segunda-feira, 25 de novembro de 2024

Jornalista afirma que igrejas evangélicas evitaram falência das emissoras de TV em 2017

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Gospel +

 

Record teve faturamento entre R$ 1,8 a R$ 2 bilhões em 2017 (Foto - Divulgação)

 

As principais emissoras de TV do Brasil estariam em pior situação financeira se não fossem as igrejas evangélicas que alugam horários na grade de programação para veicular programas e cultos.

 

Um levantamento feito pelo jornalista Ricardo Feltrin, do portal Uol, aponta que três emissoras só tiveram resultados positivos no balanço contábil por conta da locação dos horários.

 

A Record TV, Band e RedeTV! são as emissoras que mais alugam espaços para as igrejas, em sua maioria neopentecostais. O caso da primeira é peculiar, pois seu dono é o fundador e líder da Igreja Universal do Reino de Deus, que anualmente investe centenas de milhões de reais na emissora, locando horários da madrugada e algumas faixas ao longo do dia.

 

De acordo com o jornalista, a Record teve faturamento entre R$ 1,8 a R$ 2 bilhões em 2017, mas o lucro líquido da emissora pode ser menor que os R$ 227 milhões anunciados em 2016.

 

A Band (que tem em seu conglomerado de mídia a Rede 21, arrendada pela Universal) tem clientes variados, incluindo a Igreja Internacional da Graça de Deus, do missionário R. R. Soares, e o pastor Silas Malafaia, com o programa Vitória em Cristo. Em 2017, a emissora faturou R$ 350 milhões, e mesmo com cortes no orçamento, não deverá ter lucros, por conta das dívidas acumuladas.

 

Já a RedeTV!, caçula das grandes emissoras de TV aberta na lista, deve ter um faturamento inferior a 2016, quando movimentou R$ 390 milhões. “Em 2017 esse valor deve ter razoável queda, já que houve uma contração geral do mercado, com muita insegurança e menores investimentos”, ponderou Feltrin.

 

Como Globo e SBT não comercializam horários de suas grades de programação, o orçamento dessas empresas não é influenciado pela locação de horários para as igrejas. A emissora de Silvio Santos deve fechar seu balanço com um faturamento total de R$ 800 milhões, porém sem lucro, enquanto o Grupo Globo poderá somar, ao todo, R$ 15 bilhões de faturamento, com lucro líquido de R$ 1,7 bilhão.

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