segunda-feira, 17 de fevereiro de 2025

Em 10 dias, Pantanal já tem o dobro do total de incêndios de setembro de 2023

Dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro quase 3 milhões de hectares foram destruídos pelas chamas até o momento em 2024

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Brigadistas do Ibama iniciam combate a incêndio na Bolívia que ameaça o Pantanal (Foto: Reprodução)

Nos primeiros 10 dias de setembro, o Pantanal registrou 736 focos de incêndios. O número é o dobro do total registrado no mesmo mês do ano passado, quando o bioma teve 373 focos, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

No recorte que considera apenas os 10 primeiros dias do mês, são 736 focos em 2024 contra 85 em 2023.

Embora a situação seja bastante grave, o período do fogo deste ano ainda não superou o de 2020, ano da pior série histórica do Pantanal. Naquele momento, foram registrados 2.550 focos de incêndios nos primeiros 10 dias de setembro.

O fogo consome o Pantanal há mais de três meses. Segundo dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais da Universidade Federal do Rio de Janeiro (LASA-UFRJ), quase 3 milhões de hectares foram destruídos pelas chamas, o que deixa um rastro de devastação ambiental e morte de animais.

Ao todo, 12 cidades de Mato Grosso do Sul seguem em situação de emergência, após decreto do governo estadual. Veja quais são os municípios:  na lista abaixo: Aquidauana, Bodoquena, Bonito, Corumbá, Coxim, Deodápolis, Douradina, Dourados, Naviraí, Nioaque, Porto Murtinho e Sidrolândia.

PIOR SECA DA HISTÓRIA

Além do fogo incessante, o bioma também tem sofrido com a seca intensa, já considerada pelos pesquisadores, a pior da história. O Rio Paraguai principal bacia do Pantanal registra níveis negativos.
Dados do Serviço Geológico do Brasil (SGB) indicam que alguns pontos do curso d’água já atingiram marcas negativas históricas neste ano. Das 21 estações de medição no Rio Paraguai, 18 estão com níveis abaixo do esperado; três réguas estão em patamares negativos.

Estiagem compromete a navegabilidade, expõe vegetação ao fogo e ameaça animais. O rio abrange 48% no estado do Mato Grosso e 52% do Mato Grosso do Sul e atravessa os biomas Cerrado, Pantanal e também o Chaco, considerado bioma paraguaio semelhante ao Pantanal.

Fonte: Portal G1

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