terça-feira, 21 de outubro de 2025

Família de noiva flagrada com padre em casa paroquial denuncia exposição nas redes

A família da noiva que apareceu em um vídeo com o padre Luciano Braga Simplício na casa paroquial de Nova Maringá (MT) registrou um boletim de ocorrência na segunda-feira (13) relatando o vazamento das imagens.

De acordo com a Polícia Civil, as filmagens foram compartilhadas de forma indevida e rapidamente se espalharam pela cidade, que possui pouco mais de cinco mil habitantes, além de viralizarem na internet. A ocorrência foi classificada como um “caso atípico”.

O boletim descreve que a divulgação ocorreu sem consentimento, e como se trata de um crime que depende de representação da vítima, mais detalhes não foram divulgados pelas autoridades.

A reportagem entrou em contato com a família da noiva, mas os envolvidos preferiram não comentar o caso. O vídeo mostra o padre Luciano, da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, com a noiva de um fiel dentro da casa paroquial, e rapidamente ganhou repercussão nas redes sociais.

As imagens registraram o momento em que um grupo de homens arrombou a porta do quarto e do banheiro da residência paroquial, após o religioso se recusar a abri-las.

Em seguida, a noiva foi encontrada chorando embaixo da pia do banheiro, cenário que intensificou a viralização do conteúdo. A divulgação do vídeo levantou questionamentos sobre a privacidade e a segurança dentro da própria paróquia, gerando repercussão na comunidade local e nas redes sociais.

Negativa de envolvimento do padre

A reportagem tentou contato com Luciano Braga Simplício, mas não obteve retorno até a última atualização da reportagem. Em um áudio compartilhado nas redes sociais, o padre negou qualquer relação íntima com a mulher e afirmou que ela apenas havia pedido permissão para usar o quarto e tomar banho.

Ele declarou que “ela pediu permissão apenas para usar o quarto e tomar banho”, tentando esclarecer sua versão sobre o episódio. O caso segue sob investigação, e a divulgação do vídeo permanece como ponto central do boletim registrado pela família da noiva, que busca responsabilizar os autores do vazamento.

Fonte: Portal Terra

Dourados sedia Seminário Regional de Trânsito e Mobilidade com 23 municípios

Com apoio da Prefeitura de Dourados, através da Agência Municipal de Transporte e Trânsito (Agetran), está acontecendo desde a tarde de ontem e segue na manhã desta sexta-feira (17), o Seminário Regional de Trânsito e Mobilidade: Construindo Cidades Mais Seguras. O evento acontece no auditório do Cest/Senat e reúne autoridades, conselheiros e representantes de 23 municípios da região da Grande Dourados.

O evento é realizado pelo Conselho Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul (Cetran-MS), seguindo direcionamentos do Programa Nacional de Trânsito (Pnatrans) e tem como objetivo fortalecer as políticas públicas de mobilidade e segurança viária. Participa também a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp).

O seminário propõe debates e trocas de experiências entre gestores e técnicos municipais, buscando soluções conjuntas para construir cidades mais seguras e humanas. A presidente do Cetran-MS, Regina Maria Duarte, coordena o evento e conduz as atividades gerais do seminário, que conta com uma série de palestras temáticas ministradas por conselheiros do órgão.

Entre os temas abordados estão os cicloelétricos e os processos recursais, apresentados por Alandnir Cabral da Rocha; veículos estrangeiros, com Marcelo Cansanção; educação para o trânsito, com Renan Soares Jr.; e mobilidade urbana, conduzida por Cristhian Lelis. O seminário, segundo os organizadores, reforça o compromisso do Governo de Mato Grosso do Sul e do Cetran-MS em promover a educação para o trânsito como pilar essencial para a preservação da vida.

Ao reunir especialistas e gestores locais, o evento se consolida como um importante espaço de integração regional e de construção de estratégias conjuntas voltadas à redução de acidentes e à conscientização de todos os cidadãos sobre a importância de um trânsito mais seguro, humano e solidário.

Participam do encontro representantes dos municípios de Amambai, Aral Moreira, Bela Vista, Caarapó, Caracol, Deodápolis, Douradina, Eldorado, Fátima do Sul, Glória de Dourados, Iguatemi, Itaporã, Itaquiraí, Jateí, Juti, Maracaju, Mundo Novo, Naviraí, Nova Alvorada do Sul, Rio Brilhante, Sidrolândia, Tacuru e Vicentina.

Fonte: Assecom

Número de trabalhadores por aplicativo cresce 25% e chega a 1,7 milhão no País

O número de pessoas que trabalham por meio de aplicativos cresceu 25,4% em 2024, na comparação com 2022. Nesse intervalo, o contingente de trabalhadores nessa condição passou de 1,3 milhão para quase 1,7 milhão. São 335 mil pessoas a mais.

Nesse período, houve também aumento de participação desses trabalhadores no universo da população ocupada – pessoas com 14 anos ou mais de idade que trabalham.

Em 2022, os trabalhadores por meio de aplicativos eram 1,5% dos 85,6 milhões de ocupados, proporção que alcançou 1,9% dos 88,5 milhões de ocupados em 2024.

Os dados fazem parte do módulo sobre trabalho por meio de plataformas digitais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgado nesta sexta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

De acordo com o analista responsável pela pesquisa, Gustavo Fontes, explicações para esse aumento podem passar pelo fato de esses trabalhadores conseguirem mais renda; além da flexibilidade que a modalidade permite.

“Essa possibilidade de a pessoa escolher os dias em que vai trabalhar, a jornada de trabalho, o local de trabalho, isso também pode ser um fator”, diz.

TIPOS DE APP

O IBGE considerou quatro tipos de aplicativos mais populares, sendo os de transporte a modalidade mais utilizada:  aplicativos de transporte particular de passageiros (excluindo táxi): 53,1% dos trabalhadores; aplicativos de entrega de comida, produtos etc.: 29,3%; aplicativos de prestação de serviços gerais ou profissionais: 17,8% ; aplicativos de táxi: 13,8%.

Na categoria serviços profissionais estão casos como designers, tradutores e até telemedicina, quando o médico usa a plataforma digital para captar pacientes e realizar consultas, por exemplo.

Do 1,7 milhão de trabalhadores, 72,1% têm a atividade classificada como operador de instalação e máquinas e montadores, que é, segundo o IBGE, a categoria que abrange os motoristas e motociclistas.

INFORMALIDADE

Enquanto na população brasileira ocupada, 44,3% dos trabalhadores são informais, entre os plataformizados, como chama o IBGE, esse percentual salta para 71,1%.

O IBGE considera informal situações como empregados sem carteira assinada e quem trabalha por conta própria, mas sem Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ).

Os pesquisadores identificaram os seguintes vínculos entre os plataformizados:  86,1% trabalham por conta própria
6,1% são empregadores; 3,9% são empregados sem carteira assinada; 3,2% são empregados com carteira assinada .

Um exemplo de empregador é o dono de um restaurante que vende refeições por meio de aplicativo.

A proporção dos conta própria entre os plataformizados é três vezes maior que na população ocupada como um todo (28,1%).

Em 2024, de todos os ocupados por conta própria, 5,7% trabalhavam por meio de plataformas digitais.

PERFIL DO TRABALHADOR

Ao traçar o perfil do trabalhador “plataformizado”, a Pnad identificou que 83,9% deles são homens, proporção bem acima do patamar no universo da população ocupada como um todo (58,8% são homens).

As mulheres somam 16,1% entre as plataformizadas e 41,2% na população ocupada brasileira.

O pesquisador Gustavo Geaquinto Fontes, responsável pelo estudo, associa a predominância masculina ao fato de os apps mais utilizados serem de entrega e transporte de passageiros:

“A ocupação de condutor de motocicleta é fortemente exercida por homens.”  Quanto à faixa etária, os pesquisadores identificaram que 47,3% dos trabalhadores por aplicativo têm de 25 a 39 anos, e 36,2% têm de 40 a 59 anos. 

Ao classificar os trabalhadores por escolaridade, seis em cada dez tinham ensino médio completo e superior incompleto:  médio completo e superior incompleto: 59,3% ;  superior completo: 16,6% ; fundamental completo e médio incompleto: 14,8%; sem instrução e fundamental incompleto: 9,3%

Concentração no Sudeste  – A pesquisa aponta que mais da metade (53,7%) dos plataformizados era da região Sudeste. Em seguida figuravam o Nordeste (17,7%), Sul (12,1%), Centro-Oeste (9%) e Norte (7,5%).

O Sudeste foi a única região em que a participação dos trabalhadores por app na população ocupada (2,2%) superava a média nacional (1,9%).

METOLOGIA

O levantamento do IBGE coletou informações no terceiro trimestre de 2024 e faz parte de um convênio com a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e o Ministério Público do Trabalho (MPT).

O instituto buscou informações apenas de pessoas que tinham os aplicativos como forma principal de intermediação de trabalho. Ou seja, quem faz um bico como motorista de aplicativo na hora vaga para complementar a renda não entrou no cálculo.

De acordo com Gustavo Fontes, essa exclusão não tira significância do levantamento.

“O universo dessas pessoas não é tão grande assim”, diz ele, contextualizando que pouco menos de 3% da população ocupada tem uma segunda atividade.

EXPERIMENTAL

O IBGE classifica a Pnad sobre trabalho por plataforma ainda como experimental, ou seja, em fase de teste e sob avaliação. O estudo não considerou plataformas de hospedagem, aluguel ou imóvel por temporada.

“A gente incluiu aquelas plataformas intensivas em trabalho”, justifica Fontes, antecipando que a pesquisa a ser realizada em 2025 trará informações sobre plataformas de comércio eletrônico.

ASSUNTO NO STF 

Há no Brasil um debate institucional sobre a relação entre motoristas e as plataformas digitais. A decisão sobre se há vínculo empregatício entre as partes está no Supremo Tribunal Federal (STF).

Representantes dos trabalhadores reclamam de precarização das condições de trabalho, enquanto as empresas negam existência de vínculo empregatício, posição defendida também pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

O presidente do STF, ministro Edson Fachin, prevê que a votação sobre o tema ocorrerá no início de novembro.

Fonte: Agência Brasil

‘25ª Marcha Para Jesus’ é neste sábado em Dourados

Com o tema ‘Que Ele Cresça’, o Conped (Conselho de Pastores de Dourados) e o Consepams (Conselho de Pastores do Mato Grosso do Sul), acontece neste sábado a 25ª Marcha para Jesus, em Dourados.

Esta edição conta com a participação da cantora Fernanda Brum, vencedora de diversos prêmios na música gospel, entre eles dois troféus do Grammy Latino de Melhor Álbum de Música Cristã em Língua Portuguesa. Entre as músicas mais conhecidas são; ‘O que sua Glória fez comigo’, ‘Cura me’, ‘Amo Senhor’ e ‘Espírito Santo’.

Outra participação é do pastor Jadson Moreno. Ele lançou seu primeiro EP em 2019 pela Gravadora Sony Music gospel e desde então vem participado vários projetos musicais. Atualmente congrega na Family Church em Goiânia-GO, pastoreado pelo pastor Mac Anderson, onde serve também como líder de adoração.

A programação da Marcha para Jesus tem início às 14 horas, com ministração de bandas de igrejas locais. Já as 17 horas está previsto a saída da Marcha com saída em frente da Polícia Ambiental (no Parque Arnulpho Fioravante).  Às 19 horas tem início o culto com o pastor Jadson Moreno e em seguida às 20h30 com a cantora Fernanda Brum.

Neste ano, a novidade é ‘Marchinha Kids’, um espaço especial para crianças, que serão monitoradas pelos ministérios infantis, que estarão logo no início do trajeto.

A expectativa da 25ª Marcha para Jesus é de atrair milhares de cristãos de diversas denominações evangélicas e de outras religiões, com a direção da nova diretoria do Conped, que tem como presidente o pastor Adriano Vieira, da igreja Paz e Vida.

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Crédito: João Pires

Elias Ishy solicita substituição de lonas das tendas da Feira de Artesanato

O vereador Elias Ishy (PT) encaminhou indicação à Prefeitura de Dourados solicitando a substituição das lonas das tendas da Feira do Artesanato, instalada no calçadão da Praça Antônio João.

O pedido foi apresentado durante a Sessão Ordinária da última segunda-feira (13) e atende à reivindicação dos feirantes que utilizam o espaço para expor e comercializar seus produtos.

Durante visita recente à feira, o parlamentar constatou que a maioria das lonas encontra-se rasgada e deteriorada pela ação do tempo, comprometendo as condições de trabalho e o atendimento ao público.

“A Feira do Artesanato é um importante meio de geração de renda para diversas famílias douradenses, além de valorizar o trabalho artesanal e fortalecer a economia solidária. Precisamos garantir as condições adequadas para que ela continue cumprindo esse papel social e econômico”, destacou Ishy.

No documento encaminhado ao prefeito Marçal Filho, com cópias aos secretários de Governo, Agricultura Familiar e Cultura, o vereador reforçou ainda que os feirantes aguardam há vários meses pela reposição do material, e que a substituição das lonas é uma medida necessária para assegurar melhores condições de estrutura e segurança durante as atividades.

Por fim, Elias Ishy solicitou atenção especial da administração municipal e agilidade no atendimento da demanda, em reconhecimento à relevância da feira para o desenvolvimento local.

Fonte: Assessoria

Prefeitura recupera floreiras nos canteiros centrais de Dourados

A Prefeitura de Dourados iniciou nesta semana um amplo projeto de revitalização das floreiras da região central, com o objetivo de deixar a cidade mais bonita, acolhedora e cheia de vida.

Ontem (16), o prefeito Marçal Filho acompanhou de perto os serviços realizados no canteiro entre as avenidas Marcelino Pires e Albino Torraca, um dos pontos mais movimentados da cidade.

É mais uma etapa da política de zeladoria implementada pela atual gestão, onde o cuidado com a cidade pode ser visto em todas as regiões. “Ainda temos muito o que fazer nesse desafio de resgatar a autoestima da população e despertar o orgulho de viver aqui, mas em 9 meses e meio já conseguimos mudar nossa cidade para melhor”, enfatizou o prefeito Marçal Filho.

O prefeito relembrou com saudosismo os tempos em que os canteiros eram floridos, bem cuidados e despertavam orgulho nos douradenses. “Essas floreiras nos canteiros centrais estavam completamente abandonadas”, constatou Marçal Filho.

“Agora estamos reconstruindo muretas, retirando matos e colocando flores e plantas ornamentais”, continuou. “Dourados é uma cidade linda e merece esse cuidado”, pontuou. “As grandes obras são importantes, mas os pequenos detalhes fazem toda a diferença na qualidade de vida das pessoas”, destacou o prefeito.

Ao todo, cerca de 20 floreiras na área central estão sendo restauradas. O trabalho inclui reparo de estruturas danificadas, nova pintura, limpeza e paisagismo com espécies ornamentais.

A revitalização das floreiras integra uma série de ações de embelezamento e valorização dos espaços públicos

A ação é coordenada pela Secretaria Municipal de Serviços Urbanos, que também realiza pintura de meios-fios e remoção de entulhos e materiais quebrados nos canteiros centrais.

“Além disso, estamos plantando mudas de ipês por todos os cantos da cidade e em breve eles começarão a florir, deixando nossa Dourados ainda mais bela”, comemorou o prefeito Marçal Filho.

O secretário-adjunto de Serviços Urbanos, Ângelo Augusto Gomes, ressaltou que a revitalização vai muito além da estética. “Queremos devolver à população um espaço agradável, que inspire cuidado e respeito pela cidade”, enfatizou. “Todo o trabalho será refeito com atenção aos detalhes, para que Dourados volte a ter orgulho de suas avenidas”, afirmou Ângelo Gomes.

A revitalização das floreiras integra uma série de ações de embelezamento e valorização dos espaços públicos. Recentemente, a Prefeitura concluiu a revitalização do Monumento ao Colono, na entrada da cidade pela Avenida Marcelino Pires. O local ganhou pintura nas cores originais, nova iluminação, jardinagem e paisagismo com arbustos floridos, transformando-se novamente em um verdadeiro cartão-postal de Dourados.

O sistema de iluminação dinâmica, que muda de cor conforme as campanhas de conscientização, simboliza o compromisso da gestão com uma cidade mais humana. Em setembro, o monumento brilhou em amarelo, pelo Setembro Amarelo, de conscientização de combate ao suicídio, e neste mês de outubro, está iluminado em rosa, em apoio à campanha Outubro Rosa, de combate ao câncer de mama e de colo de útero.

Fonte: Assecom

Amazônia abriga cerca de 55 milhões de árvores gigantes, revela pesquisa

Um estudo divulgado na terça-feira (14) pela revista britânica New Phytologist revelou, pela primeira vez, onde estão as maiores árvores da Amazônia. Com mais de 60 metros de altura, essas gigantes ajudam a manter o equilíbrio da floresta, armazenam carbono e são fundamentais para a biodiversidade.

O artigo, intitulado “Mapping the density of giant trees in the Amazon”, ou traduzido do inglês “Mapeando a densidade de árvores gigantes na Amazônia”, foi liderado pela Universidade do Estado do Amapá (Ueap) e realizado por uma equipe ampla de pesquisadores de outras instituições nacionais e internacionais.

O foco principal foi mapear e modelar a densidade de árvores gigantes em toda a Amazônia brasileira. Para isso, os cientistas utilizaram dados de sensoriamento remoto por LiDAR (Light Detection and Ranging), coletados entre 2016 e 2018 em 900 áreas da floresta, cada uma com cerca de 3,75 km².

Esses dados foram combinados com 16 variáveis ambientais, como clima, relevo, solo, incidência de raios e ventos, para construir um modelo de floresta aleatória (Random Forest), uma técnica de inteligência artificial que permite prever padrões com alta precisão.

Os resultados mostram que a distribuição dessas árvores é desigual: cerca de 14% estão concentradas em apenas 1% da área da Amazônia.

As maiores densidades foram encontradas em Roraima e do Escudo das Guianas — que inclui parte do estado do Amapá — onde há alta disponibilidade de água e baixa incidência de raios e ventos fortes.

Amazônia abriga atualmente 55 milhões de árvores gigantes, revela pesquisa — Foto: Ueap/Divulgação

Segundo Robson Lima Borges, pesquisador da Ueap, o estudo reforça como poucas árvores gigantes podem concentrar grandes estoques de biomassa e carbono acima do solo, o que as torna peças-chave no equilíbrio ecológico da floresta.

“O artigo é um importante desdobramento das pesquisas nossas sobre as árvores gigantes. Em especial, nossa pesquisa traz um importante insight que é sobre como poucas árvores grandes podem impactar diretamente os maiores estoques de biomassa e carbono acima do solo”, informou o pesquisador.

O estado do Amapá teve papel importante na pesquisa. Instituições como a Ueap e o Instituto Federal do Amapá (Ifap) participaram ativamente do estudo. Parte dos voos com sensores LiDAR foi realizada sobre áreas do Amapá, contribuindo para o mapeamento da vegetação local.

Com grande cobertura vegetal e baixa taxa de desmatamento, o território amapaense se destaca como uma das regiões com maior potencial de conservação da floresta, segundo o artigo.

O estudo identificou que fatores como temperatura amena, boa luminosidade, solo com alta retenção de água e baixa frequência de distúrbios naturais favorecem o crescimento das árvores gigantes. Já eventos extremos, como secas prolongadas, ventanias e descargas elétricas, aumentam a mortalidade dessas espécies.

O artigo científico está disponível na versão inglesa no site da revista New Phytologist.

Fonte: Portal G1

Lia Nogueira solicita revisão urgente dos valores do Tratamento Fora de Domicílio

Morador de Naviraí, José Ferreira conhece as dificuldades enfrentadas por quem precisa buscar tratamento médico fora do Estado.

Após nove anos em hemodiálise, ele realizou o primeiro transplante de rim em 2020. O procedimento não teve sucesso e, em 2023, foi necessário um novo transplante, realizado em São Paulo, onde segue em acompanhamento periódico.

Deficiente visual, José sempre viaja acompanhado da esposa, que o auxilia em todas as etapas do tratamento. Após o retransplante, permaneceu 90 dias na capital paulista para os cuidados iniciais e, desde então, precisa retornar a cada três meses para as revisões médicas. Cada deslocamento representa um desafio logístico e financeiro.

Segundo ele, o auxílio recebido pelo Tratamento Fora de Domicílio (TFD) não cobre as despesas básicas de alimentação e hospedagem. “O valor é muito baixo, não dá pra pagar hotel e nem comer direito. A gente compra uma marmita pequena e divide pra nós dois, porque não tem outro jeito”, relatou. José contou ainda que, em São Paulo, paga cerca de R$120 por noite em uma hospedagem simples.

“E nem é um lugar com conforto, é bem básico, mas é o que a gente consegue pagar”, completou. A situação é compartilhada por diversos pacientes sul-mato-grossenses que dependem do TFD para realizar tratamentos de média e alta complexidade em outros Estados.

Durante a sessão ordinária da Assembleia Legislativa, a deputada estadual Lia Nogueira (PSDB) apresentou uma indicação em que solicita ao Ministério da Saúde o reajuste urgente dos valores pagos pelo TFD, defasados há mais de duas décadas.

A parlamentar também pediu ao Governo do Estado de Mato Grosso do Sul que estude a possibilidade de complementar, com recursos próprios, os benefícios destinados aos pacientes enquanto não houver atualização federal.

Em sua justificativa, Lia destacou que o TFD é um instrumento essencial para garantir o acesso universal à saúde, assegurando o deslocamento de pacientes e acompanhantes quando o tratamento não está disponível em seu município de origem.

A deputada ressaltou que os valores atuais, definidos há mais de 20 anos, estão totalmente incompatíveis com o custo real de vida.

Atualmente, conforme portarias do Ministério da Saúde, o auxílio para alimentação sem pernoite é de R$8,40 e, nos casos com pernoite, de R$24,75.

Para Lia, isso compromete a dignidade humana dos pacientes e impõe condições precárias a quem já enfrenta enfermidades graves. “Estamos falando de pessoas que precisam se deslocar centenas de quilômetros para buscar atendimento. É urgente que o Governo Federal atualize essa tabela e que o Estado avalie formas de garantir uma complementação justa, até que essa correção aconteça”, afirmou a parlamentar.

Lia Nogueira finalizou dizendo que a atualização da tabela do TFD representa mais do que uma questão administrativa. É uma medida de respeito aos cidadãos que lutam diariamente pelo direito de receber tratamento digno e adequado, independentemente do local onde vivem.

Fonte: Assessoria