quarta-feira, 2 de julho de 2025

Após requerimento de Lia Nogueira, Conferência das Mulheres será realizada

Deputada apresentou requerimento solicitando o apoio formal do Governo do Estado e do município para viabilizar o evento

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Deputada estadual Lia Nogueira (PSDB)

A Prefeitura de Dourados recuou da decisão inicial e confirmou a realização da Etapa Regional da 5ª Conferência Nacional de Políticas Públicas para Mulheres, marcada para os dias 24 e 25 de julho.

A mudança de posição ocorreu após manifestação da deputada estadual Lia Nogueira (PSDB), que apresentou requerimento solicitando o apoio formal do Governo do Estado e do município para viabilizar o evento.

O pedido atendeu à solicitação do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher, presidido por Rilziane Guimarães Bezerra de Melo, que expressou preocupação com a recusa inicial da administração municipal. Para ela, a fala da deputada “surtiu efeito na reconsideração da primeira decisão do chefe do Executivo” e foi determinante para que a conferência fosse convocada.

Rilziane destacou que a conferência é de extrema importância para o município e para a região, especialmente por tratar de questões urgentes como violência de gênero, desigualdade e a presença da mulher nos espaços de poder. “Ela visa fazer um panorama regional para que haja um mapeamento das problemáticas particulares de Dourados, em especial”, afirmou.

A presidente do Conselho também ressaltou a gravidade da situação local. “Nós temos aqui a questão das reservas indígenas que alavancam esse cenário de violência: violência doméstica, feminicídio, estupro de vulneráveis”, pontuou. De acordo com dados da Delegacia da Mulher, Dourados já registrou mais de 800 casos de violência doméstica somente no primeiro semestre deste ano, além de quatro tentativas de feminicídio.

A etapa regional, conforme Rilziane, será um espaço fundamental de escuta e participação. “A conferência vem trazer esse diálogo com a população e especialmente com as mulheres, onde ouvimos e damos voz a elas”, disse. As discussões serão divididas em eixos temáticos com a presença de palestrantes e facilitadores, e resultarão em um relatório com propostas que serão levadas à conferência nacional em 2025.

Para a deputada Lia Nogueira, a recusa inicial da prefeitura representava um grave retrocesso. “Negar a realização da conferência é perder a oportunidade de salvar vidas, de ouvir as mulheres e de agir com responsabilidade”, afirmou. Lia ainda lembrou que o Mato Grosso do Sul segue entre os Estados com os maiores índices de feminicídio do país.

Fonte: Assessoria

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