G1 MS

Um casal foi preso suspeito de envolvimento na morte do investigador Wescley Dias Vasconcelos, de 37 anos, ocorrida no dia 6 de março, em Ponta Porã, região de fronteira com o Paraguai. Ao G1, o delegado Clemir Vieira, disse que o homem de 53 anos e a mulher dele, de 29, foram flagrados no Paraguai, com armas.
“As prisões foram decorrentes da investigação sobre a morte do policial. Agora devemos apontar qual a possível participação deles neste crime”, disse o delegado.
A prisão do casal contou com a ajuda da polícia paraguaia e foi feita na tarde de segunda-feira (26). Policiais da Delegacia Especializada de Repressão à Homicídios (DEH) estiveram em diversos locais fazendo buscas e apreenderam um veículo de luxo, aparelhos celulares e uma pistola 9 milímetros.
Durante as buscas, a força-tarefa que está no município de Ponta Porã atuando na investigação da morte de Wescley, apreendeu um arsenal de armas e prendeu um policial militar. O servidor foi transferido para a capital sul-mato-grossense e responde a processo administrativo, além do indiciamento.
Também durante a investigação sobre a execução, a polícia apreendeu um fuzil. Dois suspeitos morreram.
Procurado
A polícia agora procura por outro suspeito de envolvimento na morte do policial: Sérgio de Arruda Quintiliano, conhecido como minotauro. Ele estaria no Paraguai usando o nome falso de Celso Mateus Espíndola. A investigação ainda o aponta como suspeito de envolvimento no assassinato do traficante Jorge Rafaat, caso que estava sendo investigado por Wescley.
Sérgio é procurado pela polícia desde 2012, tendo participação com o contrabando de armas e tráfico de drogas, além de ser ligado a um grupo criminoso que age dentro e fora dos presídios.
Execução
Wescley foi executado em emboscada no caminho entre a delegacia onde ele era lotado e a casa dele, que são distantes cerca de 600 metros. Ele estava em uma viatura descaracterizada junto com uma estagiária e tinha saído da delegacia para buscar algo em casa. A jovem foi atingida de raspão e passou por cirurgia no Hospital Regional de Ponta Porã.
O corpo de Wescley foi velado em Ponta Porã e depois levado para ser sepultado em Brasília, onde mora a família do policial. Colegas do investigador afirmaram que ele era um policial dedicado e em pouco tempo de serviço passou a integrar o grupo de inteligência da unidade em que trabalhava.