quarta-feira, 9 de julho de 2025

Rio Paraguai apresenta melhora em 2025, mas ainda não alcança níveis de 2023

O rio Paraguai tem apresentado sinais de recuperação ao longo de 2025, após enfrentar em 2024 a pior seca registrada desde o início do monitoramento hidrológico. Apesar da melhora nos níveis de água em relação ao ano passado, os dados indicam que o rio ainda está abaixo das cotas registradas em 2023.

Os dados são provenientes das estações hidrometeorológicas de Ladário e Porto Murtinho e cobrem o período até o final de junho deste ano. Os gráficos comparativos revelam que, embora haja um aumento considerável nas cotas em comparação com 2024, ainda não se atingiram os patamares de dois anos atrás.

Na prática, isso significa que na estação de Ladário, o rio está atualmente cerca de 2,20 metros acima do nível registrado em 2024, mas ainda 87 centímetros abaixo do observado em 2023. Em Porto Murtinho, a recuperação é similar: o nível atual está 2,40 metros acima do registrado no ano passado, e 20 centímetros abaixo da cota de 2023.

A situação crítica enfrentada em 2024 ainda está fresca na memória dos especialistas. Em 19 de outubro daquele ano, o rio Paraguai atingiu o nível mais baixo da série histórica, marcando -71 cm em Ladário. Já em Porto Murtinho, o valor mínimo foi de 52 cm no dia 23 de outubro de 2024.

“Embora os números de 2025 tragam alívio diante do cenário dramático vivido em 2024, é importante lembrar que ainda estamos em um quadro de atenção. A recuperação é parcial e precisamos manter o monitoramento contínuo e investir em estratégias de adaptação frente às mudanças climáticas que afetam diretamente nossos rios”, destaca Leandro Neri Bortoluzzi, integrante da Sala de Situação dos Rios do Imasul.

Apesar dos dados de 2025 sinalizarem uma melhora expressiva, o momento exige cautela. O Mato Grosso do Sul está atualmente no período seco do ano, e a tendência é de estabilização dos níveis nos próximos dias, seguida por uma redução gradual até a chegada do próximo ciclo de chuvas.

Acompanhamento em tempo real

A população pode acompanhar a evolução do nível do rio Paraguai e de outros rios de Mato Grosso do Sul por meio do Boletim Diário da Sala de Situação dos Rios do Imasul, disponível em: https://www.imasul.ms.gov.br/sala-de-situacao/

A recuperação parcial do rio Paraguai é uma boa notícia, mas reforça a necessidade de ações de monitoramento contínuo, planejamento hídrico e adaptação às mudanças climáticas que vêm impactando os regimes hidrológicos da região.

Fonte: Portal do MS

Dourados recebe MS Ativo e Marçal defende união de prefeitos para superar desafios

Anfitrião do seminário MS Ativo, que acontece nesta quarta-feira (9) no auditório da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (Uems) e reúne prefeitos e autoridades de 14 municípios da Grande Dourados, o prefeito Marçal Filho destacou o evento como oportunidade para que o governo tome ciência das necessidades de cada ente e defendeu a união de esforços para que, juntos, estado e municípios, alcancem soluções.

O prefeito de Dourados foi enfático ao falar sobre a importância da iniciativa. “Este encontro aqui é fundamental para que o governo do Estado saiba das nossas dores, das reivindicações de cada município”, ressaltou. “Porque cada cidade tem a sua peculiaridade, tem a sua particularidade, tem a sua prioridade”, continuou Marçal. “Por isso nós temos que nos unir neste momento, que não é fácil. Nós estamos percebendo isso em nível de Brasil. Então, se não unirmos forças, não chegaremos a lugar algum”, ressaltou Marçal.

Para ele, a união dos prefeitos é fundamental para sensibilizar o governo federal sobre a real situação dos municípios, sobretudo diante da queda constante da arrecadação e do aumento das obrigações.

“Que as nossas vozes aqui cheguem até o governador, que sensibilize-o para que nós possamos fazer frente a tudo aquilo que a população exige e para o qual nós fomos eleitos”, completou o prefeito.

Marçal Filho apontou também que os governos federal e estadual têm de cuidar dos municípios, porque na Federação, “o município é o que menos recebe e o que mais apanha”. Para ele, não importa se a obrigação é do governo do Estado, se a obrigação é do governo federal, tudo recai sobre o município, sobre os prefeitos. No entanto, apesar de ser aquele que é mais demandado, o município é o que recebe menos.

“Em primeiro lugar, a maioria da arrecadação fica com o governo federal, depois, em segundo lugar, o governo do Estado, e, em último, os municípios”, enumerou o prefeito de Dourados.

Marçal destacou a iniciativa do governo do Estado em realizar esses seminários regionais, que reúnem prefeitos, vices, secretários municipais e vereadores. “É importante que o governador Eduardo Riedel tenha entendido isso, porque é nos municípios que as coisas acontecem”, enfatizou. “O Estado, na realidade, é uma ficção jurídica. As pessoas moram nos municípios, nas cidades. Por isso mesmo é que este encontro  é fundamental para que o governo do Estado saiba das nossas dores, das reivindicações de cada município”, argumentou. “Porque cada cidade tem a sua peculiaridade, tem a sua particularidade, tem a sua prioridade”, completou.

SAÚDE

Marçal Filho e a unanimidade dos prefeitos presentes apontaram a saúde como o principal gargalo das administrações municipais. “Nós aqui em Dourados, na área da saúde, atendemos 34 municípios”, lembrou o prefeito. “Isso representa 1 milhão de habitantes. É quase a metade do Estado que a Prefeitura de Dourados atende”, observou, lembrando que Dourados é o único dos grandes municípios do Estado que tem hospital municipal, hospital mantido pela prefeitura. “Isso não é fácil e todos que estão aqui, todos os prefeitos e prefeitas que estão aqui, enviam os seus pacientes para cá”, enfatizou.

O anfitrião do encontro regional de gestores falou da necessidade que os municípios têm de receberem mais recursos do governo do Estado e cobrou a bancada federal. “Nós não temos como fazer frente às demandas de toda essa população de quase um milhão de habitantes”, argumentou.

“Nós precisamos também dos nossos deputados federais e senadores, porque eles é que têm hoje boa parcela do orçamento da União”, prosseguiu. “Eles é que podem trazer os recursos que nós precisamos”, concluiu o prefeito.

Marçal Filho ressaltou que as dificuldades atingem todas as prefeituras. “Conversando com os prefeitos, vi que muitos deles estão na mesma situação que a gente, com a arrecadação quase toda comprometida com folha de pagamento, e sobrando muito pouco ou quase nada para investimento”, ressaltou. “Esta é uma realidade que nós estamos passando hoje. E aí nós precisamos desse socorro do governo do Estado, precisamos dessa sensibilidade que o ex-governador Reinaldo Azambuja já teve e que agora o governador Eduardo Riedel prossegue”, pontuou. “E, na figura aqui do nosso vice-governador Barbosinha, nós esperamos que ele seja o nosso porta-voz”, pediu o prefeito de Dourados.

Por fim, Marçal Filho exemplificou que quando Dourados atende o cidadão, está atendendo o cidadão de Mato Grosso do Sul, e para o cidadão não importa se a saúde é atendida pelo governo federal, pelo governo do estado ou pela prefeitura. “A pessoa quer saber se ele é atendido”, enfatizou. “Portanto, deixemos as vaidades de lado, deixemos os egos de lado. É importante atender a população, o povo. Por isso que temos que nos unir nesse momento. Porque o momento não é fácil. Nós estamos percebendo isso em todo Brasil. A situação não é nada boa. Então, se não unirmos forças, não conseguiremos superar os desafios diários da gestão municipal”, finalizou o prefeito de Dourados.

Fonte: Assecom