segunda-feira, 29 de dezembro de 2025

Com audiência na ALEMS, projeto sobre motoristas de aplicativos deve ser alterado

Deputado Paulo Duarte conduziu os trabalhos, que contou com a participação de motoristas de aplicativos, representantes desses trabalhadores de diversos estados

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Deputado Paulo Duarte, também propositor, conduziu os trabalhos (Foto: ALMS)

Com votações previstas para serem encerradas antes do recesso parlamentar, o Projeto de Lei Complementar (PLP) 12/2024, que trata sobre motoristas de aplicativos, deve sofrer novas alterações na Comissão de Indústria, Comércio e Serviços, da Câmara Federal.

O relator do PLP nessa comissão, deputado Augusto Coutinho (Republicanos/PE), afirmou que irá considerar as sugestões e críticas apresentadas durante audiência pública, realizada na tarde de quarta-feira (29) na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul (ALEMS).

A audiência, proposta pelos deputados estaduais Gerson Claro (PP), presidente da ALEMS, e Paulo Duarte (PSB), contou com a participação de integrantes da bancada federal do Estado, os deputados Beto Pereira (PSDB) e Marcos Pollon (PL).

Ao abrir a reunião, o deputado Gerson Claro deu as boas-vindas a todos e agradeceu a presença do parlamentar pernambucano. “Quando recebemos alguém em nossa casa, e a Assembleia é a Casa do povo, recebemos bem, mesmo quando não concordamos com as suas ideias”, afirmou o presidente do Parlamento sul-mato-grossense. Esta foi a primeira audiência que teve a presença do relator.

O PLP 12/2024, que começou a tramitar em março deste ano na Câmara Federal, está sob a análise das comissões, devendo ter a votação encerrada antes do recesso parlamentar, em 17 de julho.

O projeto dispõe sobre “a relação de trabalho intermediado por empresas operadoras de aplicativos de transporte remunerado privado individual de passageiros em veículos automotores de quatro rodas e estabelece mecanismos de inclusão previdenciária e outros direitos para melhoria das condições de trabalho”. Na audiência desta tarde, as discussões se centraram no Substitutivo do projeto, apresentado por Augusto Coutinho.

Plenário ficou lotado durante audiência pública, que discutiu projeto que trata sobre a regulamentação do trabalho dos motoristas de aplicativo (Foto: Wagner Guimarães)

A reunião contou com a participação de motoristas de aplicativos, representantes desses trabalhadores de diversos estados brasileiros, como Rio de Janeiro, São Paulo, Goiás, a representante da Frente dos Motoristas dos Aplicativos de Mato Grosso do Sul, Priscila Luz, a vice-procuradora-chefe, representante do Ministério Público do Trabalho (MPT/MS), Rosimara Delmoura Caldeira, entre outras autoridades e interessados no assunto.

Na proposta, constante no relatório, é estabelecida uma taxa média máxima. “Se, por exemplo, a plataforma informa que o limite de sua taxa é de 20%, ao final de um mês o motorista terá garantido que não mais que 20% de todo o valor recebido em viagens serão pagos ao aplicativo”, disse. As operadoras também precisarão compensar os motoristas em caso de viagens canceladas pelos passageiros após o início do deslocamento.

O relatório também estabelece que o motorista será considerado contribuinte individual e sua contribuição será calculada mediante a aplicação da alíquota de 7,5% sobre seu salário de contribuição, observado o limite máximo do Regime Geral de Previdência Social (RGPS).

Outro ponto diz respeito à proposta de financiamentos pelo Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) para aquisição de veículo novo, com taxa de juros anual máxima igual à taxa do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), acrescida de 2% e prazo de até 60 meses para o pagamento ou R$ 135 mil, o que for menor.

Fonte: ALMS

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