terça-feira, 1 de julho de 2025

Projeto CDR/UFGD leva oficina de bioinseticidas ao Assentamento Rural Itamarati

O Assentamento rural Itamarati sediou, na última semana, a primeira oficina de produção e aplicação de inseticidas com foco na agricultura familiar. A atividade foi promovida pelo projeto Centro de Desenvolvimento Rural – Rede de Soluções Sustentáveis (CDR/UFGD) e conduzida pela coordenadora do Eixo Educação e colaboradora do Eixo Produção Vegetal, profa. Mara Mussury e sua equipe.

Formada por professores, pesquisadores e alunos extensionistas dos cursos de Agronomia e Biologia da UFGD, a equipe multidisciplinar buscou aproximar o conhecimento científico da realidade local, por meio de práticas simples e acessíveis de controle biológico de pragas. “Acreditamos que temos um compromisso na disseminação do conhecimento de nossas pesquisas junto à comunidade, então sentimos que esse seria um bom momento”, afirmou a professora Mara.

A estrutura da oficina foi pensada com base na vocação e expertise dos membros da equipe, que abordaram temas como: escolha das plantas com potencial inseticida;métodos artesanais de produção de bioinseticidas; segurança no campo e uso correto de equipamentos de proteção Individual (EPIs) e estratégias de aplicação adaptadas à agricultura familiar.

Além das práticas de campo, os participantes puderam conhecer as linhas de pesquisa dos laboratórios da UFGD e a proposta extensionista do CDR. A ideia, segundo a coordenadora do Eixo Educação do Projeto CDR, Mara Mussuy, é que essa seja apenas a primeira de uma série de ações. “Penso em continuar com os atendimentos individuais que vêm sendo realizados e, no próximo semestre, realizar a segunda oficina, abordando o biocontrole de pragas com plantas”, completou.

Entre os destaques da oficina esteve a participação da mestranda Sederli Bombarda Sobrinho, moradora no Itamarati, professora do eixo temático Terra, Viida e Trabalho (TVT) na E.E Nova Itamarati e aluna do Programa de Pós-Graduação em Entomologia e Biodiversidade da UFGD. Para ela, o impacto da tecnologia social vai além da produção. “O custo-benefício do bioinseticida é o grande diferencial para o agricultor familiar, garantindo sobretudo produtos saudáveis — bons para todos os envolvidos”, explicou.

A estrutura da oficina foi pensada com base na vocação e expertise dos membros da equipe (Foto: Divulgação)

Autonomia no campo

A oficina também gerou reflexões entre os produtores locais. Para Francisca Marciana, moradora do Itamarati 2, o conhecimento adquirido representa um passo importante na busca por autonomia no campo. “É interessante porque é cada vez mais conhecimento, produção sustentável, e também desafio para produzir. Conhecimento e aprendizado para o resto da vida”, relatou.

A ação fortalece a presença da universidade pública nos territórios da reforma agrária e reforça o papel da integração da extensão e da pesquisa aplicada como ferramentas de transformação social e sustentabilidade.E a temática trabalhada está diretamente ligada aos ODS e ao diagnóstico de temas demandados pelos agricultores familiares realizado em fevereiro de 2025 realizado pela coordenadora geral do Projeto CDR, profa. Juliana Carrijo.

Equipe, apoio e financiamento

A equipe multidisciplinar do CDR/UFGD que conduziu a oficina foi composta por docentes, pesquisadores e estudantes dos cursos de Biologia e Agronomia: Mara Mussury, Andressa Foresti, Nádia Laiz, Fabrício Cabrera, Rosicleia Matias, Sederli Bombarda e o agrônomo Adner Wilian. Esses e outros trabalhos desenvolvidos pelo CDR Itamarati é possível porque tem o apoio e financiamento dos parceiros: Prefeitura Municipal de Ponta Porã, Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), Governo Federal, Governo de Mato Grosso do Sul, Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia (FUNDECT), Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (SEMADESC); Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e ITAIPU Binacional.

Fonte: Assessoria

PF passa a fazer fiscalização e registro de CACs a partir desta terça

A responsabilidade pelo registro das licenças, controle e fiscalização das atividades de colecionadores, atiradores desportivos e caçadores, os chamados CACs, passa a ser da Polícia Federal (PF), a partir desta terça-feira (1º). Anteriormente, a atribuição estava a cargo do Comando do Exército, conforme estabelece o Decreto nº 11.615, de 21 de julho de 2023.

Segundo a PF, a transição será feita aos poucos pelas superintendências regionais. Entre as atribuições que a instituição assumirá estão o registro de pessoas físicas e jurídicas para o exercício das atividades de colecionadores, tiro desportivo e caça excepcional; autorização para compra e transferência de armas; fiscalização das atividades exercidas por CACs; concessão de guias de tráfego e fiscalização e controle do comércio varejista para pessoa física.

Na semana passada, a PF anunciou está desenvolvendo um painel de Business Intelligence (BI) para trazer mais transparência aos dados estatísticos de processos relacionados aos CACs. A nova ferramenta contará com dados sobre registros, tipos de armas mais comuns, quantidade de armas, número de vistorias realizadas, autuações e apreensões, entre outros.

RELEMBRE

Assinado pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, pelo ministro da Defesa, José Múcio, e pelo então ministro da Justiça e Segurança Pública, o atual ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino, o Decreto nº 11.615 regulamentou o Estatuto do Desarmamento.

A legislação estabelece novas regras para aquisição, registro, posse, porte, cadastro e comercialização nacional de armas de fogo, munições e acessórios. Ela define também que as atribuições de autorização, registro e fiscalização de armas de CACs passem do Exército para a PF.

A transição progressiva de competências dos registros de CACs do Comando do Exército para a Polícia Federal foi estabelecida em Acordo de Cooperação Técnica (ACT), publicado em 19 de setembro de 2023. O primeiro termo aditivo a esse acordo, de 27 de dezembro, definiu a data de 1º de julho de 2025 para o início da fiscalização pela PF.

Em maio, o Ministério da Justiça destinou R$ 20 milhões para a PF assumir a nova atribuição. De acordo com o secretário-executivo do ministério, Manoel Carlos de Almeida Neto, até o mês passado, 600 servidores da instituição já tinham sido qualificados para exercer as novas funções e novas estruturas, como as delegacias e os núcleos de Controle de Armas que estão sendo criadas.

Fonte: Agência Brasil

Começa prazo para licenciar veículos com placa final 6 em Mato Grosso do Sul

Motoristas de Mato Grosso do Sul que possuem veículos com final de placa 6 já podem regularizar o licenciamento anual junto ao Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul).

O prazo vai até o dia 31 de julho e, ao todo, 187.238 veículos estão registrados com essa terminação no Estado.

Somente em Campo Grande, são 66,2 mil veículos. Em Dourados, o número chega a 18,6 mil, e em Três Lagoas, 10 mil veículos devem ser licenciados até o fim do mês.

O valor do licenciamento em julho é de R$ 238,36, correspondente a 4,53 UFERMS (Unidade Fiscal Estadual de Referência de MS) que está em R$ 52,62. Após o vencimento, o proprietário perde o desconto de pontualidade e a taxa passa a ser de 5,88 UFERMS, o que equivale a R$ 309,40, considerando a cotação atual.

Além dos veículos com placa final 6, o Detran-MS alerta que mais de 521,7 mil veículos em todo o Estado ainda não regularizaram o licenciamento de 2025.

Vale lembrar que circular com o licenciamento vencido é uma infração gravíssima, com multa de R$ 293,47, 7 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e possibilidade de remoção do veículo.

Para facilitar o processo de regularização, o cidadão pode utilizar as ferramentas digitais oficiais do Detran-MS. A emissão da guia pode ser feita de forma rápida pelo portal Meu Detran ou com o auxílio da assistente virtual Glória, disponível via WhatsApp no número (67) 3368-0500.

Outro ponto importante é que débitos de licenciamento referentes a exercícios anteriores, excluindo o atual e do ano anterior, estão sendo automaticamente encaminhados à Procuradoria-Geral do Estado (PGE) para processo de execução fiscal, o que pode gerar cobranças judiciais e acréscimos legais ao valor original da dívida.

O Licenciamento Anual de Veículos é o documento que atesta que o veículo está apto para circular em vias públicas e deve ser renovado anualmente.

Fonte: Portal do MS