João Pires

Uma comissão representando pais de alunos, juntamente com a diretoria da Associação Pestalozzi protocolaram na tarde de hoje (15) no MPE (Ministério Público Estadual), uma petição pública com aproximadamente 700 assinaturas, pedindo que à Promotoria de Justiça tome as medidas necessárias visando à revogação da determinação judicial que impediu a Prefeitura de Dourados em manter professores contratados na Educação Especial do município.
Tanto a Pestalozzi como a APAE estão prejudicadas com a determinação do juiz de Direito José Domingues Filho, que impede a renovação de convênios e consequentemente a colocação de profissionais contratados nas unidades de ensino do município e ainda obriga que todos os concursados efetivos voltem ao seu local origem, fato que acabou prejudicando o funcionamento das escolas que atendem alunos com necessidades especiais.
De acordo com a diretora da Pestalozzi, Vera Lucia Di Dio, 110 alunos matriculados na associação estão sem aula há duas semanas, devido a decisão judicial. Ela explica que existem 16 professores aguardando para serem contratados, todos com carga horária de 20 horas.
Ao Estado Notícias ela considerou que a determinação do juiz José Domingues filho foi precipitada, tendo em vista, entre outros, o vínculo que existe entre os professores e alunos. “Tenho professores, por exemplo, há 26 anos lecionando na instituição. Como que pode falar que uma criança portadora de deficiência não tem vínculo com o professor?”, indagou.

Ana Flores é mãe de um aluno especial matriculado há 13 anos na Pestallozzi. Ela conta que enfrentou uma situação de falta de professores e se diz prejudicada. “Sem aulas meu filho não evolui, pois na escola ele recebe um atendimento especializado com atividades variadas e específicas”, desabafou.
Para a diretora Vera Di Dio, deveria ser analisado uma solução a parte, pois que mais sofre são as crianças. “Não quero entrar no mérito da questão em que levou está decisão, mas penso que a Pestalozzi e APAE não foram protegidas nesta situação”, considera.
REUNIÃO
A representação junto a MPE foi entregue pelo advogado Alex Niedack Alves. Ele juntamente com diretores e a comissão de pais da Pestalozzi pretende agendar uma reunião com o juiz José Domingues Filho, buscando por fim ao impasse e garantir o retorno das aulas o mais rápido possível.
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