segunda-feira, 15 de setembro de 2025

‘No meu coração, ele está vivo’, diz mãe de Kauan, desaparecido há mais de um mês em MS

Menino de 9 anos está desaparecido desde o dia 25 de junho. Um homem está preso e é suspeito de estuprar e matar garoto, diz polícia.Leia mais...

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Mãe de Kauan, desaparecido há um mês em Campo Grande (Foto: Reprodução/ TV Morena)

TV MORENA

Mãe de Kauan, desaparecido há um mês em Campo Grande (Foto: Reprodução/ TV Morena)

No meu coração, ele está vivo. Meu filho vai chegar… Você fica naquela espera e nada, nada dele”, diz Janete dos Santos Andrade, mãe de Kauan Andrade, que está desaparecido desde o dia 25 de junho, em Campo Grande.

 

 

A polícia acredita que o garoto foi estuprado e morto, mas o corpo ainda não foi encontrado e não existe evidências materiais que comprovem a morte de Kauan.

 

 

Um homem de 38 anos é suspeito dos crimes. Ele está preso desde o dia 21 de julho quando foram encontrados materiais pornográficos infantis na casa dele. Segundo o advogado de defesa, ele já foi indiciado por pedofilia, exploração sexual de menores e abuso sexual.

 

 

A polícia aguarda resultado de cinco laudos, sendo dois da perícia técnica e três de exames de DNA. A expectativa é que os exames fiquem prontos na sexta-feira (4).

Dias antes de ser preso, o suspeito ligou para a família e ofereceu ajuda, segundo a mãe.

 

 

“Ele ligou para a minha menina e falou que se achasse o Kauan, ia trazer aqui. Eu não conhecia ele”, contou Janete.

 

 

O delegado Paulo Sérgio Lauretto, titular da Delegacia Especializado de Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), o suspeito nega todos os crimes.

 

 

“Os relatos que nós temo sé que ele teria ido nessa casa dno domingo a noite, e nós temos já a informação de que segunda-feira de manhã essa casa estava com forte cheiro de material de limpeza […] Tem o quarto, a sala e a garagem, então, tem essa trajetória de sangue, trazendo do quarto, passando pela sala e indo para a porta da frente, onde estaria o carro estacionado, no qual teria sido colocado [o garoto]”, afirmou o delegado.

 

 

A perícia esteve na casa do suspeito e recolheu material de manchas de sangue que pode ser da vítima, conforme foi indicado pelo adolescente de 14 anos. A polícia aguarda o resultado dos exames. Também foi verificada uma fossa séptica, mas nada foi encontrado.

 

 

 

O Corpo de Bombeiros realizou buscas por cinco dias no rio Anhanduí, cerca de 20 quilômetros do local onde o corpo teria sido jogado.

 

 

Abordagem

 

Relatos de crianças no bairro apontaram que o suspeito se apresentava como professor e atraia os pequenos para a casa dele, onde oferecia dinheiro em troca de sexo, segundo relatos das vítimas à polícia. “Ele abordava as crianças e se dizia professor. Quem não confia em um professor? Um cidadão acima de qualquer suspeita”, disse o delegado.

Os valores que o suspeito pagava aos pequenos variavam de R$ 5 a 30 e todas tinham o mesmo perfil: eram meninos e alguns cuidavam carros ou vendiam balas para ajudar a família. A polícia investiga ainda se outras três crianças foram vítimas de abuso sexual do suspeito.

O garoto sumiu no dia 25 de junho, depois de sair de casa para brincar no bairro Aero Rancho. O caso começou a ser investigado depois que a família registrou um boletim de ocorrência.

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