G1/MS

Depois do surto de H1N1 que suspendeu aulas e mudou a rotina de Naviraí, o município incluiu profissionais da educação no grupo prioritário para a vacinação contra a gripe A. A lei que oficializa a medida foi publicada no Diário da Assomassul (Associação dos Municípios de Mato Grosso do Sul) na edição desta quinta-feira (4).
Aprovada pela Câmara Municipal e sancionada pelo prefeito, a lei nº 2009, de 3 de agosto de 2016 determina que servidores da educação lotados nas unidades educacionais do município, como creches e escolas públicas e particulares, fazem parte do grupo de risco que tem direito à vacinação gratuita, assim como voluntários e profissionais de apoio que lidam com crianças e adolescentes em instituições de ensino da cidade.
A medida se estende para servidores da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) e outras instituições semelhantes. O texto da lei diz que caberá às autoridades da área de saúde do município e responsáveis pelo processo de vacinação cumprir a lei.
A vacinação dos profissionais da educação será operacionalizada pelo órgão municipal que poderá
fazer convênios e parcerias para cumprir a lei. A medida vale para as próximas campanhas de vacinação.
Segundo dados do último boletim sobre a doença, divulgado nessa quarta-feira (4), no município há, desde o início de 2016, foram feitas 90 notificações de gripes graves, sendo 36 confirmadas de H1N1, com 7 óbitos pela doença.
Surto
O município enfrentou um surto de H1N1 no final de maio de 2016 e algumas medidas de prevenção mudaram a rotina da população. Em hospitais, as visitas chegaram a ser proibidas e o uso de máscara se tornou comum entre os moradores.
As férias escolares também foram antecipadas para evitar a aglomeração de crianças e professores em sala de aula e as aulas na universidade foram canceladas.
Audiências também foram suspensas pelo juiz do município, que possui atualmente 51.535 habitantes, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O comércio teve aumento na procura de máscaras e álcool em gel e esses produtores chegaram a ficar em falta.
A população se assustou com a gripe A em maio, depois de registrar 7 mortes provocadas pela doença. Em junho, a prefeitura comprou doses extras de vacina contra o vírus H1N1 para atender os grupos prioritários e profissionais da educação.