Diário Digital

O primeiro quadrimestre de 2016 termina com o [índice que mede o Movimento do Comércio Varejista atingindo 330 pontos, 14% menor ao mesmo período de 2015, que registrou 385 pontos, e já era considerado fraco.
O levantamento é feito pela Associação Comercial e Industrial de Campo Grande (ACICG) apurou por meio de seu Boletim Econômico – MCV – que, no mês abril, o Movimento do Comércio Varejista foi de 87 pontos, cinco pontos inferior a março, e 10 pontos abaixo do mesmo mês em 2015, quando registrou 97 pontos. “Se comparado aos anos anteriores, o resultado é ainda mais preocupante. Basta considerar que em 2012 o MCV foi 129”, expõe o economista da ACICG, Normann Kallmus. “Mas isso é quase nada se compararmos com o ano de 2012, quando o MCV do período chegou a quase 543 pontos, uma queda de quase 40% em relação àquele ano”, lembra Kallmus.
O MCV/ACICG é um índice apurado a partir da evolução dos dados do setor, englobando as transações realizadas entre empresas e também entre consumidores e o comércio. Considerando a sazonalidade característica da atividade comercial, o MCV foi desenvolvido com base fixa definida pela média do desempenho do ano de 2014.
O Índice é composto de dois outros sub índices que ajudam a avaliar sua evolução: o MCV-PF, que analisa as transações entre Pessoas Físicas e as empresas do setor terciário, e o MCV-PJ, que avalia as transações entre as empresas. Conforme o economista da ACICG, o MCV-PF de abril foi de 89 pontos, contra os 98 registrados no mesmo mês de 2015, e 92 em abril de 2014. “Isso demonstra outra vez uma redução significativa das transações registradas para o mês”, conta.
Já o MCV-PJ foi de 76 pontos, e também apresentou redução. O mesmo indicador em abril de 2012 foi de 101; 108 em 2013; 103 em 2014, e 94 em 2015. Em um ano caiu, portanto, de 94 para 76, configurando uma perda de 18 pontos.
As razões para tal comportamento, de acordo com o economista da Associação Comercial, devem-se: à queda do poder de compra do consumidor; à inflação de custos, que restringe ainda mais a
demanda, e à alteração da carga tributária estadual, que freou a reposição de estoques para nova composição de preços. “Uma análise da série histórica demonstra que os resultados do mês de abril sempre foram melhores do que os de março, o que não ocorreu neste ano e piora as projeções. Se em março, portanto, havia alguma expectativa ligeiramente otimista em relação a abril, hoje a projeção em relação a maio indica exatamente o contrário, independentemente da ocorrência do dia das Mães, a segunda melhor data do calendário do comércio”, analisa Kallmus.