sexta-feira, 28 de março de 2025

VENEZUELA: Edmundo González diz que não irá a audiência judicial nesta quarta

Candidato da oposição à presidência da Venezuela alegou que convocação para comparecer ao Tribunal Supremo de Justiça foi feita apenas através da imprensa e é ilegal

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Maria Corina Machado e Edmundo González declaram vitória na eleição da Venezuela — Foto: Maxwell Briceno/Reuters

O candidato da oposição da Venezuela à presidência, Edmundo González, disse que não comparecerá a uma audiência judicial no Tribunal Supremo de Justiça nesta quarta-feira (7) para a qual ele havia sido convocado.

González, que afirma ter ganhado as eleições no país, alegou que a audiência é ilegal e disse ter sido comunicado sobre a convocação apenas através de meios de comunicação.

“Se eu fosse, estaria em situação de absoluto desamparo”, declarou González em suas redes sociais. “O trâmite (…) não se corresponde com nenhum procedimento legal contemplado pela Lei Orgânica do Tribunal Supremo de Justiça ou de outra lei sobre a jurisdição eleitoral”

Ele acusou ainda o Tribunal Supremo — composto por juízes em maioria alinhados ao regime de Maduro — de usar o Judiciário para “‘certificar’ resultados que ainda não foram produzidos de acordo com a Constituição e a lei, com acesso dos partícipes às atas originais.

González também não compareceu na última vez em que foi convocado pelo tribunal, na última sexta (2), para uma sessão junto de outros candidatos presidenciais em que houve a assinatura de um termo de aceite do resultado divulgado pelo Conselho Nacional Eleitoral, que proclamou a reeleição de Maduro.

O regime de Maduro disse que o oposicionista pode receber uma ordem de prisão caso não compareça.

Na quinta-feira (1º), Nicolás Maduro disse ter prendido mais de 1.200 pessoas após os protestos que tomaram o país depois da eleição venezuelana em 28 de julho. Maduro também prometeu capturar outras mil pessoas.

Apenas três dias após a eleição na Venezuela, Maduro disse que María Corina Machado e Edmundo González, candidato da oposição, deveriam “estar atrás das grades” e afirmou que “a justiça chegará para eles”.

A própria María Corina Machado disse em um artigo publicado no jornal americano “The Wall Street Journal” que teme também ser alvo de prisão.

Fonte: Portal G1
 

 

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