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A mudança da embaixada brasileira em Israel da cidade de Tel-Aviv para Jerusalém foi uma promessa de campanha do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL); Na última quinta-feira, 01 de novembro, ele usou as redes sociais para reiterar que os planos continuam os mesmos.
“Como afirmado durante a campanha, pretendemos transferir a Embaixada do Brasil de Tel Aviv para Jerusalém. Israel é um Estado soberano e nós o respeitamos”, publicou Bolsonaro.
A declaração foi recebida com entusiasmo pelo primeiro-ministro de Israel: “Felicitei meu amigo e presidente eleito do Brasil Jair Bolsonaro por sua intenção de deslocar a embaixada brasileira para Jerusalém, um passo histórico, justo e animador”, declarou Benjamin Netanyahu, através de comunicado, segundo informações do jornal O Dia.
Polêmicas
A cidade de Jerusalém é, para os israelenses, a “capital indivisível” do povo judeu, pois foi conquistada há milênios e local da construção dos primeiros templos sagrados. Nos últimos séculos, porém, foi alvo de disputa com muçulmanos, devido à crença islâmica de que Maomé teria sido transladado milagrosamente de Meca para o Monte do Templo, de onde foi levado ao Paraíso para se encontrar com profetas do Islã.
Nesse contexto histórico-religioso, estabeleceu-se inúmeras disputas diplomáticas no mundo contemporâneo, com diversos países árabes impondo ameaças contra Israel se o Estado judeu estabelecesse sua capital na cidade. No entanto, uma postura firme adotada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, levou a uma mudança no cenário político.
Diante do exemplo de Trump, Bolsonaro viu a oportunidade de reatar os laços diplomáticos com Israel, estremecidos durante os mandatos dos ex-presidentes Lula e Dilma Rousseff (PT). Essa iniciativa marcaria, da parte do Brasil, a adoção na prática da promessa de campanha do presidente eleito, de interromper a política externa do país baseada em princípios ideológicos, e passar a priorizar as relações comerciais que trazem maiores dividendos.
É possível esperar que haja reação internacional dos mesmos países que foram contrários à mudança feita por Trump em relação à embaixada dos Estados Unidos, além de impactos na Organização das Nações Unidas (ONU), onde ocorrem as maiores disputas político-diplomáticas.