quinta-feira, 13 de fevereiro de 2025

Em crise, centro de Campo Grande possui 200 comércios fechados

Comércio da capital fechou, em janeiro, 242 vagas no mercado de trabalho.

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Comércio de Campo Grande fechou 242 vagas em janeiro (Foto: Fernando da Mata/G1 MS/arquivo)

G1/MS

 

Comércio de Campo Grande fechou 242 vagas em janeiro (Foto: Fernando da Mata/G1 MS/arquivo)

Levantamento realizado pela ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande), entre os meses de fevereiro e março de 2017, mostra que o centro de Campo Grande conta com exatamente 200 estabelecimentos comerciais fechados.

 

A pesquisa envolve apenas os comércios do quadrilátero que compreende as ruas Rui Barbosa e Calógeras, e as avenidas Fernando Correa da Costa e Mato Grosso. Não foram contabilizados os prédios com salas comerciais, o que pode tornar o número ainda maior.

 

De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, o comércio em Campo Grande fechou, em janeiro, 242 vagas no mercado formal de trabalho.

 

Para o presidente da Associação Comercial, João Carlos Polidoro, o cenário é reflexo do descaso e da demora do setor público em fazer os investimentos na região. “É necessário revitalizar o centro. Nos últimos seis anos, a falta de investimentos aliada aos altos custos com aluguéis, elevada carga tributária e queda no poder de compra dos consumidores contribuíram fortemente para que diversas empresas fechassem as portas na Capital”, disse em entrevista à assessoria de imprensa.

 

Questionada sobre o assunto, a coordenadora dos Projetos Especiais da Prefeitura, Catiana Sabadin, disse que a crise no comércio central envolve vários fatores, incluindo a crise financeira e econômica pela qual o país passa e informou que a prefeitura tenta um financiamento para fazer uma série de obras para tornar o centro mais atrativo para a população. “Não é apenas culpa do setor público”, disse.

 

Entre os investimentos planejados, segundo ela, estão a requalificação da rua 14 de Julho, a revitalização do entorno do Mercadão, do Camelódromo, da Morada dos Baís e do Horto Florestal. Catiana disse ainda que a prefeitura planeja trabalhar a questão de isenção fiscal, para poder fortalecer o comércio, permitir atividades que promovam vida noturna e estimular universidades na área central, bares e restaurantes. “Isso ajuda a revitalizar e requalificar centros históricos”, disse.

 

Além da revitalização, o plano envolve um projeto de habitação para a área central, que vem perdendo moradores ao longo dos anos.

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