quinta-feira, 31 de outubro de 2024

É hoje a Audiência Pública em Dourados com o tema “Luta e Resistência do Povo Negro”

Evento realizado na Câmara Municipal é uma demanda apresentada pelo Comafro com proposição do vereador Elias Ishy

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Assessoria

 

Audiência pública será realizada hoje (Foto: Divulgação)

 

Uma Audiência Pública a ser realizada às 19h desta terça-feira, dia 27, na Câmara Municipal tem como tema a “Luta e Resistência do Povo Negro”. No ano passado, neste mesmo período, foi realizada uma atividade como esta, com vários encaminhamentos. Um deles era a reativação do Conselho Municipal de Defesa e Desenvolvimento dos Direitos dos Afro-Brasileiros – Comafro, o grande apoiador deste evento.

 

Com proposição do vereador Elias Ishy (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos, o objetivo é o de compreender a atual conjuntura em que vivemos, fortalecendo as ações enquanto Movimento e também em alusão ao mês da Consciência Negra. “Diante das adversidades e dos muitos desafios que enfrentamos no Brasil, como na luta pela democracia e no combate ao racismo é preciso muita sabedoria e resistência democrática”, afirma.

 

A palestrante será a Conselheira Estadual dos Direitos do Negro e Coordenadora do Fórum Permanente das Entidades do Movimento Negro de Mato Grosso do Sul, Romilda Neto Pizani. O vereador lembra que são grandes os desafios até hoje, após a abolição da escravatura, como a luta contra o preconceito, a desigualdade e ressalta grandes personagens, como o Zumbi dos Palmares, um dos maiores líderes negro, que lutou pela libertação do seu povo e contra o sistema escravista.

 

Para ele, não é preciso ir tão longe à história, pois recentemente tivemos o caso do assassinato da vereadora Marielle Franco, no Rio de Janeiro. “Infelizmente o Brasil ainda é um dos países que mais matam negros e onde querem silenciá-los”, diz Ishy. Ele explica que o racismo repercute em muito essa violência.

 

Dados do Mapa da Violência de 2014, com informações desde 1998, mostram que 63 jovens negros são assassinados por dia no país, um a cada 23 minutos. Mesmo após 130 anos, portanto, eles ainda travam uma luta em prol da igualdade e da justiça social. Para o Comafro, portanto, resistir para o negro às vezes é estar vivo. “É o que vamos fazer aqui hoje: pensar e continuar resistindo. Estarei sempre aberto para a construção de políticas públicas que possam colaborar com o Movimento Negro”, conclui o parlamentar.

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