Exportiva

A tarde de ontem jamais será esquecida pelos torcedores douradensens. Jogando no estádio Jacques da Luz, nas Moreninhas, o Sete de Setembro conquistou seu primeiro título estadual da história depois de vencer o já consagrado Comercial, por 2 a 0. Quis o destino que o primeiro gol do título fosse marcado pelo meia Mário Lúcio, nascido em Dourados e que chegou recentemente à equipe depois de voltar do futebol chinês. Aleff fez o segundo.

Criado em 2005, ano em que venceu a Série B e ascendeu à elite do futebol sul-mato-grossense, o Sete alternou suas campanhas em edições anteriores com bons resultados e eliminações ainda na primeira fase. No entanto, em 2016, logo em sua primeira decisão, conquistou o título que não ia para Dourados desde 2000. Até então, o último clube douradense a erguer a taça estadual havia sido o Ubiratan, tri campeão e afastado hoje do profissionalismo.

A final

Depois de ter perdido a partida de ida por 2 a 1, o Comercial precisava de uma vitória simples para se sagrar campeão pela décima fez. O técnico Paulinho Rezende colocou o atacante Aloísio Chulapa como titular, como forma de dar mais experiência ao time ter uma referência na frente. No entanto, o Comercial esbarrou nas próprias dificuldades e foi golpeado de maneira contundente pelo Sete, que mostrou saber jogar sem a bola ao longo da competição.

Depois de praticamente 90 minutos de jogo tenso, duro e bastante truncado no meio campo, Mário Lúcio, filho do Mário Lúcio Manteiga, ex-jogador de Dourados, fez o primeiro gol aproveitando bobeira da defesa do Comercial, aos 43 do segundo tempo. Ele bateu de pé esquerdo no canto do goleiro do Martins que mau pôde ir na bola. Já nos acréscimos, Aleff pegou sobra de Martins e guardou no fundo das redes sacramentando a vitória.

Tanto o Sete quanto o Comercial estão garantidos como representantes de Mato Grosso do Sul na Copa do Brasil do ano que vem e também na Série D do Campeonato Brasileiro. “É uma vitória de todos, jogamos pela cidade e esperamos que a cidade de Dourados abrace o Sete”, vibrou o técnico Chiquinho Lima, visivelmente emocionado. “Foi merecido a eles, jogaram melhor do que nós”, lamentou o artilheiro Chulapa.