terça-feira, 18 de fevereiro de 2025

Em Campo Grande mais de 20 mil protestaram contra a reforma da previdência

No interior de MS foram realizadas dezenas de manifestações, como em Dourados, Três Lagoas, Corumbá, Ponta Porã e Naviraí.

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Assessoria

 

Além de Campo Grande, trabalhadores de todas as áreas realizaram manifestações públicas (Foto - Divulgação)

 

Mais de 20 mil pessoas participaram das manifestação nacional contra a reforma da Previdência Social em Campo Grande. A Capital sul-mato-grossense amanheceu parcialmente paralisada com a não circulação dos ônibus coletivos, greve dos professores da rede estadual de ensino e a paralisação parcial de profissionais de diversas áreas. No interior do Estado também foram realizadas manifestações onde milhares de pessoas foram às ruas e as maiores concentrações foram em cidades como Dourados, Três Lagoas, Corumbá, Ponta Porã e Naviraí.

 

A concentração na Capital começou às 8h na Praça Ary Coelho e em seguida se reuniram na Avenida Afonso Pena, esquina com a Rua 13 de Maio, onde lideranças sindicais das 6 centrais (Força Sindical, CUT, UGT, CTB, CSB e NCST) além de dezenas de federações e centenas de sindicatos, realizaram discursos em cima de caminhão de som, enquanto centenas de pessoas foram chegando e somando forças ao movimento.

 

Em seguida os manifestantes partiram para uma caminhada na área central, fazendo o quadrilátero formado pelas ruas 13 de Maio, 14 de Julho, Barão do Rio Branco e de volta à 13 de Maio. O principal alvo dos manifestantes foram os deputados federais Carlos Marun (PMDB), Elizeu Dionízio(PSDB), Tereza Cristina(PSB), Luiz Henrique Mandetta (DEM) e Geraldo Resende (PMDB), que não manifestaram voto em favor do povo. A maioria deles está mais voltada a seus interesses próprios junto ao governo federal. Os demais deputados da bancada federal de MS, Zeca do PT, Vander Loubet (PT) e Dagoberto Nogueira (PDT), defendem os interesses dos trabalhadores e são contra a reforma da previdência.

 

Os três senadores de MS, Valdemir Moka (PMDB), Simone Tebet (PMDB) e Pedro Chaves (PSC) também foram muito criticados pelos manifestantes e ganharam até versões em bonecos, que foram ameaçados pela figura da morte, que portava uma foice durante o desfile pelas principais ruas de Campo Grande na manhã desta quarta-feira.

 

ACAMPAMENTO

 

No final das manifestações na área central, as lideranças sindicais convocaram o povo para acampar primeiramente à frente da casa do deputado Carlos Marun (PMDB), que é presidente da Comissão Especial da Reforma da Previdência (PEC 287/16), num bairro nobre na saída para Três Lagoas.

 

Em Dourados, manifestantes foram para a frente do escritório do deputado federal Geraldo Resende, na Rua Nelson de Araújo, centro da cidade. O ex-vereador Walter Hora, assessor do parlamentar, saiu para falar com os manifestantes e recebeu vaias. O povo quer que ele se posicione a seu favor, sem desculpas.

 

Durante o restante da semana, outras ações serão tomadas pela comissão que se formou com a participação das 6 centrais, federações e sindicatos de todo Mato Grosso do Sul. “As residências dos demais parlamentares que estão indecisos ou que já se manifestaram favoráveis à reforma, serão surpreendidas com o acampamento de cidadãos e cidadãs, como forma de pressioná-los a fazer a vontade do povo e não de uma meia dúzia de governantes que não respeitam e não levam em consideração a vontade popular”, afirmou Estevão Rocha dos Santos, presidente do Seaac/MS e diretor da Força Sindical MS.

 

O secretário geral da Força Sindical MS, Adauto Cândido de Almeida disse que o momento é de união do povo e das entidades sindicais em torno desse propósito de não deixar a famigerada PEC 287/16 ser aprovada.

 

INTERIOR

 

José Lucas da Silva mobilizou dezenas de trabalhadores de sua área, movimentação de mercadorias e como coordenador regional da CSB/MS, ele avaliou como altamente positiva essa manifestação nacional aqui em Mato Grosso do Sul.

 

Além de Campo Grande, trabalhadores de todas as áreas realizaram manifestações públicas também em diversas cidades de Mato Grosso do Sul. As maiores concentrações, entretanto, no interior, ficaram por conta das cidades de Dourados, Três Lagoas, Corumbá, Ponta Porã e Naviraí.

 

“Vamos definir, no decorrer da semana, outras ações coordenadas para mostrar a nossa força, a força do povo brasileiro”, afirmou Weberton Sudário, presidente da Fetricom/MS (Fed. dos Trab. nas Ind. da Construção Civil de MS). “Tivemos hoje aqui a presença de mais de 20 mil cidadãos e cidadãs, todos vindos por livre e espontânea vontade, demonstrar sua indignação com um projeto que vai tirar a qualidade de vida dos aposentados, e isso não vamos permitir”, enfatizou.

 

Genilson Duarte, presidente da CUT e Ricardo Froes, da CTB, também avaliaram o movimento como vitoriosos. A presença maciça de mais de 20 mil trabalhadores só em Campo Grande e milhares em todo Mato Grosso do Sul, realmente demonstra que o povo é consciente dos perigos que essa reforma previdenciária pode representar para todos os brasileiros.

 

Antônio César Amaral Medina, coordenador geral do Sindjufe/MS disse que a proposta do governo Michel Temer é o mais duro golpe aos direitos constitucionais dos trabalhadores. “Essa PEC 287/16 vai contribuir com o aumento das desigualdades no Brasil e em pouco tempo, teremos um País com alguns mais ricos e milhões mais pobres.

 

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