Presente em muitas casas judaicas ao redor do mundo, a mezuzá é um pequeno pergaminho escrito à mão que contém trechos da Torá. Guardado em um estojinho fixado no batente das portas, o objeto cumpre uma das mais antigas tradições do judaísmo: lembrar diariamente da fé e da presença de Deus no lar.
Além do valor religioso, a mezuzá também carrega significados culturais e até místicos. Escrita com o nome divino Shaddai, é considerada um símbolo de proteção espiritual, sendo comum o gesto de tocá-la ao entrar ou sair de casa. Curiosamente, há diferenças na forma de fixação: comunidades sefarditas a colocam na vertical, enquanto entre os ashkenazitas ela costuma aparecer levemente inclinada — reflexo de um antigo debate rabínico.
Mais do que um objeto decorativo, a mezuzá é um elo entre tradição, identidade e cotidiano, atravessando séculos de história e mantendo viva uma prática que conecta fé e lar.
Ela é fixada diagonalmente, com a parte de cima inclinada para dentro da casa. Esta prática é um compromisso entre duas opiniões antigas de sábios: um defendia a fixação vertical e outro a horizontal.
A fixação diagonal, com o topo para dentro, tornou-se a norma para que as duas tradições sejam respeitadas e a paz prevaleça no lar judeu.
Redação