João Pires

Ato estudantil intitulado; “Aula Pública sobre Fascismo”, que estava previsto para acontecer na manhã de quinta-feira (25), no Centro de Convivência da Unidade 2 da UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) foi censurado por determinação judicial, momentos após o inicio do evento.
O documento foi assassinado pelo juiz eleitoral Rubens Witzel Filho, que determinou que o evento fosse encerrado após uma denúncia anônima de que os estudantes estariam realizando campanha eleitoral nas dependências da Universidade, com o tema: “Esmagando o fascismo – o perigo da candidatura Bolsonaro”, segundo a denúncia enviada pelo aplicativo “Pardal”.
No entanto, de acordo com o DCE (Diretório Central dos Estudantes) a atividade foi oficialmente divulgada como “Aula Pública sobre Fascismo”. E assim, “o título atribuído à aula pela denúncia nunca teria sido utilizado pelo DCE, tampouco, o texto anexado como “prova” foi compartilhado através das mídias”, contesta o Diretório.
A Polícia Federal esteve no local e no momento da abordagem, onde os agentes registraram fotos dos estudantes e da bandeira utilizada pelo movimento estudantil, segundo consta na página oficial do DCE UFGD, no Facebook.

PROTESTO
Hoje pela manhã, os estudantes realizaram protesto em frente a Biblioteca Centra, no campus da UFGD, contra a decisão do juiz eleitoral em suspender a aula pública.
Ainda nesta sexta-feira, às 17 horas, na Praça Antônio, está prevista uma mobilização dos estudantes simultâneo com uma atividade do sindicato dos professores da UFGD sobre “Educação e Democracia”. O movimento deve acontecer durante o “Ato Inter-religioso pela Paz e Democracia” (convocado pela CEBI, CPT, CIMI e CEB’s).