1974, foi observado o predomínio da estiagem. O Pantanal inteiro era só areia e campinas sem alagados permanentes sobre elas.

Todavia, em 2020 a situação mudou. O fluxo de água oriundo do planalto, ao norte, diminuiu drasticamente. O rio Paraguai e seus afluentes, Cuiabá – São Lourenço, foram atingidos de tal modo que o volume disponível coube integralmente nas calhas. As águas que eles haviam espalhadas, escoaram de volta ou foram consumidas pela evaporação.

Os campos nos períodos, longos anos, de alagamento viram proliferar abundante vegetação aquática, mesmo nos espelhos d’água, onde brotam as plantas. Quando elas foram embora, camalotes, aguapés e baceiros de capim morreram, secaram e queimaram.

Como tinha muito para queimar, tanto maiores foram os incêndios que, a propósito, estouraram em março, junto com a pandemia, em pleno mês de início da cheia, a qual naquele ano e no seguinte não deu o ar de sua graça.

Os incêndios deste mês de novembro não são diferentes. Temos uma situação de seca que avançou no período de início das águas, agravada por ondas incomuns de calor. Parte dos alagados que haviam recuperado as águas, outra vez secaram e chamaram de volta o fogo, com diferença na quantidade, menor, de material de combustão impactando no vigor e repique.

As imagens de satélites da NASA e UFRJ atestam o que dizemos. E o conhecimento do status e da morfologia das áreas impactadas pela areia concluem o suporte.

O fogo nas proximidades da BR-262 está fora do eixo que referimos acima, mas ocorre em região de mesmo perfil, sendo ainda de mais fácil visualização e compreensão.

Naquele local, por décadas o alagamento proporcionou entretenimento de pesca e de observação de jacarés às margens da estrada. É uma lembrança recente e comum.

Ocorreu a estiagem em 2020, o brejo secou, queimou e não se recuperou totalmente. Tornou a secar esse ano e agora arde. Como “local”, não é extenso, é desabitado, sem atividade econômica, inacessível para além do corte da rodovia e só por causa dela, uma exceção, deixou de ser isolado.

Nesse cenário pantaneiro, restrito e específico, surgem os focos de incêndio.

Compreender o contexto do fogo, permite avaliar os efeitos da devastação que ele sempre estabeleceu.

O que quer possa parecer, durante a ocorrência do incêndio, o certo é que, como mostra o exemplo da BR-262, as perdas não são definitivas e a recuperação surpreende. O mesmo trecho de hoje também queimou espetacularmente em 2020 e nos dois anos seguintes apresentou recuperação bem diversa do previsto no drama divulgado a época.

Também merece um olhar mais cuidadoso as estatísticas de danos a fauna de pequeno porte em diante, em se tratando de incêndio em áreas alagadas recentemente atingidas pela seca. No caso ficamos indagando que quantidade de população teria ali se instalado em tão pouco tempo no lugar dos peixes e anfíbios.

Pantanal é assim mesmo. Lugar de extremos. Tem suas defesas ainda incompreendidas.

Lógico que não advogamos minorar genericamente efeitos de danos. Alertamos para os exageros do empoderamento do oposto. Para a valorização indevida da devastação (como os jornais de antigamente com manchetes pingando sangue).

As regiões do Morro do Azeite e do Buraco da Piranha invocamos como nossas testemunhas imediatas.

Para o restante, clamamos por pesquisa abrangentes que investiguem a invasão das areias e por um estudo acerca dos efeitos da introdução da pecuária no Pantanal.

Vamos desmistificar e dar nomes aos bois.

 (*) Coordenador do Instituto Agwa

Incêndios são controlados no Pantanal e equipes continuam trabalho de rescaldo e monitoramento da região

As chuvas que caíram nos últimos dias no Estado e o trabalho intenso do Corpo de Bombeiros amenizaram a situação das queimadas no Pantanal Sul-Mato-Grossense. O boletim divulgado nesta segunda-feira (20) destaca que as imagens de satélite não apontam nenhum foco de incêndio na região.

De acordo com o Corpo de Bombeiros 72 militares continuam nos locais que tiveram os incêndios no Pantanal para fazer o trabalho de rescaldo e monitoramento de toda região, já que a previsão é que as altas temperaturas ainda continuem nos próximos dias. A Operação segue estendida até o momento que não for mais necessária a atuação.

A Operação Pantanal 2023 está sendo realizada nas últimas semanas pelo Corpo de Bombeiros com ampliação na estrutura de combate a incêndios na região, com o objetivo de proteger a fauna, flora e propriedades que estejam localizadas no bioma pantaneiro. O trabalho coletivo também tem a participação de brigadistas e apoio de trabalhadores rurais.

No último sábado (18) os trabalhos se concentraram na região do Paiaguás, que faz divisa com o Mato Grosso, com objetivo de extinguir parte do incêndio que estava chegando a algumas propriedades. No mesmo dia em Cipolândia equipes combateram focos que estavam na região de pastagens, também localizadas em propriedades rurais.

Na última semana três aeronaves apoiavam os trabalhos de combate às chamas, duas delas ‘air tractor’ que transporta até 3 mil litros de água para áreas de difícil acesso, com atuação no Paiaguás e no Rio Negro.

Fonte: Portal do MS