Biólogos e veterinários estão fazendo uma varredura para avaliar o impacto do fogo na fauna do Pantanal.
A jararaca busca abrigo em baixo do carro. As emas procuram comida no solo acinzentado. A sucuri morreu tentando fugir das chamas, assim como o jacaré.
“Os animais estão com o escore corporal ok, não apresentam características de queimadura. Então, eles já estão sofrendo o estresse da pressão ambiental do incêndio florestal. Quando você tenta usar da técnica, por exemplo, de afugentamento, ao invés de remover ele dá área onde está acontecendo o incêndio, você pode empurra-lo para a área de incêndio”, diz Paula Helena Santa Rita, bióloga e médica veterinária.
Ibama, Instituto Homem Pantaneiro e universidades são algumas das instituições que fazem parte de um grupo especializado no atendimento a animais silvestres tanto no Cerrado quanto no Pantanal. Por conta do fogo que consome o bioma, eles estão concentrados na procura por animais que estão debilitados e precisam de algum tipo de ajuda.
“Ver se esse animal precisa de alguma remoção. Mas, primeiramente, ver o que está acontecendo com o animal. Se ele está bem, se ele está se locomovendo. Caso tenha alguma debilitação dele, esteja muito machucado, é feita a remoção desse animal com todo aporte dos veterinários, dos biólogos, para o CRAS em Campo Grande”, fala o biólogo Wener Hugo Arruda Moreno.
Drones mostram o Pantanal do alto. No primeiro dia de buscas, muitos animais mortos e uma preocupação.
“A gente já consegue perceber que essas espécies acabaram se espantando com o fogo e acabaram saindo daqui. A gente não tá conseguindo visualizar. Com essa deslocação dessas espécies, elas podem acabar enfrentando por território. Então, isso pode gerar um problema futuro”, conta a médica veterinária Mariana Queiroz.
Fonte: Portal G1