quinta-feira, 21 de novembro de 2024

Rússia diz que não recuará diante de ameaças de sanções dos EUA

Cerca de 100 mil soldados russos estão na fronteira, e países do Ocidente temem nova invasão

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O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken cumprimenta o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, em reunião em Genebra em 21 de janeiro de 2022 — Foto: Alex Brandon/Pool via AP

A Rússia não vai recuar diante da ameaça de sanções dos Estados Unidos, motivadas pelas tensões na Ucrânia, afirmou a embaixada russa em Washington horas antes da conversa telefônica prevista para esta terça-feira (1º) entre os chefes da diplomacia das duas potências.

“Não vamos recuar e ficar quietos, ouvindo as ameaças de sanções dos Estados Unidos”, afirmou a embaixada em um texto publicado em sua página do Facebook. “É Washington e não Moscou que gera tensões”.

A nota foi divulgada poucas horas de uma conversa por telefone entre o ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, e o secretário de Estado americano, Antony Blinken, para abordar a situação na Ucrânia.

As tensões entre os dois países aumentaram nas últimas semanas, com acusações diretas dos EUA de que a Rússia planeja invadir a Ucrânia. Na segunda-feira (30), os países trocaram farpas na ONU, em uma reunião do Conselho de Segurança para debater a crise.

A Casa Branca afirmou na segunda que está preparada para impor sanções contra pessoas próximas ao presidente russo, Vladimir Putin, em caso de um ataque, reforçando uma ameaça que o próprio presidente americano, Joe Biden, já havia feito.

A Rússia deslocou mais de 100 mil soldados para a fronteira com a Ucrânia, o que provoca temores nos países ocidentais sobre a preparação de uma ofensiva. Os russos já invadiram o país vizinhos em 2014, quando anexou a Crimeia, uma região ucraniana que ocupa até hoje.

Apesar dos exercícios na fronteira, os russos têm reiterado diversas vezes que não pretendem invadir a Ucrânia. A embaixada russa afirmou que os soldados “não ameaçam ninguém” e que o país tem o “direito soberano” de mobilizar suas Forças Armadas em seu território.

Fonte: Portal G1
 

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