João Pires

Além dos postos de combustíveis fechados por conta da greve dos caminhoneiros, os douradenses agora enfrentam a falta do gás de cozinha. O botijão até ontem (25) estava sendo vendido em torno de R$ 80, porém, na maioria dos pontos de revenda os estoques acabaram no período da tarde.
A reportagem do Estado Notícias entrou em contato com seis distribuidoras em Dourados e segundo os proprietários a falta do gás atinge todas as empresas.
De acordo com o empresário Florisvaldo Pires, dono de uma revendedora da Copagaz, no centro da cidade, a falta do produto também tem prejudicado outros setores, principalmente hospitais que dependem do gás industrial para manter alguns equipamentos e refeições aos pacientes.
O empresário afirma que outros municípios também já sentem o reflexo das paralisações dos caminhoneiros, como Caarapó, Juti, Deodápolis, Rio Brilhante, Fátima do Sul, Itaporã e Douradina. “Os caminhões vazios que transportam os botijões nem se arriscam chegar nas distribuidoras e outros carregados estão parados nos bloqueios”, explicou.

RESTAURANTES
O reflexo da falta do gás também já preocupa donos de restaurantes e lanchonetes. Segundo o empresário Marcelo Barros, proprietário de uma marmitaria próximo ao BNH 2º Plano, o seu estoque de gás só mantém os serviços até quarta-feira, considerando que o uso de botijões industriais. “Quem utiliza os botijões P-13 já devem estar com suas entregas comprometidas”, comentou.
De acordo com o empresário, esta semana as vendas de marmitas aumentaram, resultado da economia no consumo. “Muitos estão optando pelas entregas ou refeições em restaurantes para economizar o gás em casa”, considerou.
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A greve nacional dos caminhoneiros completa cinco dias nesta sexta-feira. Em Mato Grosso do Sul existem 37 pontos de paralisação em rodovias federais. Ontem, o Governo Federal fechou acordo com alguns líderes sindicais, porém a maioria dos caminhoneiros optou em manter os protestos por não se sentirem representados pelos sindicatos.