sexta-feira, 12 de setembro de 2025

‘The Flash’ abraça nostalgia com performance eficiente de Ezra Miller

Diretor de "The Flash" diz que super-herói é profundamente humano

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Cena de 'The Flash', com Ezra Miller — Foto: Divulgação/Cortesia Warner Bros. Pictures e DC Comics (Foto: Divulgação)

Um hospital com um andar cheio de bebês está começando a ruir e quase indo ao chão. Alfred tenta ligar para três super-heróis e não consegue a resposta de ninguém. A solução foi acionar a quarta opção, Barry Allen, o Flash, que naquele momento estava impaciente na cafeteria esperando seu sanduíche ultracalórico.

Estas são as primeiras cenas de “The Flash”, filme dirigido por Andy Muschietti, Ezra Miller no papel principal, que estreia nesta quinta-feira (15).
Resignado, Barry sai correndo para tentar resgatar os recém-nascidos, uma enfermeira e um cão-guia que estão prestes a ir pelos ares. Ele é bem-sucedido na missão, mas ainda assim, é visível a sua frustração com os companheiros e seu papel na Liga da Justiça.

“Ele é profundamente humano. De todos os super-heróis, ele é, provavelmente, o cara com mais elementos de reconhecimento ou identificação com o público, porque ele é muito humano”, diz o diretor Andy Muschietti, que também esteve à frente de “It: A coisa”.

“Ele mesmo reclama sobre ser o faxineiro da Liga da Justiça, o que é um grande começo. Coloca Barry Allen em uma posição vulnerável. Acredito que isso seja importante para as pessoas relacionarem emocionalmente com o personagem a partir das suas próprias vulnerabilidades.”

Depois de salvar os bebês, Flash retorna à cafeteria e à rotina como Barry. Ele está novamente atrasado para seu trabalho como cientista forense e seu pai, Henry (Ron Livingston), vai enfrentar, no dia seguinte, mais uma audiência no tribunal que pode ou não o livrar da acusação de ter matado sua mulher e mãe de Barry, Nora (Maribel Verdú).

Triste com o desenrolar do destino, Barry começa a correr e correr e… correr. Ele corre tanto que descobre que pode voltar no tempo. E consertar aquilo que acha que está errado.
Ao conversar sobre a sua proeza com o amigo Bruce Wayne, nesta hora, Ben Affleck, ele é alertado sobre os perigos que isso pode trazer, o efeito borboleta e mais uma ou outra frase de efeito ou conselho, que obviamente vão ser ignorados.

Um multiverso para chamar de seu

Secretamente, Barry volta no tempo, salva a mãe, mas sem querer cria um novo universo, em que ele, Barry 1, neurótico e solitário, que lida com o trauma da perda, encontra com Barry 2, de 18 anos, que cresceu com a família unida e se tornou um cara mais relaxado, um adolescente irritante e que fica mais do empolgado com a possibilidade de se tornar um super-herói, sem nem questionar as consequências.

É um pouco difícil não lembrar (e procurar similaridades) de outros multiversos que surgiram nos últimos tempos, como o mais recente, na animação “Homem-Aranha: Através do Aranhaverso”, que estreou no início de junho. Até “Homem-Aranha: Sem volta para casa”, de 2021, vem à cabeça principalmente com as tiradinhas mais engraçadas de Tom Holland, comparáveis às de Miller.

Apesar destes multiversos todos serem e acontecerem de formas diferentes, dá ainda a impressão de que “já vi esse filme antes.”

Flash tem também seu caminho interessante e envolvente. O drama do cara neurótico, solitário e com um trauma de infância ainda latente e a vontade de fazer o que ele considera o certo dão a carga emocional fácil de se render e se relacionar. E até justificar a tentativa de Barry querer mudar o destino.

Fonte: Portal G1

 

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