sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

Toco de árvore incendeia sozinho e intriga morador em Dourados

“Nos meus 78 anos de vida nunca vi algo parecido!”

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Combustão espontânea assustou proprietário da área de lazer Recanto das Águas (Foto: João Pires/Estado Notícias)

Proprietário de uma área de lazer em Dourados levou um baita susto após presenciar um incêndio espontâneo de um toco de uma árvore cortada há 2 anos em seu estabelecimento, localizado na região do Jardim Canaã 3.

O fato aconteceu nesta quinta-feira (23), enquanto o empresário fazia uma poda de grama próximo a uma pequena represa, onde existem mais duas “falsas seringueiras”, mesma espécie da arvore cortada que originou o fogo.

Aposentado, João Pires de Almeida, 78 anos, conta que por volta das 9 horas da manhã enquanto podava o gramado percebeu uma fumaça branca no toco e antes que o fogo se propagasse pisou sobre os galhos para evitar as chamas. No entanto, segundo o seu João, para sua surpresa por volta das 15 horas a fumaça retornou e, logo vieram as chamas. (assista o vídeo abaixo).

A CIÊNCIA EXPLICA

O Estado Notícias conversou com a bióloga e professora, Letícia Mariana de Souza, que comentou o fenômeno. Ela explica que incêndios espontâneos são típicos em vegetação de cerrado, como em nossa região, muito comum nos períodos de calor e tempo seco.

Para a bióloga, uma bituca de cigarro ou uma simples fagulha de brasa que se propaga no ar pode originar um incêndio, fato que pode ter ocasionado o fogo em questão, tendo em vista que o proprietário da área de lazer estava fazendo a poda da grama com uma roçadeira mecânica. “A fagulha pode ter sido gerada pelo atrito do metal com alguma pedrinha e isso foi o suficiente para entrar em combustão”, afirmou.

Letícia alerta ainda aos danos causados por incêndios florestais neste período, considerando que em Mato Grosso do Sul existem espécies nativas de vegetação que só existem na nossa região. “O cerrado é um bioma ameaçado, por isso que temos que redobrar os cuidados com o meio ambiente, ainda mais por conta que temos uma grande área de lavoura que resultou na extinção da vegetação nativa e a fauna”, enfatizou.  “Qualquer atrito, até mesmo de uma pedra pode gerar incêndio de grandes proporções”, alertou a professora.

Crédito: João Pires

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