quarta-feira, 12 de fevereiro de 2025

Nasa afirma que vai fabricar avião de passageiros supersônico

Protótipo de aeronoave é dos chamados "low-boom", capaz de superar a velocidade do som sem criar explosões

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Veja

 

O Concorde, mítica aeronave que era operada pela Air France e a British Airways, foi sinônimo de voo supersônico até 2003, quando ela deixou de ser usada em rotas comerciais (Foto - Philippe Desmazes/AFP/VEJA)

 

A Nasa vai fabricar um avião supersônica para o transporte de passageiros que será o mais silencioso e eficiente possível, informou nesta segunda-feira a agência espacial americana. O protótipo de avião é dos chamados low-boom, capaz de voar na velocidade supersônica sem criar explosões.

 

O administrador da Nasa, Charles Bolden, anunciou nesta terça-feira que foi assinado um contrato no valor de 20 milhões de dólares com a empresa americana Lockheed Martin para desenvolver um projeto preliminar de um avião que supere a velocidade do som.

 

Apesar de usar um motor de reação, que tradicionalmente causa um grande estrondo, o barulho produzido por essa nova aeronave seria mínimo.

 

Limitar o nível de barulho das aeronaves se transformou nos últimos anos em um dos principais desafios da pesquisa espacial. Além disso, a redução da poluição é outro dos requisitos cumpridos pelo novo projeto, já que otimizaria o consumo de combustível.

 

“A Nasa está trabalhando duro para tornar os voos mais ecológicos, mais seguros e mais silenciosos”, disse nesta terça Charles Bolden no Aeroporto Nacional Ronald Reagan, em Washington. O projeto e a construção da aeronave levará vários anos, e a Nasa calcula que as campanhas de voo comecem por volta de 2020.

 

Os voos supersônicos comerciais foram cancelados quando as companhias aéreas British Airways e Air France deixaram de operar em 2003 o Concorde, um avião capaz de viajar a uma velocidade máxima de 2.180 quilômetros por hora (mais de duas vezes a velocidade do som).

 

A eficiência da mítica aeronave, conhecida como “Pássaro Branco”, que conta com legiões de fãs no mundo todo, foi questionada após o acidente de um Concord em Paris no ano 2000, que deixou 113 mortos.

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