quinta-feira, 2 de maio de 2024

“Eu, mulher Afro-indígena” é tema de encontro cheio de pertencimento étnico

Evento na capital contou com desfile com roupas representativas indígenas e africanas

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“Eu, mulher Afro-indígena" é mais uma das ações da campanha Julho das Pretas (Foto: Divulgação)

Com o objetivo de dialogar sobre o pertencimento e orgulho étnico, a Subsecretaria de Políticas Públicas para a Promoção da Igualdade Racial, em parceria com a Subsecretaria de Políticas Públicas para os Povos Originários, realizou o evento “Eu, mulher Afro-indígena”, como mais uma das ações da campanha Julho das Pretas”. Na ocasião, no fim da semana passada, houve um desfile com roupas representativas indígenas e africanas.

O tema pertencimento étnico-racial é muito importante para o Brasil, que foi essencialmente formado por duas etnias, africanos e indígenas. Todo Brasileiro tem como ancestral estes dois grupos étnicos. A identidade atual, principalmente dos sul-mato-grossenses, é voltada pelo entrelaçamento entre essas duas etnias.

Para a subsecretária de Políticas Públicas para a Promoção da Igualdade Racial, Vânia Lúcia, a maioria dos brasileiros ao observar as características fenotípicas notam traços tanto de origem negra quanto indígena.

“Dialogamos sobre a identidade afro-indígena. Essas duas populações têm historicamente lutas no Brasil. As duas populações foram escravizadas. São muitas dores, lutas e muita resistência para nós chegarmos hoje aqui e para estarmos juntos dialogando sobre quem nós somos na sociedade, como os povos originários estavam aqui, como a população negra chegou e as nossas vitórias no contexto atual.”

Priscila Mariano tem 36 anos. A mãe dela é indígena da Aldeia Bananal. Por parte paterna é descendente de negros, com parentes que viveram em quilombos. Por muito tempo considerou-se cafuza, mas agora se apropriou do novo termo utilizado Afro-indígena. Ela relata que no evento pode adquirir mais conhecimento sobre a sua ancestralidade.

“É sempre bom relembrar a história e aprofundar as raízes. Para mim, esse encontro potencializa o vigor por aprender, quero que isso faça mais parte da minha vida e da vida da minha família. Nos dá mais força pra continuar lutando pelas nossas causas para o nosso real espaço na sociedade.” ressalta.

Fonte: Portal do MS

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