João Pires
Pelo menos 150 estudantes do curso de licenciatura em Educação no Campo da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) ocupam o prédio da Reitoria, localizado na Vila Progresso, desde as 8 horas desta segunda-feira (07), em Dourados. Alguns alunos estão acampados em barracas de camping no pátio da instituição, onde fazem inclusive refeições e reuniões.
Eles protestam contra fim dos benefícios do Pro Campo em todas as etapas de aprendizado, como hospedagem, transporte, alimentação e ainda a continuidade do vestibular que garante a permanência do curso na grade da Universidade.
Segundo os estudantes, como o Educação no Campo é realizado em sistema de alternância, é fundamental que estes recursos permaneçam, já que os 194 alunos matriculados são na maioria de outras cidades do Estado. “Ficamos 45 dias em nossas cidades e 15 dias em Dourados, muitos casos ocorre até mães que trazem seus filhos juntos”, disse Gabriela Natália Andrade, uma das coordenadoras do movimento.
Ela explica que até esta etapa do curso os alunos estão recebendo os benefícios, mas já foram informados que os recursos foram cortados. Também afirma que a instituição disponibilizou para alguns alunos uma bolsa auxílio de R$ 300, porém insuficiente para arcar com todas as despesas. “A base do nosso curso está se perdendo, por isso estamos manifestando e ocupando o prédio da Reitoria, pois, se perdermos estes recursos e não for autorizado o vestibular, o curso se acaba”, considera.
Andrade afirma ainda que ocorreu uma assembleia com a reitoria no dia 31 de junho, onde foram informados que antes do dia 23 de agosto não teriam uma reposta quanto ao vestibular e que também não existe recurso nenhum para garantir as próximas etapas.
A reportagem do Estado Notícias entrou em contato com a assessoria de comunicação da UFGD, que se comprometeu enviar nota à imprensa sobre o assunto.
