quarta-feira, 16 de julho de 2025

Meirelles: percepção sobre melhora da economia ainda não retrata o que aconteceu

Segundo ele, é natural que os brasileiros ainda não tenham incorporado em sua avaliação o fato de que o Brasil está crescendo e a inflação baixando.

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O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (Foto:Fábio Vieira/FotoRua/Folhapress)

AE

Por Fabrício de Castro

 

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (Foto:Fábio Vieira/FotoRua/Folhapress)

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou na manhã desta sexta-feira, 23, que “a percepção sobre a melhora da economia ainda não incorporou o que aconteceu”. Segundo ele, é natural que os brasileiros ainda não tenham incorporado em sua avaliação o fato de que o Brasil está crescendo e a inflação baixando.

 

“Mas nada é mais brutal que o fato. A inflação para as classes mais baixas é a menor da história, o Brasil cresceu 1% no ano passado”, citou Meirelles. “A previsão de economistas é de que o crescimento se aproxime de 3% para 2018, que é nossa projeção. Esperamos a criação de 2,5 milhões de empregos”, disse o ministro em entrevista à rádio Jovem Pan.

 

De acordo com o ministro, a economia brasileira já está no processo de recuperação, mas é normal que a população ainda esteja “sob os efeitos da inflação alta”. “O que não é normal é termos tido anos de inflação tão alta, ao redor de 10%, e dois anos de recessão”, afirmou Meirelles. “A economia contraiu 8%. Foi maior que a Grande Recessão.”

 

JBS

 

Questionado a respeito de sua atuação no grupo J&F, controladora da JBS, Meirelles adotou um discurso que já vem sendo repetido em entrevistas semelhantes: a de que sua carreira é “inquestionável”. O ministro lembrou que trabalhou 30 anos no BankBoston e listou uma série de empresas para as quais, ao longo dos anos, prestou serviços. “Orientei a plataforma digital deste banco o Original, ligado ao grupo J&F. Foi um trabalho específico”, disse Meirelles. “Minha trajetória não dá margem a nenhum tipo de dúvida.”

 

O ministro também tratou de sua atuação no Banco Central, durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva. “Minha visão de política econômica na época em que fui do BC é a mesma de hoje”, disse. “Meu acordo com Lula era de ter absoluta independência de gestão no BC.”

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