Bombardeios na Faixa de Gaza nesta quinta-feira (15) deixaram mais de 100 mortos no território palestino, afirmou o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas.
Foi o maior número de mortos em um só dia desde que Israel voltou a atacar a Faixa de Gaza, em março.
Os ataques ocorreram na cidade de Khan Younis, no extremo sul de Gaza, durante a madrugada desta quinta-feira (15). Um cinegrafista da Associated Press em Khan Younis relatou dez bombardeios e diversos corpos sendo levados ao necrotério do Hospital Nasser, que fica na cidade.
Entre os mortos, estava um jornalista da emissora de televisão catari Al Araby TV, anunciou a rede em suas redes sociais, informando que Hasan Samour foi morto junto com 11 membros de sua família.
Os ataques ocorrem enquanto o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, visita o Oriente Médio, passando por países do Golfo, mas não por Israel.
Havia uma grande expectativa de que a visita regional de Trump pudesse abrir caminho para um acordo de cessar-fogo ou a renovação da ajuda humanitária para Gaza. O bloqueio israelense ao território já dura três meses.
Foi a segunda noite de bombardeios intensos, após ataques aéreos na quarta-feira (14) no norte e sul de Gaza que mataram pelo menos 70 pessoas, incluindo quase duas dezenas de crianças.
Ataques intensificados
Israel intensificou os bombardeios na Faixa de Gaza nas últimas horas e matou ao menos 80 pessoas entre terça (13) e quarta-feira, segundo a Defesa Civil palestina. Entre os mortos estão 22 crianças, segundo o Ministério da Saúde de Gaza.
Um balanço da Saúde de Gaza disse que ainda havia várias vítimas sob os escombros e nas ruas. Mais de cem ficaram feridos pelos ataques, segundo a pasta.
Médicos locais afirmaram que a maioria das vítimas desta quarta-feira, incluindo mulheres e crianças, morreu em decorrência de uma série de ataques aéreos israelenses que atingiram várias casas na região de Jabalia, no norte de Gaza.
A escalada dos ataques ocorre em meio a falas do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de que seu Exército “completará a ofensiva” contra o Hamas com “força total”.
Os ataques também ocorrem dias após a libertação de Edan Alexander, refém americano-israelense que estava sob o poder do Hamas desde outubro de 2023 em Gaza.
O Exército israelense não se pronunciou sobre os bombardeios desta quarta-feira desde a última atualização desta reportagem.
Outro ataque aéreo de Israel na terça-feira, ao Hospital Europeu em Khan Younis, no sul do território palestino, matou ao menos 16 pessoas e deixou mais de 70 feridos.
Explosões foram ouvidas novamente no local nesta quarta. O Exército israelense afirmou que esse ataque tinha como alvo um “centro de comando do Hamas” que funciona abaixo do local. O grupo terrorista negou.
Fonte: Portal G1