Dia: 6 de setembro de 2024

O produtor rural Issao Iguma Filho vai disputar a presidência do Sindicato Rural de Dourados na eleição marcada para o dia 20 de outubro. Ele lidera a chapa de oposição ao atual presidente, Ângelo Cesar Ajala Ximenes, que tentará a reeleição.

Além de Issao Iguma Filho na presidência, a chapa tem como vice-presidente Gino José Ferreira, que deixa a atual diretoria para liderar a oposição junto com o grupo que promete resgatar o papel do Sindicato Rural de Dourados na defesa do direito de propriedade, sobretudo no enfrentamento à onda de invasões de áreas rurais pelas mais diferentes etnias de Mato Grosso do Sul.

Tanto Issao quanto Gino presidiram o Sindicato Rural no período mais crítico da ameaça ao direito de propriedade, quando a Fundação Nacional do Índio (Funai) editou 11 portarias criando grupos de trabalho para demarcação de terras em Dourados e região.

Foi na gestão de Issao Iguma Filho, em 2008, que Dourados recebeu caravanas de Sindicatos Rurais de toda região para uma passeata que ocupou mais de 10 quarteirões da Avenida Marcelino Pires e terminou na Praça Antônio João onde as lideranças ruralistas protestaram contra as portarias da Funai.

As portarias editadas pela Funai atingiam diretamente os municípios de Amambai, Antônio João, Aral Moreira, Bela Vista, Bonito, Caarapó, Caracol, Coronel Sapucaia, Douradina, Dourados, Fátima do Sul, Iguatemi, Japorã, Jardim, Juti, Laguna Carapã, Maracaju, Mundo Novo, Naviraí, Paranhos, Ponta Porã, Porto Murtinho, Rio Brilhante, Sete Quedas, Tacuru e Vicentina, impactando negativamente a economia de todas essas cidades caso as demarcações fossem levadas adiante.

Na época, os 26 municípios respondiam por 60,94% da soja, 70,12% do milho safrinha, 53,76% do arroz, 50,94%, feijão, 40,32% da cana-de-açúcar, 38,15% da mandioca e 26,82% do milho de segunda safra [que] são cultivados em todo Mato Grosso do Sul. Graças a mobilização das lideranças ruralistas, sobretudo após o movimento que nasceu em Dourados liderado por Issao Iguma Filho, o governo federal recuou na efetivação das portarias da Funai e hoje as demarcações seguem paralisadas na região sul do Estado.

RESGATE DE LIDERANÇA

Para Issao Iguma Filho chegou a hora do filiado ao Sindicato Rural de Dourados resgatar a liderança que a entidade sempre teve, sobretudo na defesa do direito de propriedade, no apoio aos produtores rurais vítimas de esbulho, na mobilização da sociedade em favor do agronegócio.

“Não podemos considerar normal que o Sindicato Rural mais importante do interior de Mato Grosso do Sul se conforme em apenas realizar uma feira agropecuária”, desabafou Issao. “A Expoagro é parte da atividade do nosso sindicato e jamais pode ser tratada como a única atividade, de forma que teremos muito trabalho para recolocar o Sindicato Rural de Dourados no patamar de grande líder do agronegócio em nosso Estado”, completou.

Gino José Ferreira, que também presidiu o Sindicato Rural de Dourados por dois mandatos, sucedendo Issao Iguma Filho, também convoca os filiados para votar no dia 20 de outubro.

“Quem sonha em ter de volta um Sindicato Rural combativo, atuante, proativo, preocupado com a defesa do direito de propriedade e com forte atuação junto aos governos municipal, estadual e federal, precisa votar na eleição de outubro, pois somente com o apoio dos produtores e produtoras rurais do nosso município teremos força e representatividade”, destacou Gino.

Além de Issao Iguma e Gino Ferreira, chapa é composta ainda pelos seguintes nomes para a diretoria: Nilson Roberto Teixeira (efetivo), Márcio Chaves (efetivo), Rodrigo Pavel (suplente), Douglas Franco (suplente), Marise Ayumi Iguma (suplente) e Julio Cezar Azambuja Rocha (suplente). O Conselho Fiscal tem como efetivos Carlos E. M. Marques, Walter Benedito Carneiro e Eduardo Custódio, e como suplentes Oscar Noda, Josmar dos Santos Pereira e Roberto Azambuja Carneiro. Os delegados representantes efeitos são Issao Iguma Filho e Gino José Ferreira e os suplentes Maria Tereza D. Zahran e Marise Ayumi Iguma.

Fonte: Assessoria

A Starliner, cápsula da Boeing que levou ao espaço os dois astronautas que estão “presos” na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) deve retornar à Terra nesta sexta-feira (6).

A missão não será tripulada. Suni Williams e Butch Wilmore permanecem na ISS, enquanto a cápsula, que enfrentou muitos problemas com seu sistema de propulsão, abandonará a dupla por volta das 19h desta sexta, no horário de Brasília.

Esse é o momento em que a Starliner se desacoplará da Estação Espacial, iniciando sua jornada de retorno à Terra.

O pouso deve acontecer de forma suave, com a ajuda de três paraquedas e airbags, perto da 1h da manhã do sábado (7), no Parque Nacional White Sands, no estado do Novo México (EUA), onde equipes da Boeing e da Nasa, a agência espacial norte-americana, estarão prontas para recebê-la.

Bill Nelson, administrador da Nasa, diz que a decisão de enviar a cápsula da Boeing de volta à Terra sem tripulação “é o resultado de um compromisso com a segurança”.

A Boeing vinha insistindo que a Starliner era segura, com base em testes recentes dos propulsores, tanto no espaço, quanto em terra, mas a Nasa constatou que o sistema de propulsão da cápsula oferece muitos riscos para trazer a tripulação de volta.

“Não foi uma decisão fácil, mas é absolutamente a correta”, diss Jim Free, administrador associado da Nasa.

👨‍🚀👩‍🚀A dupla foi enviada à ISS em 5 de junho, em uma missão de (supostamente) 8 dias, no primeiro voo tripulado da Starliner. Só que, segundo a agência, problemas nos propulsores e vazamentos de hélio bagunçaram todo o cronograma.

A decisão da volta pela SpaceX foi tomada pela Nasa e discutida com a Boeing. A escolha da Nasa pela SpaceX para trazer os astronautas de volta é uma das mais importantes nos últimos anos.

A Boeing esperava que a missão de teste da Starliner trouxesse redenção à empresa, após anos de problemas de desenvolvimento e mais de US$ 1,6 bilhão acima do orçamento estimado desde 2016.

A Boeing também vem lidando com problemas de qualidade na fabricação de aviões comerciais, seu produto mais importante.

Em um comunicado, a companhia disse que continua a focar, em primeiro lugar, na segurança da tripulação e da espaçonave. “Estamos executando a missão conforme a determinação da Nasa e estamos preparando a nave para um retorno seguro e bem-sucedido sem a tripulação”, afirmou.

A Starliner foi projetada para funcionar de forma autônoma e já tinha completado dois voos sem tripulação antes dos problemas na missão de junho.

Bil Nelson, administrador da Nasa, diz que ter “100% de certeza que a a Starliner vai voar em outra missão tripulada”.

Histórico do problema

Butch Wilmore e Suni Williams decolaram no início de junho a bordo da Starliner e desde então estão na ISS, onde a cápsula permanece acoplada.
A Starliner deveria trazê-los de volta à Terra 8 dias depois, mas problemas detectados em seu sistema de propulsão levaram a Nasa a questionar sua confiabilidade.

A principal preocupação era que a Starliner não conseguiria atingir o impulso necessário para sair da órbita e iniciar sua descida à Terra.

Por isso, uma missão regular da SpaceX, chamada Crew-9, decolará no final de setembro, mas com apenas dois astronautas a bordo, em vez de quatro.

Ela então permanecerá acoplada à ISS até o seu retorno à Terra em fevereiro, trazendo de volta os dois astronautas que viajaram na cápsula da Boeing, além dos dois tripulantes da Crew-9.

Fonte: Portal G1