segunda-feira, 6 de maio de 2024

Ação na praça esclarece dúvidas sobre doações de órgãos em Dourados

Campanha de conscientização é alusiva ao Dia Nacional de Doações de Órgãos, celebrado nesta quarta-feira. Leia mais...

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João Pires

 

Comissão formada por profissionais da Funsaud esclareceram dúvidas da população na manha desta quarta-feira (Foto - João Pires)

 

Profissionais da área da Saúde promoveram hoje (27) em Dourados, uma campanha de conscientização e esclarecimento com relação à doação de órgãos e tecidos para transplante. A ação foi idealizada pela CIHDOTT (Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes), com participação de um grupo de voluntários da Funsaud (Fundação de Serviços de Saúde).

A estudante Lili Nascimento gradeceu a camiseta presenteada pelos profissionais (Foto - João Pires)

 

A campanha aconteceu durante todo período da manhã, no calçadão da Praça Antônio João, com a distribuição de material informativo, como, folhetos, adesivos e camisetas, adquiridos em parceria com sociedade.

 

A estudante Lili Nascimento, 39 anos, é doadora de sangue há sete anos e destaca a importância de debater o tema. “Além de ser doadora de sangue, também avisei meus familiares sobre a minha disposição em doar órgãos. Campanhas como esta são fundamentais para esclarecer dúvidas. Amei a camiseta de presente”, comentou ao ser abordada na praça.

 

Em Dourados, segundo dados fornecidos pela CIHDOTT, no primeiro semestre deste ano, ocorreram 24 casos de morte cerebral, com possibilidade viável de doação de órgãos e tecidos, porém, somente 33% dos casos ocorreram à doação efetiva (realizada) e 67% não foi possível às doações por recusa dos familiares. Ao todo, neste ano foram nove captações, sendo, fígado, rins e córnea.

 

Material informativo foi distribuído durante toda a manhã de hoje (Foto - João Pires)

 

TABU

 

Segundo a enfermeira Ludelça Dorneles dos Santos, as maiores dificuldades na abordagem aos familiares são a desinformação e o ‘tabu’ com relação à doação dos órgãos. Ela explica que em muitos casos em que a família não autoriza a captação é devido ao paciente não ter informado quanto a sua intenção em ser ou doador e, outros casos, por preconceito. “Muitas vezes por desconhecer se o parente desejaria doar órgãos, os familiares acabam não aceitando, porém, a decisão final é sempre da família, independente do paciente ter informado ou não”, afirmou ao Estado Notícias.

 

A enfermeira ressalta que para ser um doador de órgãos e tecidos é simples, basta que a pessoa avise sua família o desejo de ser um doador. “Não é preciso deixar nada por escrito e nem registrado em documentos, como acontecia no RG”, enfatizou.

 

 

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