terça-feira, 26 de novembro de 2024

Filme luso-brasileiro com índios krahô vence Festival de Cinema de Lima

Em Cannes, a equipe do documentário empunhou cartazes pedindo demarcação e contra o genocídio indígena e o marco temporal

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"Chuva É Cantoria na Aldeia dos Mortos" (Foto: Reuters / Jean-Paul Pelissier)

Notícias ao Minuto

 

 

"Chuva É Cantoria na Aldeia dos Mortos" (Foto: Reuters / Jean-Paul Pelissier)

O filme “Chuva É Cantoria na Aldeia dos Mortos”, da brasileira Renée Nader Messora e do português João Salaviza, levou na noite deste sábado (11) o prêmio de melhor filme no 22º Festival de Cinema de Lima, no Peru. “Chuva” borra os limites entre o registro ficcional e o documental. O filme retrata Ihjãc, 15, indígena krahô, do cerrado tocantinense, que tem pesadelos desde que perdeu o pai.

 

Quando tem que organizar uma cerimônia de fim de luto, decide fugir para a cidade, a fim de escapar do processo que o converteria em um xamã. O prêmio de melhor diretor foi para Ciro Guerra e Cristina Gallego, por “Pájaros de Verano” (Colômbia/Dinamarca/México). A melhor atriz foi Ana Brun, do paraguaio “Las Herederas”, e o prêmio de melhor ator ficou com o argentino Sergio Prina, por “El Motorarrebatador”.

 

A melhor fotografia ficou com Renée Nader, por “Chuva”, e o melhor roteiro foi para a diretora Beatriz Seigner, de “Los Silencios” (Brasil-Colômbia-França). Em Cannes, a equipe do documentário empunhou cartazes pedindo demarcação e contra o genocídio indígena e o marco temporal (tese jurídica que poderia enfraquecer os direitos dos povos nativos).

 

Não foi a primeira vez que a equipe de um filme brasileiro usa o tapete vermelho de Cannes como cenário de protesto. Em 2016, quando “Aquarius” competia pela Palma de Ouro, o diretor Kleber Mendonça Filho e a produção do longa também empunharam cartazes, na ocasião contra o impeachment de Dilma Rousseff. Com informações da Folhapress.

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