sábado, 15 de fevereiro de 2025

Protestos provocam desvio de trajeto da tocha olímpica em Copacabana

Grupo pede saída de Michel Temer e volta de Dilma Rousseff à presidência; Parentes de policiais mortos fizeram um ato no Maracanã

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G1

 

Grupo faz protesto em Copacabana contra o presidente Michel Temer (Foto: Henrique Coelho / G1)

 

Duas manifestações, uma contra o presidente em exercício Michel Temer e outra organizada por servidores públicos do Estado do Rio de Janeiro, desviaram o trajeto da tocha olímpica em Copacabana, na Zona Sul do Rio, no fim da manhã desta sexta-feira (5).

 

Imagens mostraram o desvio, e as informações foram confirmadas pela organização da Olimpíada. Após o atraso, a tocha voltou ao percurso normal e seguiu por outros bairros da Zona Sul. Por volta das 15h, a chama terminou o trajeto no Aterro do Flamengo, junto ao Monumento aos Pracinhas. A cerimônia da abertura da Olimpíada está marcada para as 20h.

 

Dois grupos de organizadores pediam a saída do presidente em exercício, Michel Temer. Integrantes da CUT (Central Única dos Trabalhadores) pediram ainda a volta da presidente afastada Dilma Rousseff. Já CSP Conlutas de São Paulo, segundo representantes, é a favor de eleições gerais.

 

Manifestantes também aproveitaram para criticar a realização da Olimpíada. Anéis olímpicos com a foto de Michel Temer e faixas como “calamidade Olímpica” podiam ser vistas no ato, assim como bandeiras de diversos sindicatos. Carros de som ditavam palavras de ordem. A manifestação começou na altura do Copacabana Palace e, por volta das 14h, seguiu em direção ao posto 4.

 

Parentes de policiais mortos entregaram flores a PMs que estavam no entorno do Maracanã (Foto: Fernanda Rouvenat / G1)

 

 

Familiares de PMs mortos fizeram ato no Maracanã

 

Mais cedo, parentes de policiais mortos realizaram um protesto e caminharam em direção ao Maracanã, na Zona Norte do Rio, onde ocorre a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos.

 

No meio do percurso, o grupo chegou a ser impedido de passar pela via principal por causa das interdições de segurança para a festa. No ato, viúvas fizeram orações e soltaram balões brancos manchados de tinta vermelha, simbolizando o sangue das vítimas. Os balões tinham fotos dos PMs mortos.

 

Quando chegaram ao Maracanã, por volta das 11h, elas entregam flores e abraçam os PMs que estavam no entorno do Maracanã por causa dos Jogos Olímpicos. “Meu marido era um homem de bem, trabalhava muito para dar o mínimo de dignidade para a família dele. A filha dele tem 7 anos e ninguém nunca procurou. E agora? O que eu faço? Ele morreu trabalhando dentro da favela do Jacarezinho”, disse Josiane Modesto, viúva há oito meses de um PM da UPP do Jacarezinho.

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