sexta-feira, 18 de abril de 2025

Esposa de ex-secretário e filha de servidor são soltas em Campo Grande

Mulheres saíram da 3ª DP após depoimentos; advogada também saiu.

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G1/MS

 

PF na casa da secretária de João Amorim, Elza Amorim (Foto: Marcos Ribeiro/ TV Morena)

Horas após o depoimento, três presas da operação Lama Asfáltica, que teve a 2ª fase deflagrada nesta terça (10), obtiveram a liberdade. Ambas saíram da 3ª Delegacia de Polícia, enquanto outras 5 mulheres permanecem em prisão temporária, com outros 7 homens.

 

o advogado Hilário Carlos de Oliveira, defensor da Mariane Mariano de Oliveira, ressaltou que a sua cliente teve a prisão convertida em domiciliar. Há menos de um mês, ele se tornou mãe. Já o advogado Newley Amarilla protocolou, há pouco, pedido de revogação da prisão do outro servidor da Agesul, Hélio Yudi Komiyama.

 

O advogado José Valeriano de Souza Fontoura, que atua para os presos Edson Giroto (ex-secretário estadual de obras e ex-deputado federal), Rachel Rosana de Jesus Portela Giroto (esposa do ex-secretário) e Maria Vilma Casanova, ex-presidente da Agesul, entrou com pedido e obteve a soltura de Rachel.

 

“Por enquanto estamos sem novidades. Meus clientes continuam detidos e ainda não entrei com nenhum pedido. Vou verificar o teor do restante da investigação e por enquanto a defesa não irá se manifestar”, explicou Fontoura.

 

No caso de Rachel, a argumentação foi de que ela é advogada (prerrogativa da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB) e possui filho pequeno. Ela estava no presídio militar estadual. A mesma alegação ocorreu para Elza Cristina Araújo dos Santos, advogada, secretária e sócia de João Amorim – também preso. Ela foi solta.

 

A reportagem entrou em contato com Benedicto de Figueiredo, mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.

 

Ainda foram presos na ação:

 

– Ex-secretário-adjunto de Fazenda de MS, André Luiz Cance

– Ana Paula Amorim Dolzan

– Ana Lúcia Amorim Dolzan

– Renata Amorim

– Wilson Roberto Mariano de Oliveira

– Ana Cristina Pereira da Silva

– Evaldo Furrer Matos

– Flávio Henrique Garcia

 

Foi cumprido ainda um mandado de busca e apreensão no apartamento do ex-governador de Mato Grosso do Sul, André Puccinelli

(PMDB). Policiais ficaram no imóvel, localizado no Jardim dos Estados, bairro nobre de Campo Grande, por aproximadamente duas horas e saíram de lá com malotes.

 

Corrupção

 

Os investigados teriam adquirido propriedades rurais com recursos públicos desviados de contratos de obras, de fraudes em licitações e ainda de recebimento de propinas, resultando também em crimes de lavagem de dinheiro.

Ex-governador de MS chegou acompanhado do advogado dele (Foto: Ariovaldo Dantas/ TV Morena)

 

As investigações sobre o suposto esquema de corrupção teve início em 2013. Na primeira fase da apuração, foi verificada a existência de um grupo que, por meio de empresas em nome próprio e de terceiros, superfaturaram obras contratadas com a administração pública, mediante corrupção de servidores públicos e fraudes a licitações, ocasionando desvios de recursos públicos.

 

Lavagem de dinheiro

 

Em análise a material apreendido na primeira fase da operação, a CGU e a Receita Federal verificaram indícios de lavagem de dinheiro, inclusive decorrentes de desvio de recursos públicos federais e provenientes de corrupção passiva, com a utilização de mecanismos para ocultação de tais valores, como aquisição de bens em nome de terceiros e saques em espécie.

 

Segundo a polícia, o grupo investigado atua no ramo de pavimentação de rodovias, construções e prestação de serviços nas áreas de informática e gráfica.

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