sábado, 23 de novembro de 2024

Música Gospel terá espaço na Virada Cultural de São Paulo

Secretário de Doria promete incluir música gospel na Virada Cultural e na programação da Cidade de São Paulo

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Assessoria

 

Além de Digilio, participaram ainda da reunião a vereadora Rute Costa, representando a Assembleia de Deus do Ministério do Belém, além dos vereadores João Jorge e Ricardo Nunes (Foto - Divulgação)

 

Após 14 anos sem reconhecimento pela Prefeitura de São Paulo, enfim, a música gospel terá espaço na Virada Cultural da capital paulista a partir de 2018. Quem garantiu isso foi o secretário municipal da Cultura da gestão João Doria, André Sturm, que se reuniu na última sexta-feira (18) com vereadores da bancada cristã da Câmara Municipal para estudar como será essa inclusão na programação cultural da cidade.

 

Um dos pontos levantados no encontro e que foi unânime entre os vereadores é que a música gospel deve ter um espaço só dela na Virada Cultural. O primeiro passo significativo foi a inclusão do cantor Felipe Lancaster na Virada deste ano, quando se apresentou no autódromo do Interlagos. A intenção agora é ampliar para uma programação com mais cantores gospel.

 

“Quero colocar essa nossa disposição concreta de abrir esse espaço para a música gospel em São Paulo. Por isso, estou aqui ou se não fosse assim, não viria. Algo que me incomoda é essa visão errada que se tem de: por que quando é um artista ligado a tradição da religião afro é cultural e quando é da tradição cristã não é cultural? Falo isso com tranquilidade, pois compartilho de outra religião. Sou judeu e reconheço a importância da música gospel”, afirmou o secretário.

 

Outro ponto discutido na reunião foi a inclusão da música gospel na programação dos equipamentos da cidade, como os centros culturais e casas de cultura espalhadas por São Paulo. “Nós, cristãos, ajudamos com arrecadação de cobertores para os centros para pessoas em situação de rua, fazemos um bom trabalho em áreas como a Cracolândia e ajudamos a cidade. Mas na hora de utilizar os equipamentos culturais, sinto um preconceito e uma discriminação. É preciso mudar isso”, disse o vereador Rinaldi Digilio, que é pastor da Igreja do Evangelho Quadrangular (IEQ).

 

O secretário se comprometeu a estudar a inclusão dos artistas gospel na programação dos equipamentos paulistanos. “Não estamos falando de manifestação religiosa, que é proibido por lei nesses equipamentos, mas sim de artistas com um trabalho musical de qualidade e reconhecido, culturalmente valioso, que devem ter seu espaço”, afirmou o secretário Sturm.

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