sábado, 31 de maio de 2025

Conferência debate políticas públicas para população LGBTQIAPN+ de 15 municípios

A 2ª Conferência Regional LGBTQIAPN+ foi aberta na manhã desta sexta-feira (23), em Dourados, com o objetivo de discutir e propor políticas públicas voltadas às reais necessidades da população LGBTQIAPN+ do município e de outras 14 cidades da região sul de Mato Grosso do Sul. O evento, realizado na Câmara Municipal, é promovido pela Prefeitura de Dourados, por meio da Coordenação de Direitos Humanos e Cidadania e da Coordenadoria de Políticas Públicas da Diversidade Sexual.

Com programação prevista até o final da tarde, a conferência conta com mesas temáticas, palestras, debates, apresentações culturais e a elaboração de propostas que serão encaminhadas à etapa estadual. A palestra magna foi ministrada pela psicóloga Gabrielly Antonietta Lima da Silva, coordenadora do Centro Estadual de Cidadania LGBTQIA+ e especialista em Saúde Mental.

A história da população LGBTQIAPN+ no Brasil é marcada por lutas constantes, mas também por conquistas significativas nas últimas décadas. A criminalização da homofobia e da transfobia, o direito ao casamento civil igualitário, o reconhecimento do nome social e o avanço da inclusão em espaços institucionais são exemplos de avanços fruto da mobilização e do diálogo com o poder público. Apesar disso, os desafios persistem, e eventos como a Conferência reafirmam a importância de manter ativa a luta por uma sociedade mais justa, equitativa e acolhedora.

“Trata-se de um momento estratégico para fortalecer o debate público, ampliar a escuta das demandas da população LGBTQIAPN+ e construir propostas concretas que assegurem mais dignidade, respeito e oportunidades para essa parcela da sociedade”, destaca Cláudia Rosa Assumpção, coordenadora de Políticas Públicas da Diversidade Sexual de Dourados.

A conferência regional também serve como etapa preparatória para a 4ª Conferência Nacional LGBTQIAPN+, prevista para ocorrer ainda este ano em Brasília, consolidando o compromisso com a construção de políticas públicas efetivas e inclusivas em todos os níveis.

Fonte: Assecom

Ana Paula Padrão defende liderança feminina em todas as áreas

“Levo mulheres para o palco para que inspirem outras mulheres na plateia.” A frase, dita por Ana Paula Padrão em entrevista na quinta-feira, 22, resume o que ela tem feito há mais de uma década: criar espaços onde o protagonismo feminino é regra, e não exceção.

A nova edição do evento Tempo de Mulher, marcada para 7 de junho, vai reunir nomes como Tarciana Medeiros (presidente do Banco do Brasil), Carla Assumpção (general manager Latam na Swarovski), Ana Fontes (CEO e fundadora da Rede Mulher Empreendedora), Michele Salles (diretora de ecossistema e Relações com a Sociedade Ambev) e Silvia Penna (diretora-geral Brasil no Uber). Um cenário bem diferente de quando o projeto começou.

“No Brasil, eram pouquíssimas as presidentes mulheres de empresas. Mas pouquíssimas, tipo contavam-se nos dedos de uma mão, e eram quase todas herdeiras”, relembra Ana Paula. “Então, eu tinha um palco de diretoras de empresas, de mulheres que tinham alguma intimidade com o assunto de empoderamento e liderança feminina, mulheres que tinham escrito livros ou protagonizado grandes histórias do mundo.”

Por um tempo, os eventos ficaram em pausa “porque o MasterChef entrou na minha vida”, mas o desejo de reunir essas vozes continuou latente. Foi em 2017, enquanto dirigia a revista Claudia, que ela percebeu uma mudança concreta: “Eu fiz uma lista de 35 mulheres presidentes de empresas e falei: ‘Vou fazer um evento só com mulheres presidentes de empresas no palco’. Convidei as 35. 33 aceitaram.”

O sucesso do reencontro confirmou o que ela já intuía: “Se não em termos percentuais, pelo menos em termos absolutos, a gente conseguiu caminhar bastante ali de 2010 até 2017. Agora, o número é tão grande que elas não cabem em um palco só.”

Fonte: Portal Terra

Trump ameaça taxar iPhones em 25% caso não sejam fabricados nos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ameaçou nesta sexta-feira (23) impor uma tarifa de importação de 25% sobre os produtos da Apple, a menos que os iPhones passem a ser fabricados nos EUA.

A ameaça, divulgada nas redes sociais, poderá aumentar drasticamente o preço dos iPhones nos EUA e prejudicar as vendas e os lucros da Apple, uma das principais empresas tecnológicas americanas.

A empresa se junta agora à Amazon, ao Walmart e a outras grandes empresas na mira da Casa Branca, que tentam responder à incerteza e às pressões inflacionárias desencadeadas pelas tarifas de importação determinadas por Trump.

“Há muito tempo, informei Tim Cook, da Apple, que espero que os seus iPhones vendidos nos Estados Unidos sejam fabricados e construídos nos Estados Unidos, e não na Índia ou em qualquer outro lugar”, publicou Trump no Truth Social.

“Se não for esse o caso, uma tarifa de pelo menos 25% deverá ser paga pela Apple aos EUA.”

A ameaça acontece depois de Trump ter declarado, na semana passada, que a empresa deveria transferir a produção de seus smartphones para os Estados Unidos. “Tive um pequeno problema com Tim Cook”, disse Trump no Catar durante uma viagem de vários dias pelo Golfo.

“Eu falei ‘Tim, nós tratamos você muito bem. Já faz anos que suportamos as fábricas que você construiu na China. Não queremos que você construa na Índia, mas aqui, e terão que aumentar sua produção nos Estados Unidos'”, acrescentou o presidente.

Ao apresentar os resultados do primeiro trimestre no início de maio, Cook disse que esperava que “a maioria dos iPhones vendidos nos Estados Unidos tivesse a Índia como país de origem”.

Isso permitiria evitar as tarifas anunciadas por Trump para produtos procedentes da China, principal centro de fabricação dos iPhones. Depois, Washington e Pequim concordaram com uma trégua de 90 dias em sua guerra tarifária para negociar novos acordos.

Fonte: Portal G1

 

Festival América do Sul 2025 registra recorde na coleta de resíduos recicláveis

Latas, plásticos, papéis, vidros, óleo de cozinha. Nada disso desaparece quando vai para o lixo. Se descartados de forma incorreta, esses resíduos contaminam o solo, entopem redes de esgoto, comprometem o tratamento da água e poluem rios e mananciais.

O impacto ambiental é profundo e duradouro, especialmente em uma cidade como Corumbá, situada às margens do rio Paraguai, uma das bacias hidrográficas mais importantes da América do Sul.

Nesse contexto, o descarte inadequado de óleo de cozinha se destaca como um dos principais vilões ambientais. Segundo o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), apenas um litro de óleo tem potencial para poluir até 25 mil litros de água, um impacto direto e devastador para o Pantanal, suas comunidades ribeirinhas e sua biodiversidade.

Foi com a proposta de transformar esse cenário que a empresa Du Bem, especializada em educação ambiental e reaproveitamento de resíduos, marcou presença no Festival América do Sul 2025, realizado de 15 a 18 de maio. Ao assumir a gestão dos resíduos do evento e promover oficinas abertas ao público, a Du Bem mostrou, na prática, como os resíduos podem se tornar soluções.

Durante os quatro dias do festival, foram recolhidos e encaminhados corretamente 1.500 quilos de resíduos recicláveis, incluindo 657 kg de latinhas de alumínio, 486 kg de vidro, 230 kg de plástico e 127 kg de papel.

Somente com as latinhas, os catadores parceiros obtiveram R$ 3.942,00, fortalecendo a economia circular local. O destaque, no entanto, foi para a coleta de 80 litros de óleo de cozinha usado, volume quatro vezes maior do que o registrado em 2023. Essa quantidade representa a preservação de 2 milhões de litros de água, que deixaram de ser contaminados.

Informação que transforma

Para muitas pessoas que trabalharam no FAS 2025, a ação da Du Bem foi um divisor de águas. A vendedora Ana Carolina, que esteve à frente de uma barraca de salgados no corredor gastronômico do Festival, por exemplo, demonstrou surpresa ao saber do impacto causado pelo óleo e da opção de poder levar seu descarte até o estande da parceira da Du Bem.

“Estou impactada com essa informação! Eu tenho várias garrafas de óleo guardadas em casa e não sabia onde descartar. Achei muito interessante saber que existe esse projeto e que ainda posso levar lá e ganhar sabão em troca, antes que acabe o festival. Melhor ainda!”

Essa devolutiva imediata, o reaproveitamento do óleo para produção de sabão artesanal, reforçou o conceito de ciclo sustentável e despertou a consciência ambiental de quem, muitas vezes, não sabia o que fazer com o resíduo.

A empreendedora Rositelma Vargas, da Barraca do Peixe, também esteve entre os participantes impactados pela proposta. Diferente de Ana Carolina, ela já adota práticas conscientes há anos.

“Desde que comecei a trabalhar com óleo, nunca descartei no meio ambiente. Eu guardo e dou pra quem precisa. Já vi gente jogando na praça, e sempre falo que isso é errado. Fiquei sabendo da ação da Du Bem e levei o que tenho para descartar. Achei ótimo saber que além de ajudar o meio ambiente, posso obter o sabão em troca.”

Educação

Com oficinas de preparo de sabão a partir do óleo de cozinha e ações educativas em seu estande, a Du Bem transformou resíduos em aprendizado durante os quatro dias do Festival América do Sul 2025. As crianças foram protagonistas em atividades lúdicas sobre a separação correta do lixo, enquanto adultos refletiam sobre seus hábitos de consumo e descarte.

A troca de óleo usado por sabão artesanal reforçou o valor do reaproveitamento, mostrando que o que antes era lixo pode voltar como produto útil.

O projeto também contou com a parceria do MS Tampinhas, iniciativa que arrecada tampinhas plásticas e lacres de alumínio e os converte em recursos para a castração e alimentação de animais. As latinhas e outros recicláveis foram encaminhados para empresas locais, fortalecendo a cadeia da reciclagem na própria cidade.

Desafios

Corumbá enfrenta desafios reais quando o assunto é gestão de resíduos. O descarte irregular é visível em vários pontos da cidade, inclusive próximos ao rio. Para a fundadora da Du Bem, Ana Franzoloso, isso reforça a necessidade de presença constante de projetos que unam educação, logística e acolhimento.

“Estamos falando de uma cidade às margens de um rio fundamental para o continente. O mínimo que podemos fazer é cuidar do que jogamos fora. Esse cuidado precisa ser coletivo e cotidiano. A gente está aqui pra construir essa cultura, mesmo que devagar.”

Os resultados do trabalho durante o FAS 2025 comprovam que informação, estrutura e incentivo são capazes de gerar mudança real. Quando a população tem acesso a meios adequados de descarte e entende o impacto de suas ações, o meio ambiente agradece, e toda a cidade colhe os frutos.

Fonte: Portal do MS