sábado, 19 de abril de 2025

Em 2016, captações de órgãos aumentaram 117% na Santa Casa

No ano passado houve um aumento de 11% no número de famílias que recusaram a doação.

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Assessoria

 

Em 2017 inicia-se um novo trabalho, onde a Santa Casa de Campo Grande passa a ser sede da OPO (Organização de Procura de Órgãos) - Foto: Divulgação

 

Em 2016 as captações de órgãos feitas pela CIHDOTT (Comissão Intra-Hospitalar de Doação de órgãos e Tecidos para Transplantes) da Santa Casa de Campo Grande tiveram um aumento de 117% se comparados ao ano de 2015. No ano passado, de 125 notificações de morte encefálica, 64 famílias foram entrevistadas quanto a doação de órgãos, 39 recusaram e destas apenas 25 doaram. O número que parece pequeno torna-se maior em vista do ano anterior, onde de 95 notificados apenas 9 foram doadores.

 

De acordo com a coordenadora chefe da CIHDOTT, enfermeira Ana Paula Silva das Neves, foram captados na Santa Casa 44 rins, 12 fígados e 6 corações em 2016. “Esse aumento das captações se dá a todo o trabalho desenvolvido pela equipe multidisciplinar, e em especial pela equipe da CIHDOTT que incansavelmente presta serviço de qualidade e humanizado aos familiares destes pacientes dentro do hospital Santa Casa”.

 

No ano passado houve um aumento de 11% no número de famílias que recusaram a doação, mas é consequência de uma maior abordagem a estas famílias. Esse aumento está relacionado diretamente à qualificação e envolvimento da equipe multidisciplinar para o atendimento a esses potenciais doadores e ao acolhimento familiar. “Nas entrevistas, as negativas ocorrem com a justificativa apontada pelos familiares da vontade do “corpo íntegro” e em seguida de por “desconhecimento da vontade do familiar”, explica a coordenadora.

 

O objetivo da CIHDOTT da Santa Casa é acolher os familiares de pacientes notificados e lhes informar sobre os direitos que eles têm diante da possibilidade da doação de órgãos. Essas informações são todas repassadas por meio de formulários próprios e/ou previstos em portaria, e estarão à disposição das equipes de remoção quando solicitados. “Com a qualificação profissional no decorrer do ano de 2015 e 2016 conseguimos um número maior de doadores efetivos, e assim, ajudando os pacientes que aguardam por um órgão para sua melhora na qualidade de vida ou até mesmo uma “nova vida”, afirma.

 

Em 2017 inicia-se um novo trabalho, onde a Santa Casa de Campo Grande passa a ser sede da OPO (Organização de Procura de Órgãos), desenvolvendo em outros hospitais da Capital e interior o modelo de trabalho que está dando certo na Santa Casa por meio da CIHDOTT. “Este ano será marcado pela nova fase do hospital. Como sede da OPO, buscaremos uma maior oferta de órgãos para atender aos nossos pacientes através dos programas de transplantes, ao quais estão sendo pleiteados pelo nosso hospital junto ao Sistema Nacional de Transplantes”, conclui a enfermeira.

 

A CIHDOTT da Santa Casa foi criada no ano de 2000, e atualmente é composta por uma enfermeira coordenadora, uma médica e quatro agentes de captação.

 

 

 

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