sexta-feira, 18 de outubro de 2024

São Paulo se vê em perigo na Libertadores e até no Paulistão

Gazeta Esportiva

 

Pode parecer cedo, mas o São Paulo precisa abrir o olho se quiser brigar por títulos no primeiro semestre de 2016. Tanto no Campeonato Paulista como na Copa Libertadores da América, o Tricolor está em situação desconfortável após as derrotas seguidas para Corinthians e Strongest, da Bolívia. A análise dos números é clara e pode ficar ainda mais preocupante em um futuro próximo em torneios em que apenas os dois melhores colocados avançam de fase.

 

São Paulo precisa abrir o olho se quiser brigar por títulos no primeiro semestre de 2016 (Foto: Djalma Vassão/Gazeta Press)

 

Na Libertadores, o jogo contra os bolivianos do Strongest em casa era fundamental para uma classificação tranquila. Agora, o São Paulo pode ser deparar com uma situação ainda pior na competição. Nesta quinta-feira, o River Plate, da Argentina, entra em campo com favoritismo total contra o Trujillanos, da Venezuela, para somar três pontos no grupo 1.

 

A rodada seguinte é decisiva para o São Paulo. Se perder para o River Plate fora de casa, um resultado que não seria absurdo, o Tricolor observaria o rival argentino abrir até seis pontos de vantagem. O problema é que o Strongest enfrenta o Trujillanos em casa e tem tudo para alcançar a segunda vitória. Esse cenário deixaria o time do Morumbi em situação dramática, até porque o clube boliviano conta com boas perspectivas de vitória em jogos futuros na altitude de La Paz.

 

No Campeonato Paulista, a situação também demanda atenção. O São Paulo está no grupo C e, apesar de ter um jogo a menos, já observa uma desvantagem de cinco pontos em relação a Ferroviária e Audax Osasco. A chave da equipe do Morumbi apresenta o melhor desempenho dos times considerados menores. E, para completar, caso o Tricolor volte a tropeçar na competição, não poderá tirar a desvantagem através de confrontos diretos, pois o regulamento do Estadual prevê na primeira fase jogos apenas com os rivais dos outros grupos. Pelo menos, no Paulistão, serão 15 rodadas até a definição dos classificados.

 

Agora, resta ao elenco são-paulino absorver toda a pressão pelos últimos tropeços. Jogadores como Michel Bastos e Centurión foram alvos da torcida no jogo desta quarta-feira contra o Strongest. O técnico Edgardo Bauza também começa a ser questionado, principalmente por suas alterações durante as partidas. Assim, o Tricolor vai precisar acreditar, mais do que nunca, na sua alcunha de “clube da fé” para resgatar a confiança.

Grato a seu melhor técnico, Renato Augusto vê Tite perdendo um filho

Gazeta Esportiva

 

Renato Augusto disse ter recusado o Schalke, em parte, por Tite (Foto: Daniel Augusto Jr./Agência Corinthians )

Renato Augusto não precisou conversar com Tite para sentir o peso do treinador no momento em que recebeu uma proposta do Schalke 04. Foi um dos motivos pelos quais recusou. Quando chegou a altíssima oferta do Beijing Guoan, o meio-campista se viu obrigado a avisar o chefe de que estava partindo do Corinthians.

 

“Eu comecei falando. Primeiro, tinha que agradecer a ele por eu ter tido um ano melhor. Quis agradecer a ele por ter me tornado um jogador melhor, um cara melhor, um homem melhor”, disse o carioca, sem qualquer hesitação para pontar o gaúcho como “o melhor” treinador de sua carreira.

 

“Depois, ele começou a falar que sentia pena, porque tinha encaixado um time realmente muito bom. Mas entendeu que, infelizmente, com uma proposta como essa, não tem como dizer não. ‘Não tenho como chegar para você e falar para não ir. Seria injusto com sua família, com seu futuro.’ Se fosse ele, seria difícil ficar também”, relatou Renato.

 

A caminho da China, o meio-campista disse que Tite é capaz de ajeitar o Corinthians mesmo sem várias das peças decisivas na conquista do Campeonato Brasileiro. Jadson também partiu para o futebol chinês, e Ralf provavelmente seguirá o mesmo caminho nos próximos dias.

 

Assim, o gaúcho vai se despedindo de jogadores com os quais construiu uma relação de confiança. Renato Augusto sentiu o agora ex-comandante particularmente baqueado com sua transferência após um desempenho que lhe rendeu vários prêmios ao fim da temporada.

 

“Talvez seja o sentimento do pai que perde o filho, que está saindo de casa. É um sentimento de perda ainda maior por a gente ter encaixado um meio-campo tão forte, um esquema que funcionou perfeitamente. Mas o Tite é realmente acima da média, não tenho dúvida de que vai mexer os pauzinhos dele e montar um grande time”, apostou o meia do Beijing Guoan.