segunda-feira, 15 de setembro de 2025

A Cultura Gaúcha que Migrou e Virou Tradição na Fronteira, por Gerusa Puntel

Gerusa Cella Puntel Ferreira (*)

Das coxilhas do Rio Grande do Sul para os vastos campos do Mato Grosso do Sul. Foi assim que a cultura gaúcha chegou por aqui, não por acaso, mas por uma grande leva de migrantes que, a partir dos anos 70, vieram em busca de novas terras para plantar e criar gado. E o que eles trouxeram na bagagem? Mais que sementes e gado, trouxeram a essência de sua terra, uma tradição que se enraizou e hoje faz parte do nosso dia a dia.

A influência mais visível e organizada dessa migração são os Centros de Tradições Gaúchas (CTGs). Eles não são só clubes de dança; são verdadeiras embaixadas culturais. Nesses lugares, a memória e a identidade gaúcha são preservadas a cada roda de chimarrão, a cada churrasco e em cada passo de dança. É lá que a juventude aprende a importância da pilcha e do laço, garantindo que os costumes não se percam.

Em Campo Grande, por exemplo, o CTG Tropeiros da Querencia é um marco. Em Dourados, o CTG Querência do Sul mantém viva a tradição. E até mesmo em Rio Brilhante, o CTG Tropeiro Velho serve de ponto de encontro, de apoio e de celebração para a comunidade de gaúchos e seus descendentes.

Mas se os CTGs são a estrutura física, a música nativista é a alma dessa cultura. Foi a “trilha sonora” da migração, que trouxe na letra a saudade de casa e a esperança de um novo futuro. Canções como “Céu, Sol, Sul, Terra e Cor”, hino informal dos gaúchos, e “Canto Alegretense”, uma melodia que fala de orgulho regionalista, ressoaram forte nas fazendas e nas cidades sul-mato-grossenses. Elas serviram como um abraço musical, lembrando a todos de onde vieram, mesmo estando tão longe.

Artistas como Teixeirinha, Os Serranos e Os Monarcas se tornaram grandes nomes por aqui, com suas músicas narrando a vida no campo e os desafios da nova terra. A força da cultura gaúcha se provou na sua capacidade de se adaptar e de, ao mesmo tempo, influenciar o nosso próprio jeito de ser.

No fim das contas, a cultura gaúcha não apenas encontrou um lar em Mato Grosso do Sul; ela se tornou parte do nosso rico mosaico, provando que a tradição é algo que se leva no coração, para onde quer que o vento leve a gente.

(*) Encarregada de Dados Pessoais da Fundect

Liandra quer atendimento para idosos e pessoas com deficiência pelo Programa Liberte

A vereadora Liandra da Saúde (PSDB) apresentou indicação à Secretaria Municipal de Saúde de Dourados para que sejam realizados estudos com o objetivo de ampliar o alcance do Programa Liberte, iniciativa pioneira no Estado de Mato Grosso do Sul voltada ao monitoramento contínuo da glicose em pacientes com diabetes tipo 1.

O Programa Liberte foi lançado pela Prefeitura de Dourados em outubro de 2024 e consiste na disponibilização gratuita do aparelho Libres, que utiliza um sensor indolor colocado no braço do usuário. O dispositivo permite o acompanhamento em tempo real da glicemia por meio de um aplicativo, substituindo o método tradicional das picadas diárias no dedo.

Atualmente, o público contemplado são crianças e adolescentes com diabetes tipo 1, entre 4 e 15 anos, residentes em Dourados. O projeto é desenvolvido em parceria com o Serviço Insulina+, a URMI (Unidade Reguladora de Medicamentos e Insumos) e a CAF (Central de Abastecimento Farmacêutico), e mantido com recursos próprios da Prefeitura.

Em sua solicitação, a vereadora Liandra pede que o programa seja ampliado para atender também diabéticos com algum tipo de deficiência, diabéticos com comorbidades, como pacientes renais crônicos, independentemente da idade e idosos com diabetes tipo 1.

Segundo a parlamentar, a ampliação do atendimento representaria um importante avanço na saúde pública, reduzindo complicações decorrentes da doença, que muitas vezes se agravam pela dificuldade ou dor do processo tradicional de medição.

“Com a expansão do Liberte, o Poder Público poderá não apenas melhorar a qualidade de vida dos pacientes e familiares, mas também reduzir a demanda por atendimentos nas unidades de saúde e hospitais”, destacou a vereadora.

A proposta de Liandra reforça a importância do Programa Liberte, que já se consolidou como referência em inovação e cuidado no tratamento do diabetes em Mato Grosso do Sul, e busca garantir que mais pacientes possam ter acesso à tecnologia e ao acompanhamento preciso que o aparelho oferece.

Fonte: Assessoria

Caminhada “Passos pela Vida” mobiliza Dourados em prol da doação de órgãos

A Prefeitura de Dourados, através da Secretaria Municipal de Saúde, apoia e participa da 2ª Caminhada “Passos pela Vida”, que será realizada no próximo dia 27 de setembro, data que marca o Dia Nacional do Doador de Órgãos. A ação busca sensibilizar a população sobre a importância da doação de órgãos, reforçando o Setembro Verde, mês dedicado à conscientização sobre o tema.

O evento é promovido pela Organização de Procura de Órgãos e Tecidos para Transplantes (OPO), vinculada diretamente à Central Estadual de Transplantes e ao Sistema Nacional de Transplantes, com realização do Hospital da Vida e da Funsaud e conta com o apoio da Câmara de Vereadores de Dourados.

A concentração será em frente à Câmara Municipal, com saída em caminhada até a Praça Antônio João, no centro da cidade. Além da mobilização, o encontro busca fortalecer o debate sobre solidariedade e esperança que a doação representa e conta com diversos parceiros na sociedade civil, além da Guarda Municipal, do Corpo de Bombeiros, da Polícia Rodoviária Federal e Polícia Militar.

Em 2024, cerca de 180 pessoas participaram da caminhada. Para este ano, a expectativa é reunir aproximadamente 300 participantes, ampliando a visibilidade da causa e destacando a importância de um gesto simples que pode salvar muitas vidas.

“A doação de órgãos é um gesto de solidariedade e amor ao próximo, que permite que muitas pessoas possam ter uma nova chance de vida”, afirma a coordenadora da OPO de Dourados, Ludelça Dorneles. Segundo ela, para ser doador, basta comunicar essa vontade aos familiares, pois a autorização para a doação deve ser feita pela família no momento oportuno. “Eventos como a Caminhada ‘Passos pela Vida’ são fundamentais para reforçar a importância dessa decisão”, disse.

COMO FUNCIONA

A Organização de Procura de Órgãos (OPO) é um órgão executivo da Comissão Nacional de Transplantes de Órgãos e Tecidos, suas atividades estão estabelecidas em observância à legislação vigente sobre transplantes de órgãos e tecidos do corpo humano (vivo ou morto), com fins terapêuticos e científicos.

A OPO tem como objetivo exercer atividades de identificação, manutenção e captação de potenciais doadores para fins de transplantes de órgãos e tecidos no âmbito de atuação da OPO designada pela Secretaria de Estado da Saúde; divulgação da política de transplantes de órgãos e tecidos de modo a conscientizar progressivamente a comunidade interna e externa, sobre sua importância; interação permanente com as áreas potenciais de doação e equipes de transplantes, trabalhando sempre em parceria com a Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos (CIHDOTTs).

A Organização de Procura de Órgãos e Tecidos é uma instituição ligada à Central Estadual de Transplantes e à Central Nacional de Transplantes, que é a responsável por informar a viabilidade de doador à Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos e Tecidos (CNCDO, que realiza a distribuição dos órgãos, indicado à equipe transplantadora responsável pela retirada e implante do mesmo.

A captação de órgãos é feita após a confirmação da doação. Quando a equipe de transplante toma conhecimento de todas as informações do doador, ela avalia se o órgão é apropriado ao seu receptor. Assim sendo, em caso afirmativo, a equipe responsável envia seus cirurgiões até o hospital em que o doador se encontra.

Fonte: Assecom

GAZA: Mais de 40 pessoas morreram neste domingo vítimas de bombardeios

Mais de 40 pessoas morreram neste domingo (14) em Gaza, a maioria em bombardeios das tropas israelitas no Norte do enclave palestino.

De acordo com uma contagem provisória citada pela agência EFE, feita com base em listas dos hospitais de Gaza compartilhadas por jornalistas que estão em território palestino, foram registradas 45 mortes até 12h30, sendo que 29 morreram em hospitais no Norte da Faixa de Gaza.

À EFE, Mohammad Abu Salmia, diretor do hospital Al Shifa, na cidade de Gaza, adiantou que esta manhã deram entrada cerca de 20 feridos e foram recebidos oito corpos de vítimas de bombardeios.

Ao hospital Al Quds, que é operado pelo Crescente Vermelho, uma fonte hospitalar disse à mesma agência espanhola que chegaram 35 feridos e cinco corpos.

Ao Sul da Faixa de Gaza, foram registrados 24 feridos e quatro mortos na sequência de um ataque a um dos pontos militarizados de distribuição de comida a Noroeste de Rafah.

OFENSIVA

Há mais de um mês o Exército israelense lança uma ofensiva contra a cidade de Gaza, capital do enclave, para a ocupar, tentar resgatar os reféns israelenses que ainda estão na região e acabar com o movimento Hamas, tendo provocado o deslocamento de um milhão de pessoas que residiam na cidade.

Desde então, os bombardeios aumentaram contra a capital de Gaza, mas também as demolições e a destruição de qualquer tipo de infraestruturas.

Hoje, o exército israelense mandou evacuar três prédios na cidade de Gaza.

Segundo dados de quinta-feira (11) fornecidos pelas equipes de resgate da Defesa Civil de Gaza, pelo menos 53 mil palestinos perderam casa ou tenda onde se abrigavam na cidade de Gaza em menos de uma semana.

A guerra em curso na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque liderado pelo Hamas em 7 de outubro de 2023 ao sul de Israel, que fez 1,2 mil mortos, na maioria civis, e 251 reféns.

Em retaliação, Israel lançou uma ofensiva em grande escala que já deixou mais de 64 mil mortos, na maioria mulheres e crianças, segundo as autoridades locais controladas pelo Hamas, destruiu quase toda a infraestrutura do território e provocou um desastre humanitário sem precedentes na região.

Relatores de direitos humanos da ONU, organizações internacionais e um número crescente de países qualificam como genocídio a ofensiva militar israelita contra a Faixa de Gaza desde os ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023.

Fonte: Agência Brasil

Mulher de Bruce Willis diz que acidente em ‘Duro de Matar’ criou problema de saúde

A mulher do ator Bruce Willis, diagnosticado com demência frontotemporal em 2023, afirmou que um acidente durante as gravações do filme Duro de Matar (1988) pode ter colaborado com um dos problemas de saúde do ator: a perda auditiva.

Em entrevista à rede americana Fox News, Emma afirmou que Willis não usou proteção adequada durante a gravação de uma cena debaixo de uma mesa, o que lhe causou danos em um dos ouvidos.

“Quando Bruce estava gravando o primeiro ‘Duro de Matar’, ele atirou várias vezes com uma arma debaixo de uma mesa, e eles não fizeram com que ele usasse nenhum tipo de proteção auricular”, disse a esposa do ator.

“Isso tirou grande parte da sua audição. E com o tempo, para todos nós, à medida que envelhecemos, nossa audição começa a diminuir um pouco”, relatou.

O agravamento do quadro de demência frontotemporal tem contribuído para que Willis, de 70 anos, perca suas capacidades de comunicação.

Emma Willis já revelou, porém, que o antigo astro de Hollywood ainda desfruta de boa saúde física. “Bruce está com uma saúde ótima, no geral. É só o cérebro dele que está falhando, e a linguagem está indo embora”, disse a esposa em entrevista à ABC News em agosto.

Emma lançará um livro em que relatará sua experiência como cuidadora do ator. No Brasil, a obra chegará às livrarias com o título O Rumo Inesperado, e será lançado pela editora BestSeller em outubro.

Fonte: Portal Terra

Especialistas alertam para risco de uso de IA como terapeuta

Cada vez mais pessoas usam a inteligência artificial para fazer terapia. Aplicativos e plataformas oferecem atendimentos que imitam conversas com psicólogos. Mas especialistas alertam que a prática pode trazer riscos.

Uma pesquisa americana revelou que entre as pessoas que usam IA e afirmam ter algum problema de saúde mental, metade usa robôs como apoio emocional, para desabafar, compartilhar sentimentos e pedir conselhos.

O Fantástico decidiu testar essa tendência. A repórter Renata Ceribelli uso um programa de IA como psicoterapeuta digital, sob a supervisão de um especialista real, o psicanalista e professor da USP, Christian Dunker.

Logo no início, a ferramenta pediu para que ela contasse um pouco sobre sua vida. As respostas eram automáticas, mas formuladas de uma forma que pareceria haver alguém do outro lado.

O teste revelou que a inteligência artificial consegue demonstrar empatia e até sugerir conselhos, o que fez com que Renata se sentisse compreendida em alguns momentos. Mas especialistas destacam que essa sensação pode ser enganosa.

A pesquisadora Fernanda Bruno, que coordenou um dos primeiros estudo sobre o assunto no Brasil, destaca as razões pelas quais os usuários optam pelos aplicativos como terapeutas.

“Primeiro, o aplicativo não julga. Segundo, está disponível o tempo inteiro, não tem ausência. Terceiro, não envolve dinheiro na relação”, explica.

Psicólogos lembram que, ao contrário de um profissional, a IA não tem formação, não faz diagnóstico e não consegue lidar com crises graves.

“Não existem evidências de que possa haver psicoterapia realizada por IA. Porque a IA não foi programada para isso”, alerta Alessandra Santos de Almeida, presidente do Conselho Federal de Psicologia (CFP).

Outro problema é a falta de sigilo. Ao usar aplicativos de IA, informações íntimas podem ser armazenadas e usadas por empresas, sem a garantia de confidencialidade que existe no consultório.

As plataformas, por outro lado, defendem o uso da tecnologia. A empresa Open IA, dona do ChatGPT, afirma, em nota que:

“Está trabalhando para que o programa responda com cuidado, orientado por especialistas, e incentive aqueles em crise emocional a buscar ajuda profissional”.

Fonte: Portal G1

Estiagem prolongada e altas temperaturas elevam risco de incêndios florestais

Mato Grosso do Sul atravessa um período de forte criticidade climática, caracterizado pela combinação de estiagem prolongada, temperaturas elevadas e baixa umidade relativa do ar.

De acordo com análise técnica elaborada pelo Cemtec (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima), da Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), esse cenário tem intensificado de forma significativa o risco de ocorrência e propagação de incêndios florestais em diferentes regiões do Estado.

Conforme a análise do Cemtec, nos últimos dias, a atuação de um sistema de alta pressão atmosférica tem mantido o tempo estável, com céu claro a parcialmente nublado, ausência de chuvas e forte insolação.

As temperaturas máximas superaram os 38°C em diversas localidades, enquanto a umidade relativa do ar caiu para índices entre 8% e 15% em municípios como Amambai, Ponta Porã, Três Lagoas e Bataguassu. Valores abaixo de 30% já são considerados extremamente secos, favorecendo a propagação do fogo.

A situação é agravada pela ausência de precipitações significativas. Em Campo Grande, Coxim, Corumbá, Dourados, Ivinhema, Paranaíba e Três Lagoas, não chove de forma expressiva há mais de 37 dias. Porto Murtinho lidera o registro, com 94 dias sem acumular mais de 10 mm de chuva.

O monitoramento meteorológico do Cemtec mostra que, em municípios como Três Lagoas, Paranaíba e Coxim, as condições críticas persistem há pelo menos 13 dias consecutivos, com temperaturas acima de 30°C e umidade relativa inferior a 30%. Essa combinação forma o chamado “triângulo do fogo”, em que calor e ar seco criam ambiente altamente favorável à ignição e rápida propagação das chamas.

Para os próximos dias, os índices de perigo de fogo permanecem em nível extremo, situação que representa alta probabilidade de incêndios de difícil controle, mesmo com emprego de meios aéreos. Já as previsões sazonais apontam para continuidade das condições adversas. Entre outubro e dezembro de 2025, a tendência é de temperaturas acima da média e chuvas mal distribuídas, o que deve prolongar a vulnerabilidade ambiental.

A conclusão da análise é de que Mato Grosso do Sul enfrenta um cenário crítico, que exige atenção redobrada para medidas preventivas, estratégias de mitigação e fortalecimento da capacidade de resposta, de modo a reduzir impactos ambientais, sociais e econômicos associados aos incêndios florestais.

Fonte: Portal do MS