sábado, 6 de dezembro de 2025

Após acordo de paz, Israel vive expectativa de libertação de reféns

Famílias aguardam há dois anos pela volta das vítimas sequestradas por terroristas. Acordo prevê libertação de todas as vítimas em até 72 horas após o início do cessar-fogo.

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Cessar-fogo entra em vigor na Faixa de Gaza

Famílias israelenses aguardam pela volta dos reféns sequestrados pelo grupo terrorista Hamas há dois anos e que devem ser finalmente libertados nas próximas horas. Ao todo, 48 pessoas seguem em poder do grupo, sendo que 20 estão vivas.

Pelo acordo de paz aprovado na quarta-feira (8), o Hamas tem até 72 horas, a partir do início do cessar-fogo, para libertar todos os reféns. O prazo termina às 6h de segunda-feira (13), pelo horário de Brasília.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse acreditar que as vítimas retornarão a Israel na segunda-feira. Há, porém, a possibilidade de que os sobreviventes sejam libertados ainda no fim de semana.

A principal dúvida está em relação aos corpos dos reféns que morreram nas mãos dos terroristas. O Hamas alega não saber onde estão os restos mortais e pediu mais tempo para concluir a operação. Segundo a imprensa israelense, oito corpos estão desaparecidos.

Para resolver o impasse, a Turquia anunciou a criação de uma força-tarefa com autoridades estrangeiras para ajudar o Hamas a localizar os corpos em diferentes áreas da Faixa de Gaza. As buscas terão apoio de Israel, Estados Unidos, Catar e Egito.

Em Israel, o clima é de comoção. No dia do anúncio do cessar-fogo, Einav Zaugauker, mãe de um refém, foi até uma praça de Tel Aviv dedicada aos sequestrados para comemorar.

“O que eu vou dizer para ele? O que vou fazer? Abraçar e beijar”, disse sobre o reencontro com o filho. “Só quero dizer que o amo, só isso. E ver os olhos dele se encontrarem com os meus… Vai ser demais, um alívio.”

Neste sábado (11), familiares de reféns farão um pronunciamento conjunto em frente a um quartel das Forças de Defesa de Israel, em Tel Aviv. Durante os dois anos de guerra, as famílias realizaram várias manifestações para pressionar o governo a trazer as vítimas de volta para casa.

Ainda não está claro como será a operação de entrega dos reféns. Nas duas últimas tréguas da guerra, quando o Hamas libertou apenas parte dos sequestrados, as vítimas foram entregues à Cruz Vermelha e, depois, levadas a Israel por militares.

▶️ A guerra entre Israel e o Hamas começou em 7 de outubro de 2023, quando os terroristas lançaram um ataque que resultou na morte de mais de 1.200 pessoas e no sequestro de outras 251. De lá para cá, mais de 60 mil palestinos morreram em Gaza, segundo dados de autoridades ligadas ao Hamas.

Fonte: Portal G1

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