Diário Digital

Hoje (3), a Casa da Mulher Brasileira celebra um ano de funcionamento. Cerca de 63.833 casos foram atendidos, sendo que 11.070 são mulheres. Esse número tende crescer ainda mais, mas não por conta dos casos de violência terem aumentado e sim pelas mulheres se sentirem mais seguras e protegidas para denunciar. “Houve uma mudança de comportamento das mulheres, antes depois da 9º agressão que elas viam pedir ajuda, hoje, ao serem ameaçadas ou sofrerem alguma injuria elas já buscam o atendimento na casa.” Fala Angela Rafaela Vilas Boas, gestora da casa.
Para celebrar esse um ano de funcionamento da casa, foi inaugurado na manhã dessa quarta-feira dois projetos que funcionarão dentro da Casa da Mulher Brasileira e a implantação da base da Polícia Militar. Um dos projetos é o sistema Iris, que irá informatizar o sistema, antes a mulher que ia a casa fazer o seu relato, precisava repetir várias vezes conforme ia passando pelos serviços.
Com a informatização ela relata uma única vez, o sistema está interligado com todos os serviços da casa. “Antes a mulher ter que repetir várias vezes, fazia com que ela sofresse novamente relembrando da agressão, o sistema agora vai integrar com o resto dos serviços, assim ela relata uma única vez” afirma Leyde Pedroso, secretária municipal de política para mulher. Outro projeto é o Liberta Mulheres que tem parceria com a Fundação Social do Trabalho (Funsat). Esse projeto seleciona 50 mulheres que estão em alguma medida protetiva, desempregadas e que estão sendo amparadas pela casa.
Por seis meses essas mulheres recebem um salário mínimo, cesta básica e vale transporte para frequentar um curso de qualificação profissional. As mulheres já foram selecionadas e vão começar a receber o beneficio e a fazer o curso agora nesse mês.
A implantação da base da Polícia Militar, possui uma equipe com 4 policias que se revezam entre si. O objetivo da PM é contribuir com a segurança e cumprir as normas da casa. Isso inclui não deixar os agressores transitar pelo local, o que ocorria antes da chegada da PM que está na casa desde o dia 3 de janeiro. “Além da segurança da vítima, precisamos ter o social também”, fala a coordenadora de patrulha da guarda, Michelle Capezani.
Durante esse um ano houve também o reforço da Guarda Municipal, com 25 agentes no comando da guarda. Desde março de 2015 a fevereiro de 2016 3.421 mulheres foram atendidas. Esse atendimento é fazer a segurança das mulheres desde que saem de casa até voltar em suas residências. A guarda está a disposição dessas mulheres 24h por dia.