segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Pedal Cultural convida comunidade para conhecer a história de Campo Grande

A programação faz parte da 16ª Semana de Museus, em comemoração ao Dia Internacional de Museus, no dia 18. Leia mais...

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Assessoria

 

A municipalidade restaurou completamente a sede da Fazenda Bálsamo (Foto - Romeu Luz)

 

Conhecer o Patrimônio Cultural de Campo Grande andando de bicicleta é o objetivo do Pedal Cultural, encontro de ciclistas gratuito que ocorre no dia 19 de maio, sábado, com saída as 7h30 em frente à Escola Estadual José Barbosa Rodrigues, Rua Elesbão Murtinho, 856, bairro Universitário. A programação faz parte da 16ª Semana de Museus, em comemoração ao Dia Internacional de Museus (18 de maio) e não precisa de inscrição, basta comparecer ao local da concentração.

 

O trajeto inclui pontos como a antiga Olaria de Manuel Secco Thomé, a Cerâmica Aparecida, no Jardim das Perdizes, com encerramento no Museu José Antônio Pereira, na Avenida Guaicurus. Além destes pontos, os ciclistas vão ter percepção da região em relação às necessidades de intervenções públicas como, por exemplo, implantação de ciclovias para oferecer mais segurança para quem opta por este tipo de transporte.

 

“Será um momento de lazer e reflexão sobre a história de Campo Grande, com destaque para o museu municipal. Também vamos explorar patrimônios desconhecidos, como a Cerâmica Aparecida, antiga olaria no Jardim das Perdizes onde existe uma chaminé cercada de significado para o desenvolvimento da cidade”, explica Eduardo Romero.

 

O evento é realizado pelo mandato do vereador Eduardo Romero, com apoio da prefeitura por meio da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Sectur) e Museu José Antônio Pereira, com parcerias da Fundação Ueze Zahran, Centro Cultural e Tecnológico Manoel Secco Thomé, Grupo Escoteiro Lobo Guará e Instituto Brasileiro de Museus (Ibram).

 

‘Considerando que nós estamos na 16ª Semana de Museus, esse evento vem para que possamos popularizar a cultura e unir com uma atividade esportiva sustentável é maravilhoso, usando a bicicleta como meio de locomoção para contemplar a natureza e conhecer ainda mais história de Campo Grande’, destaca a secretária da Sectur, Nilde Brum.

 

HISTÓRIA DA INDÚSTRIA DE MS

 

No período de 1930 o construtor Manuel Secco Thomé construiu uma olaria na Rua José Domingos, região próxima ao Córrego Lageado, atualmente bairro Jardim das Perdizes e Recanto dos Rouxinóis. Telhas, tijolos, além de utensílios domésticos, tais como, moringas, vasos e bebedouros ali produzidos na Cerâmica Aparecida fazem parte da história do Complexo Industrial da família.

 

Contribuições também em obras públicas importantes como o monumento Obelisco, a Agência de Correios e Telégrafos na Rua Calógeras, o prédio atrás da sede da 30ª Circunscrição do Serviço Militar (atual SESC Cultura) e o complexo militar na Avenida Duque de Caxias, a Santa Casa de Misericórdia na Avenida Mato Grosso, a base do Relógio da 14, além de outras obras como o Hotel Colombo, os Cines Santa Helena, Alhambra e Rialto, Leprosário São Julião, Educandário Getúlio Vargas e diversos prédios no Estado de Mato Grosso, inclusive a primeira ponte de concreto feita no Estado, sobre o rio Taquari, em Coxim.

 

FUNDADORES DE CAMPO GRANDE

 

De acordo com a Sectur, o Museu José Antônio Pereira está instalado na Fazenda Bálsamo, terra doada pelo fundador da cidade a um dos seus filhos, Antônio Luiz Pereira. A pequena casa de pau-a-pique, o monjolo, o silêncio entre as antigas árvores e até mesmo em carro de boi nos remetem ainda à saga construída pelos pioneiros desbravadores do sertão.

 

Para festejar o centenário da emancipação administrativa de Campo Grande, a municipalidade restaurou completamente a sede da Fazenda Bálsamo, com seu monjolo e carro de boi, conjunto tombado como patrimônio Histórico e Cultural da Cidade. No local, o visitante pode apreciar uma escultura de sólida rocha criada pelo artista plástico Índio, um dos ícones da arte sul-mato-grossense, em homenagem ao fundador da futura Capital. A escultura representa a família de Antônio Luis Pereira, sua esposa Ana Luiza e sua filha Carlinda Pereira, antigos moradores do lugar que doaram o prédio à Prefeitura em 1966.

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