segunda-feira, 29 de abril de 2024

Vereadores prometem manter obstrução e apontam nulidade em eleição da Mesa

Grupo aliado à chapa com candidatos presos afirma que presidente desrespeita vereadores e o Regimento Interno.

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Maurício Lemes fez a leitura de nota pública em nome dos nove vereadores, no início da coletiva (Foto - João Pires/Estado Notícias)

Hélio de Freitas

Campo Grande News

 

O grupo insiste em afirmar que Daniela Hall desrespeitou a ordem judicial ao não colocar em discussão na sessão de domingo a substituição dos vereadores (Foto - João Pires/Estado Notícias)

 

Vereadores da base governista na Câmara de Dourados, apontam nulidade do processo eleitoral para escolha da Mesa Diretora que vai comandar o Legislativo no biênio 2019-2020.

 

Em entrevista coletiva nesta tarde, os nove integrantes da tropa de choque da prefeita Délia Razuk (PR) afirmaram que a presidente da Casa Daniela Hall (PSD) provocou a anulação da eleição ao encerrar a sessão extraordinária de domingo (9) sem convocar outra sessão para o dia subsequente, como determina o Regimento Interno.

 

Participaram os vereadores Júnior Rodrigues (PR) Maurício Lemes Soares (PSB), Alberto Alves dos Santos, o Bebeto (PR), Cido Medeiros (DEM), Romualdo Ramin (PDT), Carlito do Gás (Patriota), Silas Zanata (PPS), Juarez de Oliveira (MDB) e Jânio Miguel (PR).

 

Segundo um dos líderes do grupo, Mauricio Lemes Soares, esse foi o principal motivo para a obstrução adotada por eles na sessão extraordinária desta segunda-feira (10). Os nove deixaram o plenário, o que provocou o encerramento da sessão por falta de quórum.

 

Maurício Lemes fez a leitura de nota pública em nome dos nove vereadores, no início da coletiva (Foto - João Pires/Estado Notícias)

 

Eles também acusam Daniela Hall de desrespeitar os vereadores por se negar na sessão de hoje a acatar a “questão de ordem” apresentada por Mauricio, por Junior Rodrigues e por Bebeto. “Enquanto ela não aceitar a questão de ordem vamos continuar em obstrução”, afirmou Mauricio Lemes, empossado domingo na vaga de Idenor Machado (PSDB), que está preso.

 

O grupo insiste em afirmar que Daniela Hall desrespeitou a ordem judicial ao não colocar em discussão na sessão de domingo a substituição dos vereadores presos na chapa “Legislativo Forte”, através da qual os aliados da prefeita tentam assumir o controle da Câmara.

 

O candidato a presidente na chapa, Pedro Pepa (DEM), e o candidato a segundo-secretário Pastor Cirilo Ramão (MDB) estão presos há cinco dias acusados de corrupção no esquema desvendado pela Operação Cifra Negra, do Ministério Público de Mato Grosso do Sul.

 

Para o grupo, com a nulidade da eleição, a Câmara terá de iniciar um novo processo, com prazo para inscrição das chapas (Foto - João Pires/Estado Notícias)

 

Idenor Machado, o ex-vereador Dirceu Longhi (PT), dois ex-servidores da Câmara e quatro empresários da Capital também estão presos.

 

O grupo aliado da prefeita tenta substituir Pepa por Bebeto e Cirilo por Jânio Miguel (PR), mas a presidente, seguindo parecer da assessoria jurídica, alega que o prazo para troca de nomes terminou no dia 5. A Justiça, entretanto, mandou discutir em plenário uma mudança no Regimento Interno para permitir a troca dos nomes, o que não ocorreu na sessão desta segunda-feira.

 

Para o grupo, coma nulidade da eleição, a Câmara terá de iniciar um novo processo, com prazo para inscrição das chapas. Além da chapa de Pedro Pepa, foi inscrita uma segunda, liderada por Alan Guedes (DEM), que tem o apoio de outros sete vereadores.

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