Durante oito anos, Priscilla foi apresentadora do programa infantil “Bom Dia & Cia”, do SBT. Em 2013, ela largou a TV para se dedicar à carreira musical. De lá para cá, cantou estilos como gospel, pop, R&B, soul e, principalmente, gospel.
Agora, aos 29 anos, a cantora vive uma fase sua fase menos gospel.
Seu último álbum, “Priscilla” (2024), reúne referências de funk, trap e pop, além de parcerias com Péricles, Pabllo Vittar e Bonde do Tigrão. É justamente essa Priscilla que veremos no The Town deste sábado (13), no palco The One, às 17h. Relembre a seguir a trajetória da artista:
Gospel de criança e adolescente
O primeiro álbum de Priscilla foi lançado em 2009, quando ela tinha 12 anos e ainda era conhecida como Priscilla Alcântara — sobrenome que abandonaria em 2023. Chamado “O Início”, o disco tem músicas cristãs infantis. O segundo álbum, “Meu Sonho de Criança (2010)” seguiu o mesmo conceito.
A primeira mudança musical veio em 2013, quando ela apostou em um gospel adolescente. “Pra Não Me Perder” (2013) exalta o Deus cristão ao som de pop rock.
Sucesso na música
“Espírito Santo” foi o primeiro grande hit de Priscilla. A faixa faz parte do álbum gospel “Até Sermos Um” (2015).
Três anos depois desse disco, veio a fase mais bombada da cantora. O álbum “Gente” (2018) emplacou hits como “Liberdade” e “Me Refez”. Nessa época, a cantora começou a ir além do gospel, explorando também elementos de eletrônica, R&B e soul.
Embora vivesse uma crescente onda de sucesso, Priscilla também começou a ser criticada por parte de seus fãs. Muitos estavam irritados com as letras da cantora. Consideravam os versos muito íntimos e pouco devotos ao Deus cristão.

Afastamento gospel
Em 2019, a cantora disse ao g1 que não se considerava uma cantora gospel: “Eu não me considero uma cantora gospel. O que seria isso? Uma pessoa que só canta o quê? Não tenho preconceito com o termo, é mercadológico, mas a minha arte vai muito mais além”.
Na entrevista, a artista não quis falar muito sobre as igrejas evangélicas no Brasil. E declarou: “Jesus tem, sim, sido bem representado, mas tem uma parte do fã-clube que dá umas mancadas”.
Dois anos depois, em 2021, ela lançou “Você Aprendeu a Amar?”, álbum em que abordou temas como paixão, desilusões amorosas e críticas à hipocrisia de alguns religiosos.
Ao falar sobre a faixa “Boyzinho”, Priscilla afirmou: “Compor sobre romance, sobre término, sobre celebração e curtição sempre foi algo que esteve comigo, porque é parte da experiência humana. Eu sou crente, mas eu também sou gente. Então, sempre esteve comigo, só cheguei no momento de compartilhar essas composições agora com o meu público”
“De forma alguma nesta mudança de gênero musical, eu vou me mudar ou me transformar em algo que altera a minha identidade.”
Sem Alcântara
A maior transformação na carreira de Priscilla veio em 2023. A cantora abandonou o sobrenome “Alcântara”, mudou o visual — com cabelos vermelhos e tatuagens — e passou a apostar em performances mais ousadas.
As mudanças desagradaram parte do público mais conservador, que interpretou a nova fase como um afastamento de Deus. Mas ela rebateu, dizendo que não se desviou de suas crenças, mas sim do fanatismo religioso.
Fonte: Portal G1