G1/MS

Levantamento realizado pela ACICG (Associação Comercial e Industrial de Campo Grande), entre os meses de fevereiro e março de 2017, mostra que o centro de Campo Grande conta com exatamente 200 estabelecimentos comerciais fechados.
A pesquisa envolve apenas os comércios do quadrilátero que compreende as ruas Rui Barbosa e Calógeras, e as avenidas Fernando Correa da Costa e Mato Grosso. Não foram contabilizados os prédios com salas comerciais, o que pode tornar o número ainda maior.
De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego, o comércio em Campo Grande fechou, em janeiro, 242 vagas no mercado formal de trabalho.
Para o presidente da Associação Comercial, João Carlos Polidoro, o cenário é reflexo do descaso e da demora do setor público em fazer os investimentos na região. “É necessário revitalizar o centro. Nos últimos seis anos, a falta de investimentos aliada aos altos custos com aluguéis, elevada carga tributária e queda no poder de compra dos consumidores contribuíram fortemente para que diversas empresas fechassem as portas na Capital”, disse em entrevista à assessoria de imprensa.
Questionada sobre o assunto, a coordenadora dos Projetos Especiais da Prefeitura, Catiana Sabadin, disse que a crise no comércio central envolve vários fatores, incluindo a crise financeira e econômica pela qual o país passa e informou que a prefeitura tenta um financiamento para fazer uma série de obras para tornar o centro mais atrativo para a população. “Não é apenas culpa do setor público”, disse.
Entre os investimentos planejados, segundo ela, estão a requalificação da rua 14 de Julho, a revitalização do entorno do Mercadão, do Camelódromo, da Morada dos Baís e do Horto Florestal. Catiana disse ainda que a prefeitura planeja trabalhar a questão de isenção fiscal, para poder fortalecer o comércio, permitir atividades que promovam vida noturna e estimular universidades na área central, bares e restaurantes. “Isso ajuda a revitalizar e requalificar centros históricos”, disse.
Além da revitalização, o plano envolve um projeto de habitação para a área central, que vem perdendo moradores ao longo dos anos.